Monte Gordo – Fracturando o Consumidor. 04/01/2019 Cidadão – A besta quadrada do progresso!

Besta Quadrada – nome feminino, depreciativo, pessoa muito ignorante, rude ou grosseira – (Infópedia-dicionários Porto Editora).
O trabalho da Australis agora é desacreditar os activistas como se tentou no Algarve quando das secções publicas de esclarecimento, que não correu bem ás petrolíferas , tendo sido canceladas todas as concessões em Terra e no Mar. Desacreditar com as mesmas frases, o mesmo método… Atacar o consumidor, usar o desconhecimento técnico popular, desacreditar vozes contrárias e acentuar a dependência da civilização atual da industria petrolífera – As energias fósseis representam mais de 70% das fontes da energia mundial, como combustível, produção de plásticos, químicos e adubos agriculas, etc.
Pretende dividir a população, aproveitando as suas diferenças de conhecimento, formas de olhar o mundo, de imaginar o futuro… Usa as armas que criou: laços com especialistas, políticos, outras industrias, financiamento para acções sociais, acções ecológicas… e principalmente a dependência do mundo moderno e sua economia de fontes de energia intensiva.

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“Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.” Charlei Chaplin

Progresso ou Decrescimento!

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A principal ferramenta em defesa da industria petrolífera é o progresso humano e a economia nacional, e quem não defender e as tentar desacreditar é considerado ignorante, alarmista, extremista, niilista.
Durante a sessão a única forma de resposta ás perguntas realizadas pelos habitantes locais e habitantes de outros concelhos foi chamar a atenção para os conhecimentos técnicos e profissionais dos oradores e para o desconhecimento dos populares que queriam tirar duvidas e informações sobre os trabalhos da petrolífera.
Não é facil para o cidadão comum ir contra as vontades de progresso dos investidores , do presidente da republica, primeiro ministro, da Europa, do País. Não é fácil para as instituições como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Escolas/Universidades, ONG’s, seja através da moral ou da ética defenderem a localidade que representam indo até ao fundo da questão na procura de respostas.

Sessão de Esclarecimento | Prospeção e Exploração de Gás | 4 de Janeiro 2019 às 21h00 no Centro Escolar de Monte Redondo

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Desde o inicio da secção se percebeu que a população não estava interessada no tipo de esclarecimento que os convidados Anabela Veiga e Mário Oliveira professores/geólogos no IPL estavam preparados e abertos a oferecer. Juntamente com geólogos convidados, foi também convidado o advogado da Australis Oi and Gas, apareceram também 2 geólogos, sendo 1 deles Rui Vieira, geólogo que trabalhou com a Mohave Oil and Gas, e o outro André que só falou para defender a sua classe profissional, com estatísticas sobre poços e acidentes no mundo e a perda da localidade ao deixar que estação de armazenamento de gás subterrâneo fosse para a área do Carriço, passando a mns que a industria petrolífera trás benefícios que foram recusados, e que mais uma vez a industria petrolífera pode ajudar a localidade a desenvolver-se economicamente.
Esta sessão vem na sequência do debate fundamental sobre a Prospeção e Exploração de Gás na Bajouca, que apoiou a iniciativa, recomendada pela Assembleia de Freguesias, que pretendia informar a população sobre a operação/intervenção para Sondagem de Prospeção e potencial Exploração de Gás na concessão Pombal.
A Organização apelava à ” participação de todos os cidadãos e a colocação de questões é fundamental, pelo que solicitamos que a iniciativa seja divulgada profundamente. Contamos com a colaboração de todos.” E defendia como objetivo principal “o debate aprofundado sobre a questão para que todos possam estar munidos da máxima informação” (…) “garantindo a defesa não só da geração atual, mas também das gerações futuras.”
Cidadão ( substantivo masculino- pessoa que habita a cidade (cidade estado/governo Central). É a relação legal entre um individuo e o país da sua nacionalidade. É exercer seus direitos civis e cumprir seus deveres.
Palavra sinonimo: Varão (aquele do sexo masculino – Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre – Viril

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“Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu.” – Albert Einstein

A participação da população e a colocação de questões por quase todos não faltou… O que faltou foi o debate aprofundado, e ferramentas para que a população ficasse munida de máxima informação para garantir a defesa da geração actual e das gerações futuras, porque o painel convidado só vinha falar das questões técnicas que pouco tinham a ver com as duvidas dos presentes.
Junto aos geólogos/técnicos estavam os presidentes da junta locais que nada disseram toda a sessão.
A secção iniciou com uma apresentação de Anabela Veiga, com uma presentação meramente técnica que não atraiu, nem conseguiu esclarecer a população.

Anabela Veiga, geóloga, professora no IPL
A técnica fez o que sabe melhor, dar aulas de geologia, o que não é de admirar já que a sua carreira assenta no estudo geológico e no ensino de Geotecnia (engenharia Geótecnica) e ambiente, mas isso não era o que as pessoas que se dirigiram ao evento queriam perceber. A sua apresentação focou-se nos nomes das camadas onde poderá existir gás ou petróleo, sem nunca revelar que tipo de gás existe nessas formações, e isso foi coisa que muitos habitantes da área não conseguiram aceitar.
E é difícil de acreditar que a geóloga não tem opinião sobre o tipo de hidrocarbonetos existentes quando todo o seu trabalho desde cedo é focado no sob solo das concessões actuais. O primeiro trabalho de Anabela é quase do mesmo ano (1999) em que a Mohave Oil and Gas iniciou os seus estudos da existência de hidrocarbonetos (1998).Resultado de imagem para geotecnia petroleo

Em 1999 foi co autora do trabalho: Alguns aspectos da contribuição do património geológico no ordenamento do território
Prefácio:
São apresentados alguns aspectos relativos à região de Batalha, onde são numerosos os exemplos que mostram a grande interligação entre o património geológico, o turismo, o património arqueológico e a exploração dos recursos naturais
Pontos
2 LOCALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO DO CONCELHO DA BATALHA (…) Pode caracterizar-se pela ocorrência de dois domínios geológicos e geomorfológicos com características distintas: – zona centro-oeste (freguesias da Batalha e Golpilheira) é atravessada pela baixa aluvionar do rio Lena seguindo a direcção N-S. A oeste deste rio desenvolve-se uma plataforma bem definida e aplanada, atapetada por terrenos arenosos do Pliocénico. A parte nascente do rio Lena é constituída por relevos arredondados de composição areno-argilosa e calcária do Jurássico superior, encontrando-se fortemente dissecada por uma rede hidrográfica tipo dendrítica.

Mais a frente no ponto 3 aponta que: “Realce-se os valores naturais pois são em regra os mais esquecidos e maltratados apesar de dependermos enormemente deles.”

O ponto 5 debruça-se sobre: A EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS
“A definição das áreas de exploração de recursos naturais, principalmente das rochas carbonadas, e das áreas em que tal exploração não deve ser executada constitui um problema de grande interesse económico mas simultaneamente difícil de conseguir solucionar. (…)”
As rochas carbonatadas são formadas pela diagénese de sedimentos ricos em carbonatos (>80%), (…) o estudo dos calcários é muito mais importante, nomeadamente nos seguintes aspectos:
⦁ Contêm a maior parte do registo fóssil…
⦁ Acresce ainda que, podem constituir importantes reservatórios de fluidos, nomeadamente de hidrocarbonetos, quando apresentam elevada permeabilidade.

Em 2011 Anabela lança um estudo sobre A Formação da Dagorda do diapiro Parceiros-Leiria.
Em 2015 Lançou um trabalho com o nome: Diapir mudstone properties, Leiria, Portugal -Propriedades do diapiro (intrusão de material rochoso menos denso que a rocha encaixante) de Lamito (rocha sedimentar formada pela litificação de silte e argila em proporções variáveis)
Introdução:
” O diapiro Parceiros-Leiria tem uma estrutura anticlinal que parece estar relacionada com a parte sul da estrutura de Monte Real (…) paralela à falha da Nazaré, numa área de 4 km de comprimento e 1 km de largura. Esta estrutura tem um núcleo formado na formação da Dagorda (…) nos flancos as formações são mais resistentes (Jurássico, Cretácio, Terciário)
No mesmo ano (2015) lança o trabalho: Characterization of the Dagorda Claystone in Leiria, Portugal, Based on Laboratory Tests.
Claystone – geologistas restringem o termo a rochas sedimentares composta maioritariamente por partículas ínfimas de barro.
As rochas sedimentares são economicamente importantes na medida em que podem ser utilizados como material de construção. Além disso, muitas vezes formam reservatórios em bacias sedimentares, em que petróleo e outros hidrocarbonetos podem ser encontrados.
Estes trabalhos foram realizados em co-autoria com Mário Quinta-Ferreira da Universidade de Coimbra.
No site da Universidade de Coimbra:
“A Licenciatura em Geologia permite trabalhar em empresas de exploração de geo-recursos (prospecção e exploração de águas, petróleo e gás natural, recursos minerais) (…) Em estabelecimentos de ensino básico, secundário e superior e autarquias e associações intermunicipais.Resultado de imagem para universidade de coimbra mohave oil

Porque avançar para um Mestrado?
O Mestrado em Geociências oferece áreas de especialização em Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento e Geologia do Petróleo.”
A Universidade através dos Centros de Geociências e Geofísica, com o apoio institucional da Comissão Nacional da Unesco organizou um congresso para que as petrolíferas da CPLC (Comunidades dos Países de Língua Portuguesa) discutissem os novos desafios para a exploração de petróleo com o nome: I Congresso Internacional de Geociências na CPLP. Este evento assinalava os 240 anos de ensino e investigação em geociências nos países CPLP, originário da Universidade de Coimbra, sendo a continuação da iniciativa 1ª Conferência internacionalAs Geociencias no Desenvolvimento das Comunidades Lusófonas”.
Foram discutidas as novas fronteiras na exploração de petróleo no quadro da CPLP, como as expectativas das actuais actividades em território português. Nas empresas que colaboraram no evento estiveram petrolíferas diretamente interessadas na exploração em Portugal como a Petrobrás, a Mohave Oil and Gas e a REN, a que se juntou a COBA -empresa multidisciplinar de Consultoria de Engenharia e Ambiente, desenvolvendo estudos e projetos e assegurando assistência na gestão e supervisão da construção de empreendimentos no domínio do armazenamento e utilização da água para produção de energia (Barragens)Resultado de imagem para cplp língua portuguesa
O evento incluiu “um curso de formação de professores de Geologia, realizado na Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro, e 3 excursões científicas que se debruçaram sobre diversos temas como os sistemas petrolíferos na Bacia Lusitânica (…)”
Em 2010 Anabela lançou o trabalho: Caracterização geotécnica das aluviões do rio Liz, em Leiria, com base em ensaios “in situ”.
Anabela Veiga e o segundo orador Carlos Oliveira estão ligados não só pela profissão como geólogos e professores, mas também pelo Rio Liz.

Carlos Oliveira – Geologo, professor no IPL e presidente da OIkos
Carlos na sua primeira intervenção fez a questão de dizer que estava ali como geólogo e não como representante da OIkos… e que só ia discutir a parte técnica e questões relacionadas com as perfurações sem entrar em discussões sobre formas de extrair gás, principalmente Fracking… Porque o documento apresentado pela empresa fala em trabalhos convencionais.
Mas… eticamente os cientistas deveriam ter em atenção o impacto negativo dos seus estudos… Ou vale tudo pelo conhecimento? – que segundo a ciência será mentira com mais investigação? Ou deixa-se utilizar a ciência como plataforma para as decisões mais progressistas sem olhar ao impacto nas minorias, nas famílias?
A Oikos foi uma das duas ONG’s convidadas pela Australis na apresentação dos trabalhos em Leiria no dia 31 de Outubro de 2018, a outra ONG foi a Quercus, mais convidados foram autarcas locais e alguns órgãos de comunicação social.

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A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento é uma ONG fundada nos loucos anos 80. Origem na palavra oikos – lugar onde se vive, onde as pessoas têm um mínimo de bem-estar. É uma associação ecunémica que se identifica como grupo que trabalha para “Para um mundo sem pobreza e injustiça e para o desenvolvimento humano equitativo e sustentável à escala local e global.”
Disponibiliza-se para trabalhar com “quaisquer instituições políticas, financeiras ou religiosas, estamos sempre disponíveis para concertar a nossa acção com entidades públicas e privadas que coincidam com os nossos valores, objectivos e propósito de erradicar a pobreza e desenvolver soluções sustentáveis, para que todas as pessoas usufruam do direito a uma vida digna.”
Em 1992 o Governo Português, através do IPAD – Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Ministério dos Negócios Estrangeiros, reconheceu-lhe o estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. Em 2000 foi-lhe atribuído o Estatuto Consultivo junto do ECOSOC – Conselho Económico e Social das Nações Unidas.
Fundada em 1988 para a Emergência ao Desenvolvimento, passando pela Educação, Mobilização Social e Influência pública, o trabalho da Oikos estende-se atualmente a Portugal, África e América Latina. Desde a fundação há 25 anos, a Oikos já trabalhou nos 5 continentes, em concreto: Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Guiné-Bissau, Haiti, Indonésia, Panamá, Uruguai e Timor-Leste.
A sua actividade encontra-se estruturada em continuidade nas áreas da emergência/ação humanitária, desenvolvimento/vida sustentável e mobilização/cidadania global. Pretende facilitar soluções para garantir que todas as pessoas usufruam do direito a uma vida digna.
A estratégia chave atual da Oikos assenta em 3 frentes, que se debruçam sobre formas de financiamento através de negócios sociais, prestação de serviços e parcerias com o sector privado, apostando em áreas que constituam valor acrescentado comprovado.
Convida a conhecer em resumo o seu trabalho através de uma publicação elaborada com o apoio do CESA – Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina.
Os dos seus objetivos como Nedoikos (núcleo de professores) é: “Alertar para a necessidade de problematizar as actuais relações entre povos, as quais têm conduzido a situações de subdesenvolvimento e motivar a sociedade civil para a cooperação e solidariedade tendo em vista o desenvolvimento dos povos”
A Oikos tem como principais financiadores a Comissão Europeia- instituição que politicamente representa e defende os interesses da União Europeia (UE) na sua globalidade, através de programas.

  • A DG ECHO assegura o financiamento e a coordenação de operações de ajuda humanitária. A União Europeia é o principal doador de ajuda humanitária a nível mundial, e destina-se a ajudar a prevenir e a enfrentar as situações de emergência resultantes de crises que afectam gravemente as populações fora da UE, quer se trate de catástrofes naturais, de origem humana ou de crises estruturais.
  • D.G. ou Direcção-Geral do Desenvolvimento e da Cooperação EuropeAid responsável pela concepção da política de desenvolvimento da UE e pela prestação de ajuda em todo o mundo através de programas e projectos.
  • Instituto Camões – O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, abreviadamente designado por Camões, I. P., é um instituto público, integrado na administração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa, financeira e património próprio, que prossegue atribuições do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) sob superintendência e tutela do respectivo ministro.

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Alguns dos outros financiadores da OIkos (+de 50):                                                                    

  • O Ministério da Educação e Ciência (MEC) é o departamento do Governo de Portugal responsável pela definição, coordenação, execução e avaliação da política nacional relativa ao sistema educativo (no âmbito da educação pré-escolar, do ensino básico, do ensino secundário, da educação extra-escolar e do ensino superior), à ciência e à sociedade da informação; bem como pela articulação da política de educação com as políticas de qualificação e formação profissional.
  • APA – Agência Portuguesa do Ambiente é um projeto virado para a sociedade, resultante da fusão de 9 organismos.
  • CIMPOR- Cimentos de Moçambique – Com uma capacidade de produção de 46 milhões de toneladas, a CIMPOR está presente em Portugal, África do Sul, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Egipto, Moçambique, e no Paraguai.
    Erasmus+ Juventude em Acção é um Programa da UE com o objetivo de estimular o sentido ativo de cidadania, a solidariedade e tolerância entre os jovens europeus.
  • FAO– Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
  • Fundação Calouste Gulbenkian nasceu em 1956 como uma fundação portuguesa para toda a humanidade, destinada a fomentar o conhecimento e a melhorar a qualidade de vida das pessoas através das artes, da beneficência, da ciência e da educação.
  • EEA Grants O Programa Cidadania Ativa é um instrumento de apoio às Organizações Não Governamentais (ONG), em vigor entre 2013 e 2016 e financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants). A sua gestão está a cargo da Fundação Calouste Gulbenkian, seleccionada através de concurso público lançado em 2012.
  • Millenium BCP -Dinamização da pesca artesanal na Ilha de Moçambique (2007-2009)- Além de recuperar os meios de sobrevivência das famílias beneficiárias, apoiando-as na reabilitação dos seus barcos e artes de pesca, e recuperando as suas actividades agrícolas, esta intervenção deu início a um novo projecto para fortalecer as mesmas comunidades na prevenção de desastres naturais, capacitando-as a evitar que os mesmos estragos aconteçam novamente
  • UN-HABITAT é a agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. É mandatado pela Assembleia Geral da ONU para promover cidades sustentáveis em termos sociais e ambientais, e que ofereçam habitação adequada para todos                                                                                                                                                        Organizações Parceiras (dezenas)  :
  • ADAPPA – Associação para o Desenvolvimento Agropecuário e Proteção do Ambiente – Construção institucional das políticas públicas de conservação, uso sustentável da biodiversidade e partilha de benefícios em São Tomé e Príncipe.
  • CEAPE– Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos do Estado da Bahia – fortalecer as actividades produtivas através do acesso a pequenos créditos, com prioridade para as mulheres empreendedoras, e mediante a capacitação política (os direitos das mulheres) e de gestão técnica e administrativa de pequenas actividades económicas.
  • DGS – A Direção-Geral da Saúde é um organismo central do Ministério da Saúde, integrado na administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa. Assumindo-se como um organismo de referência para todos aqueles que pensam e atuam no campo da saúde
  •  Instituto Português das Pescas, Investigação e do Mar – Promover o acesso das pequenas e médias empresas pesqueiras e de camaronicultura à certificação de processos e produtos.
  • ISA – O Instituto Superior de Agronomia é, em Portugal, a maior e mais qualificada escola de graduação e pós-graduação em Ciências Agrárias, sendo o seu know-how reconhecido nacional e internacionalmente.
     Empresas solidárias (+de 50)
  • Accor – Divulgação e recolha de donativos nos hotéis IBIS, Novotel e Mercure.
    Almáa Sintra Hotel – No Parque Natural de Sintra-Cascais, considerado um dos mais verdes em Portugal, pela Greensavers.
  • Caixa Geral de Depósitos – Apoio Financeiro a projectos da Oikos.
  • Casino de Lisboa – Cedência de espaço e logística para acções da Oikos.
  • Delta Cafés – Apoio financeiro e logístico a projectos da Oikos.
  • Dolce Vita Tejo – Cedência de espaço para divulgação.
  • Plásticos do Sado – Produção gratuita de materiais para acções Oikos.
  • TMN – Cedência de espaço para divulgação e apoio financeiro a projectos da Oikos.

Mesmo com tanto apoio a Oikos pede donativos ao cidadão comum: “A sua generosidade é imprescindível para que a Oikos possa desenvolver a sua atividade.”
Para si, 1 euro é 1 euro. Para a Oikos 1 euro é obra.
“Para a Oikos e para muitas regiões do Mundo 1 euro é muito mais do que isso: é um contributo indispensável para obras tão concretas como a construção de escolas, hospitais campos de cultivo, poços de água”

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A Fundação Gulbenkian (Partex Oil and Gas) é uma das parceiras da OIkos para melhorar o bem estar humano através de programas humanitários, agricultura. Outros dos parceiros da Gulbenkian em projetos ambientais é a Quercus… entre outros grupos na luta contra as concessões em Portugal.

Em 2017 a Gulbenkian lança o concurso: Investigação para o Desenvolvimento
Este concurso, resultado de uma parceria entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a Fundação Calouste Gulbenkian, irá distinguir dois projetos de cooperação para o desenvolvimento promovidos por ONGD portuguesas que pretendam publicar os resultados alcançados em revistas científicas. Pretende-se reforçar a capacidade de produção de conhecimento e influência de políticas públicas por parte das ONGD, promovendo também a aproximação destes atores a instituições de ensino superior e centros de investigação.
Podem candidatar-se ONGD nacionais, legalmente reconhecidas pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, há mais de três anos, em parceria com instituições de ensino superior e/ou centros de investigação.
Foram seleccionadas:

A VIDA – Voluntariado internacional para o desenvolvimento Africano – Novafrica – Nova Shool of Buniness e Desenvolvimento, da Universidade de Lisboa.

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Plataforma PECOSOL- CONSUACCION para a Segurança Alimentar e Nutriconal na América Central, da OIKOS com a Universidade CentroAmericana, Nicarágua.  A

Gulbenkian tem entre outros, os oradores em suas acções :

  • João José Fernandes é licenciado em Teologia e Humanidades (1996), tendo concluído o Curso de Doutoramento em “Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável”, em Setembro de 2010. É Diretor-Executivo da Oikos – Cooperação e Desenvolvimento (ONGD), desde Outubro de 2004.

Viriato Soromenho Marques – de 1992 a 1995 — presidente da associação ambientalista nacional, a QUERCUS– Associação Nacional de Conservação da Natureza.                                                                                                                                                                                                Todos juntos defendem-se com a necessidade de se continuar o progresso económico sustentável!!!  O que é insustentável.   

A principal ideia do que passaram no debate foi que a população precisa de se informar melhor. Que a Australis vai cumprir com todos os requisitos necessários para que tudo corra bem, e que a tecnologia é a mais valia neste tipo de trabalhos.
Falou-se de corrupção, politica, guerra, Estação do Carriço, extracção de hidrocarbonetos de forma convencional, água e utilizaram-se clichés em defesa dos trabalhos.
O gás da Coca Cola como exemplo foi usado pelo Carlos Oliveira. A ideia não é sua, foi utilizada pelo Geólogo Terry Engelder no documentário GasLand, onde defende que os problemas do fracking são problemas de engenharia, que podem ser resolvidos por especialistas. Terry Engelder geocientista na Pennylvania State University foi o responsável pelo investimento na Marcellus Shale ( Conhecido como o BOOM do Shale Gas), ao anunciar uma estimativa de 363 triliões de metros cúbicos de gás existentes na rocha de xisto.
Corrupção e politica são muitas vezes utilizado como arma… A corrupção e politica houve desde a primeira cidade ( Depois dos Gregos, os primeiros cidadãos ocidentais fora dos limites da cidade mãe (Roma) foram criados pelo império romano… através da corrupção). Ainda hoje as duas lado a lado, são a arma perfeita de investidores e bancos que ficam impunes em todo o processo, afundado políticos, desacreditando soluções, excitando e separando os cidadãos. Os políticos recebem! Mas Quem paga? Muitas vezes nós, contribuintes, nas outras vezes as corporações.
Existe corrupção na industria petrolífera, como existe na industria das renováveis, como na industria da alimentação ou na industria da saúde. Não pode ser aceite. Mas também não pode ser usada para fins propagandistas, sem ter como fim o propósito a que se destina, melhorar o mundo para todos.
A mesa de oradores lançou também a farpa: ” Viemos para aqui falar da continuação ou não das energias fósseis, mas todos viemos de carro” – E que toda a nossa forma de vida depende da extracção de matéria prima com impacto no meio ambiente.
Mais uma vez foi repetida uma frase utilizada quando das secções de esclarecimento no Algarve por um representante da ENMC. Sem petróleo é o Fim!..

Cuba provou que não. Depois de 1991 com a quede da URSS, o país passou pelo período conhecido como: The Special Period, depois de perder o fornecimento de quase 80% de energia fóssil. Os cubanos tiveram de reaprender a viver sem a dependência dos produtos petrolíferos e seus sub produtos. Esse período está representado no documentário: The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil

A nossa forma de vida não foi desenhada, preparada, nem escolhida por nós, mas sim imposta de cima, educada pelas e nas mesmas infraestruturas que ajudam quem produz (empresas) e por quem dirige (politica) para uns viverem e a maioria sobreviver. Quantos de nós, não mudaria de estilo de vida se o pudesse realizar? Quantos de nós queremos voltar a ser Camponeses, viver com as dificuldades rurais, e não com a eutanásia das obrigações citadinas? Quantos de nós, não queremos para as gerações futuras, o que nos sentimos obrigados a realizar para financiar hoje?
Não é novidade que a nossa forma moderna de viver, não é a mais saudável, nem a mais sustentável, nem a mais correta. O que é novidade cada vez para mais pessoas é que as corporações (Os produtores) sabem disto há mais de 40, 50 anos, sem nunca terem tentado mudar. E para isso criaram, apoiaram grupos, politicas e ONG’s para controlar as soluções. 
As petrolíferas estão em Portugal desde o inicio do séc XIX. Desde o inicio do séc XX que o seu impacto se reflecte nocivo, e cada vez mais nocivo com o desenrolar do século e da informação nova e encontrada em ficheiros de empresas como a EXXON, Mobil ou Shell… Para o séc XXI, as petrolíferas querem continuar o seu trabalho, sem olhar ás consequências.
O Cidadão é contra o individualismo, portanto o mal de alguns para beneficio de todos é aceite como um dever do cidadão, sem culpa da cidade ou do país. Se uma família se defende, está a ser individualista, egoísta e uma barreira ao bem estar da sociedade geral. Se um País se defende está a violar os direitos internacionais de progresso. Se Uma corporação se defende está a trabalhar para um futuro realista!?
É a sociedade, a cidade, as corporações, a economia, o País que precisam de energias fósseis, ou outras formas de energia intensiva. Nós Pais, Mães, filhos e filhas como seres não precisamos. Precisamos das energias intensivas como trabalhadores na sociedade nociva para nós e para quem vem.

We Need You
Imagem relacionadaCulpar o consumidor, o cidadão pela poluição e a defesa do meio ambiente através de leis e financiamento corporativo é uma tática iniciada nos EUA quando da 1ª Revolução Industrial.
As leis de porteção ambiental da era industrial começou nos EUA. Os primeiros passos que levaram à lei Clean Water Act de 1972 (Ainda hoje em vigor, mas não para o Fracking)) foram dados em 1862 quando o Rio Cuyahoga, Cleveland nos EUA pegou fogo pela primeira vez devido à poluição, este rio pegou fogo 30 vezes. O mais fatal foi em 1912, aquele com mais impacto económico aconteceu em 1952. Em 1969 mais uma vez o rio pegou fogo, com pouco impacto devido a leis sanitárias aprovadas até então sobre acções industriais e transição de descarte do lixo criado pela produção e final de vida dos produtos, que pressionou para regulação.
Depois desse incidente o congresso americano decidiu resolver o problema da poluição. Para isso em 1970 passou a National Enviromnent Policy Act (NEPA), que ajudou a estabelecer a Enviromnental Protection Agency (EPA).
Governo e Corporações em defesa da economia e progresso. Mas não ficou por aqui.

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“This is a 1987 report to Congress by the Environmental Protection Agency that deals with waste from the exploration, development and production of oil, natural gas and geothermal energy. It states that hydraulic fracturing, also called fracking, can cause groundwater contamination. It cites as an example a case in which hydraulic fracturing fluids contaminated a water well in West Virginia. The report also describes the difficulties that sealed court settlements created for investigators.”

O Plástico é outro dos produtos da industria petrolífera. Hoje na Europa empresas apostam na transformação de Shale gas (gás de xisto) em plásticos.
Reciclagem.
Depois de resolver o problema da poluição das águas, acordando limites aceitáveis de poluição, que não afectem o bem estar do ser humano, que levou a que nos dias de hoje toda a água ter de passar por processos de descontaminação para poder ser consumida por nós. As Corporações decidiram resolver o problema dos sub produtos descartados nas ruas, principalmente embalagens para poderem conservar e distribuir os seus produtos, não se responsabilizando por esse mesmo lixo, mas apontando o dedo a nós consumidores.

 


E assim em 1953 foi criada uma ONG, a maior até então nos EUA, com 620 organizações estatais e mais de 1000 organizações comunitárias. Com o nome de Keep America Beautiful, a ONG foca-se em 3 assuntos:
Litter prevention, Redução do lixo/reciclagem e enverdejar das comunidades, e embelezamento. O método para o conseguir consiste na combinação de organizações comunitárias, educação publica e a procura de parcerias publico/privadas.
Fundada pelas principais corporações de então. Entre os membros fundadores estavam a Philip Morris; Anheuser-Busch, PepsiCo e Coca Cola, agências governamentais e indivíduos em reacção ao lixo espalhado em voltas das estradas, ao aumento da mobilidade e conveniência do consumidor americano. O Termo Litter Bug foi cunhado por Paul B. Gioni, que criou o adjectivo a partir do The American Ad Council em 1947. A Keep American Beautiful juntou-se ao Ad Council em 1961 para dramatizar a ideia que todo o individuo deve ajudar na porteção do ambiente provocada pelo Litter.
Campanha:
1963 – Gionni escreve a campanha televisiva “Every Litter Bit Hurts
1964 – Criada a imagem da “Susan Spotless
1970 – Inicio da distribuição de um flyer de informação grátis. 100.000 cópias
1971 – No Dia da Terra lança a campanha “People Strat Polluttion. People Can Stop It.” Campmha onde foi criado o Video publicitário “Crying Indian”.
1975 – Introdução do projecto: “Clean Community System”. Foram criadas dentro do projecto, 580 grupos locais com o nome de “Keep My Town Beautiful”.
1999 – Campanha anual “Great American Cleanup” . Onde os voluntários organizam limpeza de praias, lixeiras ilegais, como também apagar Graffitis… e plantar árvores.
O que conseguiu?
Tornou a palavra “litterbug” uma discussão caseira! Desviando a atenção do impacto da produção, distribuição e dever do produtor em se responsabilizar pelo lixo provocado.
Segundo Heather Rogers , que em 2005 lançou o documentário: Gone Tomorow: The Hidden Life of Garbage, o grupo Keep América Beautiful foi criado para combater leis ambientais mais rígidas que prejudicava as empresas fundadoras e aliadas do KAB, uma das primeiras frentes de Greewashing Corporativo. Leis como as apresentadas em 1953 em Vermont, que exigia pagamento de deposito na compra, e banir a venda de cerveja em garrafas não dessem para voltar a usar.

Em 2019 algumas das corporações parceiras são:
UPS – United Parcel Service, , é uma das maiores empresas de logística do mundo, distribuindo diariamente mais de 14 milhões de encomendas em mais de 200 países
Néstle – A Nestlé Waters é a divisão de água engarrafada do Grupo Nestlé.
H&M – Hennes & Mauritz é uma empresa multinacional sueca de moda presente em 69 mercados e com mais de 4800 loja
DOW – A The Dow Chemical Company, comummente referida como Dow, é uma corporação estadunidense de produtos químicos, plásticos e agropecuários
McDonald’s Corporation é a maior cadeia mundial de restaurantes de fast food de hambúrgue
PepsiCo, Inc. é uma empresa transaccional estadunidense de alimentos, lanches e bebidas
The Coca-Cola Company, geralmente referida como Coca-Cola Company, Coke ou simplesmente Coca-Cola, dependendo da região, é uma corporação multinacional estadunidense, fabricante e comerciante de bebidas não-alcoólicas e concentrados de xaropes
Coca Cola Fundation – ince in our inception in 1984, The Coca-Cola Foundation has given back more than $1 billion to enhance the sustainability of local communities worldwide. (Lucro Liquido em 2017 – 1.248 milhões de dólares (mil milhões de euros)
O American Chemistry Council, anteriormente conhecido como Manufacturing Chemists ‘Association e, em seguida, como Chemical Manufacturers’ Association, é uma associação comercial da indústria para empresas químicas-

Sendo a Oikos um grupo ecunémico deixamos aqui para se analisar:
A Limpeza do Templo- é a narração de quando Jesus expulsou os mercadores e os banqueiros do templo, acusando-os de tornar o Templo “numa cova de ladrões” através das suas actividades comerciais. Rodavam várias moedas, a Romana a Grega e a Judaica e Tyrian (Libano) estado as duas ultimas a ganhar terreno.

Jesus acusou as autoridades do templo de roubarem (Corrupção) acusando-os de fazerem das viúvas as suas vitimas. Marcos 12:40 /Lucas 20:47.

Os vendedores de pombas estavam a vende-las para sacrifícios realizados pelos pobres que não podiam pagar animais para melhores sacrifícios, especialmente as mulheres. Marcos 11:16
Não interessa qual a cor do dinheiro (Dolar, Euro, Yuan/ Renminbi, Libra, Dirrã, Rublo), não interessa qual país ou povo (Portugal, Palestina  Europa, Nigéria, Argélia, Venezuela, China , Alemanha, USA, Israel, Angola ou Moçambique. Se se considera Ariano, Semita, Árabe, Índio, Africano, Oriental), interessa o que queremos para as gerações vindouras. Seres vivos para sacrificar? Ou ideias, colaborações para se melhorar?

Esclavagismo –

Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos na qual um ser vivo se aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.

O primeiro ouro negro europeu foi a escravatura, da qual Portugal esteve no inicio. O esclavagismo provou-se errado moralmente e eticamente, obrigando a alterações politicas, sociais e económicas que encontraram bastante resistência por parte dos investidores, comerciantes, instituições religiosas e grupos sociais. Como país iniciámos a venda de escravos e fomos dos últimos a abolila juntamente com o Vaticano, mas só em 1974 se “libertaram” os países de língua portuguesa (colónias) da colonização politica, mas manteve-se a colonização corporativa e de ensino, retirando toda a liberdade de decisão sobre o tipo de desenvolvimento dos povos locais segundo as suas necessidades, cultura e conhecimento. Portugal é hoje uma colónia a Europa, ao serviço da economia mundial (Globalização) e um elemento dos progressistas científicos, políticos. A Ética que vinha substituir a Moral, em nome de um mundo melhor, afinal veio só educar a população mundial para uma nova sociedade onde  a religião e a ciência se unem pela razão(Ordem e Progresso), contra as necessidades populares mundiais (Equidade Sustentável).

Deixamos um filme de Charlie Chaplin (1936): Tempos Modernos

“O Vagabundo” (The Tramp) tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. É considerado uma forte crítica ao capitalismo, militarismo, liberalismo, conservadorismo, stalinismo, fascismo, nazismo e imperialismo, bem como uma crítica aos maus tratos que os empregados passaram a receber depois da Revolução Industrial. Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja.

 

https://vimeo.com/46815391

“O Caminho da Vida
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.” Charles Chaplin

“A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.” Charles Chaplin

 

A Australis Oil and Gas anuncia uma secção de esclarecimento sobre as concessões e os furos que pretende realizar, contra a vontade da população local em Bajouca, Leiria, na ABAD ( Associação Bajouquence para o Desenvolvimento,  no dia 29 de Janeiro; Aparece: https://www.facebook.com/1290065464376525/photos/a.1305108956205509/1965617033488028/?type=3&theater&ifg=1

A Mentira Está em Ti

“Olá, guardador de rebanhos,
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?””Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?”

“Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.”

“Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.”

Alberto Caeiro, in “O Guardador de Rebanhos – Poema X”
Heterónimo de Fernando Pessoa

Furo Aljubarrota 4 ou 5!? Injectando a dependência!

MinistroPlataforma

Portugal acompanha a procura de petróleo a nível internacional desde o seu inicio ainda no séc XIX, deixando as maiores petrolíferas estudar o seu mar. O país pouco ou nada usufruiu desta fonte de energia até aos anos 40/50. A população em geral só depois do 25 de Abril teve aceso a combustível a granel ou capacidade para ter carro, e de gás natural só na dec de 80/90 (primeiro cliente Auto-Europa em 1997). Aos poucos o país foi-se modernizando, mas não sem se endividar economicamente e tecnologicamente, e hoje os credores continuam a procurar receber… Uma forma é a exploração dos recursos naturais: Mineração em terraDeep Sea Mining, exploração de energias fósseis, uso de terras para agricultura e criação de animais intensiva para exportação. A economia mundial precisa de novas formas de crescer, e para isso arrisca o decrescimento do bem estar económico, social e natural de áreas como a Zona Oeste e Algarve em Portugal e lugares semelhantes na Europa e no Mundo. 

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Anos 30                                                           Anos 2000

O discurso do primeiro ministro para 2019 não deixa dúvidas sobre o caminho de Portugal em relação à exploração dos seus recursos.

A Zona Oeste desde 1800 é estudada para a exploração de petróleo e gás. Alguns barris de petróleo chegaram a ser utilizados nas linhas férreas, e gás foi encontrado e queimado. O primeiro poço da companhia de petróleos de Portugal foi nos anos 30 em Torres Vedras. Os últimos furos na zona de Alcobaça e Porto de Mós (2000/2012). Apesar dos danos provados nas localidades de extracção, distribuição e armazenamento das energias fósseis nos países mais evoluídos como os EUA ou Canadá, das 2 dúzias de encontros climáticos que dão ferramentas cientificas/politicas e económicas para se parar de furar para petróleo ou gás, as petrolíferas e os governos mundiais (EUA, Rússia, Europa, China) continuam a investir e proteger a exploração de fontes de energia fóssil em nome da segurança energética e da economia mundial. 

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https://www.ieta.org/COP24 (Parceiros na COP24)

Antes do ano 2000 foi realizado o furo Aljubarrota 1, em Fanhais, Nazaré, O furo Aljubarrota 2 foi realizado em São Vicente, Aljubarrota tendo tido uma chama a arder por várias horas (flaring), o Aljubarrota 3 com 2,500 metros foi planeado para a Comeira, Porto de Mós. O furo na Quinta do Telheiro, Alcobaça (2012) pode ser considerado o furo 4. Estiveram 6 empresas no consorcio: Mohave, Desire Petroleum, El Paso, uma empresa inglesa (que não conseguimos encontrar o nome) e a Galp. Para 2019 a Australis Oil and Gas é nova petrolífera a desejar as reservas e quer o furo nr 5.
Em 2007 foram assinadas várias concessões na bacia Lusitânica, sendo uma delas a concessão de Aljubarrota, com vários furos realizados. Esta concessão estava ao lado das concessões S. Pedro Muel, Rio Maior e Cabo Mondego. A responsável foi a Mohave Oil (Porto Energy) com a colaboração da Galp.
Os trabalhos de prospecção na concessão foram realizados em Alpedriz e Fieis de Deus (Aljubarrota/Alcobaça) nos limites com a concessão Porto de Mós, onde foram realizados levantamentos geofísicos. As áreas de estudo foram Alpedriz, Valado dos Frades, Aljubarrota, Casais de Santa Teresa, Ataíja, Cadoiço, Montes e Cós, num raio de 160 km . Foram radiografados (levantamento geofísicos) km de subsolo a norte entre Alpedriz e Pedreiras e a sul entre Cela e Turquel. A Mohave realizou ainda vários trabalhos no local conhecido como Fiéis de Deus (concessão Aljubarrota) a oeste de Ataíja de Cima, entre a mata de Murtais, o Cadoiço e a Quinta do Mogo.

Em 2011 a empresa requereu autorização para realizar um furo no perímetro urbano de Alcobaça (Quinta do Telheiro). A autarquia via com bons olhos os trabalhos depois de receber uma carta da DGEG a relatar que vários poços foram realizados em cidades como Roterdão, Paris e Los Angeles respeitando elevados padrões ambientais.
Enquanto a Australis apresenta em 2018 o seu projecto para Portugal, na Holanda (Roterdão) o ministro da economia holandês Erik Wiebes anunciou que não iria autorizar o fracking no país. Salientou que o “Shale gas não será opção na Holanda”. Antes da Holanda, em 2017 o presidente francês Emmanuel Macron proibiu o fracking e toda a actividade do sector no país até 2040 (segundo a Agência Internacional de Energia, o shale gas europeu pode ficar no chão até 2050). Em 2014 o concelho da cidade de Los Angeles votava no fim do Fracking dentro dos limites da cidade. Estes exemplos da DGEG mostraram-se errados, como outros utilizados como desculpa para se iniciar a exploração. Quando da luta no Algarve foi lançado pelo representante da ENMC o exemplo da cidade de Aberdeen na Escócia como bom exemplo das actividades petrolíferas, como também já foi utilizada como exemplo para o governo de Moçambique, desmentido pelos locais.

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Mais a sul, em 2012 a Mohave preparava uma terceira sondagem em Torres Vedras, e ao mesmo tempo pretendia retomar a sondagem realizada em 2009 em Alenquer. A empresa já tinha realizado sondagens nas freguesias de São Pedro da Caveira e Ventosa, como pesquisas em Alenquer e Mafra.
A desculpa para os trabalhos foram as centenas de barris de petróleo extraídos em 2007, depois de estudados os projectos da Companhia Portuguesa de Petróleo nos anos 50, que na altura extraiu cerca de 15.000 barris, e os milhões investidos nos 18 anos de trabalhos da Mohave Oil e dos milhões que viria a investir. Hoje, como no anos 50 Portugal está à frente do bem estar da População. Segundo Rui Vieira, geólogo da Mohave, devido à crise e à dependência que o mundo moderno tem do petróleo: ” (…) temos de encarar este trabalho como um desígnio nacional”.
O desígnio nacional depois dos anos 50 mede-se pela capacidade de pagar a divida económica para com o Banco Mundial, que depois dos aos 80 aumenta com os empréstimos do FMI. A desculpa para a exploração em Portugal de gás ou petróleo é a dependência energética e a má situação económica.
A Mohave abandonou os trabalhos em Aljubarrota em 2012, depois de perfurar 3. 240 metros e encontrar uma coluna de gás de 300 metros abaixo coluna de sal (pós sal) sem quantidade comercial abriu falência.
Nesse mesmo ano Paulo Inácio, Presidente da Câmara de Alcobaça defendia haver condições para a empresa continuar os seus trabalhos no concelho para o “Bem da Nação”. A Mohave tinha pré-assinalados 110 km 2 dos 408 km que definem o concelho de Alcobaça.
Em 2015 o Estado português assinou 2 contractos de concessão, 1 com o nome de Pombal e outro com o nome de Batalha. E agora a empresa Australis pretende iniciar as perfurações em 2019. Os estudos mais avançados para exploração de gás e petróleo são na área de Aljubarrota, Alcobaça hoje com o nome de concessão da Batalha. Mas como podemos ver nos primeiros parágrafos toda a área das concessões já fui bastante estudada.
Mudam-se os nomes das empresas, os nomes das concessões, a profundidade dos furos, os milhões investidos, mas não se muda a intenção de lucrar com a exploração e contaminação dos meios naturais locais com muito poucos benefícios para a população local. 
Tudo isto foi realizado sem que a população no geral estivesse a par do que se procurava e do impacto da exploração. Hoje a população está atenta, requisita, procura e divulga informação, o que tem atrasado os trabalhos e anulado concessões por ilegalidades (como no caso da Portfuel no Algarve), pressão politica e económica ( como no offshore algarvio e Costa Vicentina).
Este final de ano tem sido jubilado com várias secções de informação, acções e tomadas de posição de cidadãos, aldeões, municípios e políticos, sendo criados vários grupos locais que assumem a luta na sua região.
Esta luta pode e deve ser ganha… Com a tua ajuda fica mais fácil… Colabora, Cria e Age!

Vão prometer mundos e fundos! Mas a verdade vai ser a mesma de sempre… Primeiro a economia mundial e suas necessidades, depois tu! 

Vários países como França, a Holanda, o Luxemburgo, a República Checa, a Bulgária e, mais recentemente a Roménia, já proibiram o Fracking. Zonas independentes como País Basco, Cantábria também. Na America do Sul, o México o presidente eleito anunciou o fim do fracking Porque continua Portugal a abrir portas a este tipo de investimento?

O contracto de concessão pode ser consultado Aqui:- Australis_Batalha 

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Australis Oil and Gas: Mais vale 2 pássaros na mão! Que 1 a Voar!?

Petrolífera apresenta dois furos em duas concessões na zona oeste e zona centro!

 

 

A Australis no segundo trimestre do ano apresentou 1 EIA (Estudo de Impacte Ambiental) para avaliação de um furo em Aljubarrota, que foi recusado pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente) por não conseguir localizar a área exato do furo para estudar o caso. Mas em Setembro a Australis apresenta EIA’s para 2 furos nas concessões Batalha e Pombal em analise pela APA, mas só disponível para consulta publica desde do dia 7 de Novembro com possibilidade de participar com opinião e votar até ao dia 27 de Novembro. (Ver link das concessões acima)

A Austalis tem quase 2 meses de vantagem sobre nós, cidadão comum. Mas a indústria petrolífera na Zona Oeste e Centro tem 20 anos de vantagem devido aos contactos da Mohave Oil and Gas realizados durante os seus trabalhos na zona. Para complicar ainda mais a influencia da Partex Oil and Gas (outras das empresas que em 2007 assinaram contractos de concessão) em Portugal vem dos tempos da instalação da Fundação Gulbenkian (100% proprietária da Partex) no país. Todo este trabalho e influencia tem como recompensa declarações como as do Primeiro Ministro António Costa sobre o furo de Aljezur ao largo da Costa Vicentina.

A Austalis, como armadilha deixa 1 voar, para que fiquemos a olhar para o ar. E apanha dois enquanto todos olhamos as nuvens!

Em Setembro de 2018 a Australis lançou o seu relatório: First Half 2018 Financial Report (Relatório Financeiro da primeira metade de 2018) onde se refere aos dois furos, nas duas concessões.

  • Ainda em Julho a Agência Portuguesa do Ambiente tinha recusado os documentos da Australis para avaliação de impacte ambiental (EIA)
    • Em Setembro a empresa entrega os novos pedidos de EIA para 2 furos. Em menos de 3 meses conseguem preparar a apresentação de 2 estudos de Impacte ambiental? ( só apresentados dia 7 de Novembro aos cidadãos através da participação publica)

No dia 29 de Outubro 2018, dois dias antes da reunião com presidentes da câmara e representantes de ONG e grupos anti petróleo, a Australis Oil and Gas faz uma apresentação aos investidores.

  • Sobre Portugal salienta que existem dois contingentes (que pode ou não existir ou acontecer. = EVENTUAL, INCERTO) de recursos 2C (com grande probabilidade) de 458 Bcf ( cerca de 13 mil milhões m3)
  • Avaliação de uma “basin centred gas play” na formação Lias Jurassic no pós sal.
    • Basin centered gas systems são um dos sistemas potencialmente mais importante da economia do gás não convencional no mundo (AAPG Wiki)

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Programa de Trabalhos

No programa de trabalhos propostos apresentam o ponto: “perfurar e testar descobertas de gás com um poço vertical”.

  • Não se referem, como na apresentação realizada no dia 31 de Outubro, à perfuração horizontal com cerca de 0,5 km.
  • Perfurar e retirar parte da rocha reservatório (core) na Lower Jurrasic na concessão Pombal, na freguesia de Bajouca, distrito de Leiria.

A Australis “completou um numero de estudos de engenharia para rever os dados históricos e estabelecer a base técnica”Resultado de imagem para lowerjurassic bacia lusitanica

  • Não deve ter sido tão difícil. Todos os dados estavam com Patrick Monteleone ex presidente da Mohave Oil and Gas, que esteve nos quadros da Australis, como responsável pelos trabalhos em Portugal.
    • A Mohave esteve em Portugal desde 1998, até abandonar os trabalhos em Aljubarrota em 2012. A Mohave, responsável por todos os dados registrados abriu falência. E Monteleone aparece na Australis quando da sua apresentação no site da empresa. Agora não o encontramos.
    • Mas quem está hoje nos quadros da Australis como director financeiro é Graham Downland ex director executivo da Hardman Resources que liderou a assinatura de um contracto de prospeção em águas profundas na costa vicentina, com a participação da Partex Oil and Gas e da Galp).

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      No final de 2017 a Australis iniciou com as autoridades ambientais do governo português uma colaboração para se criar regulação legislativa recente”
  • Quem são as autoridades ambientais a que se refere a Australis?
  • Porque precisa Portugal de uma legislação recente?
  • A recomendação de legislação recente foi criada em 2014 pela Comissão Europeia no dia 22-01-2014, relativa a princípios mínimos para a exploração e a produção de hidrocarbonetos (designadamente gás de xisto) mediante Fracturação Hidráulica (2014/70/EU)
  • Seguindo a recomendação da Comissão Europeia, a ENMC em 2014 comunicava que: “No âmbito da recomendação relativa a princípios mínimos para a exploração e a produção de hidrocarbonetos (designadamente gás de xisto) mediante fracturação Hidráulica maciça, informa-se que:
    • Foi estabelecido um grupo de trabalho para a preparação de um documento de práticas recomendadas a serem seguidas durante as actividades de pesquisa/produção de “gás de xisto”.
      • É neste grupo que está a Australis Oil and Gas?
      • Quem são os elementos deste grupo?
  • Em Janeiro de 2016 a ENMC numa apresentação em Faro sobre as explorações de hidrocarbonetos assinala que: “Não está previsto qualquer projeto com recurso a métodos não-convencionais, nomeadamente através de fracturação hidráulica, estando o concessionário ainda na fase de prospeção e pesquisa”
    • Este final de paragrafo assinala bem as intenções finais da Australis. Na altura de explorar, Fracking a bombar.
  • No jornal do- Baixo Guadiana do dia 01/01/2016 é salientado que Paulo Carmona da ENMC apontava 2020 como data provável do inicio da exploração petrolífera.

Operações Planeadas

O poço será furado verticalmente até aos 2,900metros, depois será desviado e perfurado na horizontal aproximadamente 500 metros para ser testado a afluência de gás com potencial comercial.

  • A Australis aqui desmente a informação dada no inicio da apresentação sobre os programas de Trabalho ao adicionar a perfuração horizontal na abertura do furo (poço).

O poço de exploração na concessão de Pombal será furado verticalmente e pretende atingir a área jurássica similar à da Batalha, mas mais fundo, onde as condições podem ser mais favoráveis ao fluir do gás. Em caso de sucesso, um programa similar será seguido para a concessão da Batalha”

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Partilhamos este Mapa para que não se esqueça o que está em jogo. Um poço em extração, vai voltar a atrair novos investidores para as concessões abandonadas, mas não anuladas. Chamamos a atenção para a concessão em amarelo ( concessão Cadaval) que esteve nos planos da Australis, mas ficou de fora. É importante porque um estudo do IST em 2014 (pag 15) apontavam a área como a mais rica em hidrocarbonetos (Shale gas).
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Australis Oil and Gas. Mito ou Realidade?

No dia 31 de Outubro, a nova e única petrolífera activa no terreno em Portugal: a Australis Oil and Gas, convidou presidentes de câmara e algumas ONG ambientalistas a actuar na região para apresentar os dois projectos de prospeção de gás natural na Zona Oeste e Zona centro. Mais uma vez o cidadão comum ficou de fora das informações sobre algo que o vai afectar directamente. Alguns activistas e cidadãos activos compareceram em frente ao Hotel onde se efetuou o encontro, e alguns grupos contra a exploração de gás e petróleo em Portugal conseguiram representar-se com um elemento na apresentação…

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Ficou no ar um evento aberto à população para o final do mês… a ver!

Mas o que é? Quem é a Australis Oil and Gas? O que deixaram para trás estes profissionais, por onde trabalharam?

Como estão hoje as áreas onde tudo foi “realizado dentro das leis e utilizando as melhores práticas na indústria?”

AUSTRALIS OIL AND GAS

A Australis é um grupo de investidores na indústria petrolífera, que utiliza empréstimos bancários, política e “problemas humanitários/desenvolvimento” como modo de ganhar dinheiro. No mundo do comércio livre e na livre circulação física e burocrática de empresas, sustentam-se deixando quintas, aldeias, povos sem possibilidade de o fazer. Para se perceber como podem deixar o Oeste/Centro de Portugal, conheçam a área, os impactos e o que foi deixado para trás pelos dirigentes da Australis, ao venderem os activos da Aurora Oil and Gas e ao ajudar na transição da indústria petrolífera para o séc XXI. O seu trabalho não é melhorar a vida social local, mas sim trabalhar para defender a indústria petrolífera a indústria de energia e seus interesses.

A Australis Oil and Gas foi criada em 2014 por antigos diretores da Aurora Oil and Gas Limited . Em 2016 mudou o nome para Australis Europe Pty Ltd (APL).

Em 2015 – ano da assinatura das concessões Pombal e Batalha entre a Australis e o Governo Português- vária empresas petrolíferas abandonavam os seus trabalhos na TMS (Tuscaloosa Marine Shale), concentrando-se noutros lugares do EUA ou no mundo devido à queda do preço do crude de 100 dólares para 45 dólares o barril na bolsa americana, que ponha o preço do Gás de Xisto (Shale Gas) e do Oil Shale acerca de 70 dólares por barril equivalente, muito abaixo dos 85 dólares calculados pelas empresas como preço mínimo para arriscar investimento. Todas esperam a subida do preço do crude para voltar aos trabalhos de perfuração. A Australis veio para Portugal. Em Portugal tem um contracto de concessão por 8 anos iniciado em 2015 com uma extensão de 620.000 acres contínuos divididos em 2 concessões com os nomes de Pombal e Batalha.

 

Deposito de Gás de Xisto na Tuscaloosa Marine ShaleLuisiana e Missipipi

A Australis está no centro da TMS, a ultima bacia de oil shale a emergir nos EUA, comparada à Eagle Ford Shale no Texas. A empresa detêm 110.000 net acres, tornando-a a maior detentora de área concessionada e portanto a maior produtora, com 31 poços de produção geradores de riqueza. Estes 31 poços fazem parte dos 80 poços horizontais perfurados para delinear a área mais rica. Dos 31 poços da Australis, os mais recentes foram perfurados na melhor área em 2014, essa área é partilhada por 50 poços, alguns de outras empresas. Em 2016 e 2017 a Australis continuava a realizar aquisições. Em Setembro de 2018 dos 110.000 net acres, só 28,500 estavam definidos para produção, estando os restantes 81,500 ainda sem desenvolvimento.

PARA TRÁS: Resultado de imagem para eagle ford shale fracking impact

Aurora Oil and Gas

Vendida à canadiana Baytex Energy Corp por 1,8 biliões de dólares, que comprou até a divida de mais de 700.000 dólares da Aurora, com o objetivo de poder trabalhar no Sugarkane Field na formação Eagle Ford Shale, Texas. O negócio foi agraciado por James Bullen do banco Merril Lynch, adquirido pelo Banco da América em 2008. Foi a Segunda maior aquisição da Baytex nos seus 20 anos de história e também um pé de entrada no emergente negócio do petróleo leve (Light oil) da Bakken Shalefield em North Dakota. A Baytex terá o apoio financeiro do Scotiab Bank e da RBC Capital markets, e a Australis é aconselhada pelo Credit Suisse e a Goldman Sachs.

Eagle Ford Shale

A Eagle Ford Shale é mencionada várias vezes, como um produto de venda e valor comercial, com orgulho financeiro pelas empresas. Mas o que deixam para trás? Nos locais de exploração!

A Eagle Ford Shale tem 644 km de comprimento e 80 km de largura de rocha sedimentar geradora de hidrocarbonetos. Já foram furados mais de 7.000 poços de gás e petróleo desde 2008 com mais 5,500 aprovados. As concessões em Portugal tem 2,5091km2.

Considerado pela indústria como a “maior área de desenvolvimento da economia do mundo”, é uma das zonas mais pobres dos EUA. Jim Morris do The Center for Public Integrity defende que a razão pela qual a indústria petrolífera faz o que lhe apetece, é porque este tipo de desenvolvimento não é realizado perto das grandes cidades. É realizado em zonas rurais, em lugares que muita gente não vai, nem quer ir.

Quem pode não lá ir, mas investe, são 42 dos 181 legisladores texanos, responsáveis pelas leis de exploração de petróleo e gás, com interesses financeiros directos na exploração da Eagle Ford Shale no valor de 10 milhões de dólares, segundo um estudo de Dave Hasemyer do InsideClimate News

Lynn e Shelby Buehring

Quem lá vive são pessoas como Lynn Buehring e o seu marido Shelby. Lynn vive com o seu marido na casa onde nasceu e onde queria viver em paz na sua reforma, rodeada por um mundo calmo só quebrado por uma tempestade ocasional. Era assim em Karnes County, sul do Texas. Mas o plano está estragado porque a sua casa fica no epicentro de uma das maiores e ainda pouco publicitada área de boom de gás e petróleo, com mais de 50 poços perfurados a menos de 3,5 km de sua casa, os seus momentos sentados no alpendre chegaram ao fim.

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Acredito que se são anti petróleo e anti gás, são anti-texas! Harvey Hilderbran, Republicano representante Estatal do Texas.

Depois de 23 anos a viver no sul do Texas, o casal pensa procurar um novo lugar para viver, longe dos fumos, cheiros e tráfego do boom da Eagle Ford Shale. Uma medida de ultimo recurso, ditada pela deterioração da sua saúde e das tentativas falhadas de obter ajuda dos reguladores e instituições estatais.

Não somos anti perfuração. A minha queixa é que precisam de o fazer de modo responsável… está a causar muitos problemas médicos, e não posso aceitar. “ Lynn – 58anos

Os sintomas dos Buehrings começaram quando as torres de perfuração chegaram em 2011. A sua asma (de Lynn) piorou, passou de uma coisa sazonal fácil de controlar. ao ponto de necessitar de duas bombas inaladoras e frequente uso de uma máquina de respirar. Desenvolveu dores de peito, enjoos, fadiga constante e extrema sensibilidade aos cheiros. Em 2014 existiam 57 poços e nove instalações de processamento num raio de 3km da casa do casal. Estas instalações tem autorização do estado para emitir centenas de toneladas de poluentes do ar por ano, incluindo benzeno, Metanal e Sulfeto de hidrogênio.

Amber, Fred Lyssy, Mirabelle and Brothers

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Amber e Fred Lyssy e os seus e filhxs eram donos de uma quinta orgânica com 564 acres perto de Florescille, Texas. Empresas de Fracking colocaram poços de extração mesmos ao lado da cerca da sua quinta. Com a indústria petrolífera como vizinha o seu sonho de vida saudável, calmo e com futuro para as gerações futuras acabaram, devido à contaminação do ar e da água.

Para saberes mais sobre Fracking e Eagle Ford Shale podes ver este documentário realizado depois de 8 meses de investigação e entrevistas (as possíveis) Fracking the Eagle Ford Shale: Big Oil and Bad Air on the Texas Prairie

Bakken Formation

Formação Rochosa com 520.000 km2 no sobsolo de partes de Montana, North Dakota, Saskatchewan e Manitoba. A aplicação da Fracturação Hidráulica e Perfuração Horizontal causou o boom da produção na Bakken Formation em 2000. Em 2010 a produção de petróleo era tanta que os gasodutos não chegavam, uma das soluções era enviar por comboio, o que trouxe muita preocupação devido à alta volatilidade dos produtos transportados, principalmente depois do acidente em 2013, conhecido como Lac- Mégantic rail disaster, quando um comboio que transportava petróleo de Bakken, North Dakota para a refinaria Irving Oil Refinery, explodiu no centro da cidade e matou 47 pessoas.

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Viewfield Oil Field

Quando se descobriu o Viewfield Oil Field em Saskatchewan em 2004, a técnica de Fracturação Hidráulica e Perfuração Horizontal foram utilizadas massivamente, em 2012 retirava das rochas 11.000m3 de petróleo por dia. Na Bakken Formation em Manibota retiram-se cerca de 300m3 por dia.

North Dakota

Tornou-se o segundo maior produtor de petróleo dos EUA nos últimos 10 anos depois do fracking boom na Bakken Shale. Já existem dezenas de milhares de oleodutos em North Dakota e esperam-se a construção de mais 36.000. Os oleodutos também podem transportar gás e águas tóxicas retiradas da perfuração e exploração.

Em 2015 um oleoduto esteve até ser descoberto, cerca de 3 meses, a verter milhões de litros de gallons- 1 gallon são 3,7 litros- de água tóxica em Blacktail Creek, a poucas milhas de Williston, North Dakota. Muita da qual foi parar aos rios Little Muddy e Missouri. O oleoduto não tinha 2 anos.

Dakota Acess Pipeline (DAPL)

Tambem conhecido como Bakken pipeline é um oleoduto com 1,886km que se inicia na Bakken formation (local de exploração) até a um terminal de petróleo perto de Patoka, Illinois,passando pelo South Dakota e Iowa. O projecto bilionário foi apresentado em 2014, e a sua construção foi iniciada em 2016 e completado em 2017.

#NODAPL

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Em 2016 os indígenas locais iniciaram uma reação contra a invasão de North Dakota pela Indústria petrolífera tentando parar a construção do DAPL e os planos da Energy Transfer Partners, empresa responsável pelo projecto.

O projecto ameaça os rios Missouri e Missipipi e o Lake Oahe perto da Standing Rock Indian Reservation. A Nativa americana, LaDonna Brave Bull Allard, anciã Sioux organizou um acampamento pela preservação cultural e resistência espiritual ao oleoduto, conhecido como Sacred Stone Camp. Milhares de pessoas concentraram-se durante todo o Verão no local. Foi organizado outro campo : Acampamento Očhéthi Šakówiŋ- Nome na língua materna para Great Sioux Nation ou Seven Fires Council. Membros tribais que participaram neste acampamento também estiveram na oposição ao Keystone XL.

Junto a estes acampamentos criou-se também o grupo de jovens indígenas: Rezpect Our Water e o grupo: The International Indigenous Youth Council.

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O acampamento foi decidido depois de 2 anos de burocracias e reuniões que não pararam as máquinas que apareceram em grande em 2016 para realizar o seu trabalho rejeitado pelas comunidades indígenas desde o inicio. Pode não ter parado o oleoduto, mas parou a passividade em milhares de pessoas.

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Em 2010 a Netherland, Sewell & Associates, inc. concluiu um estudo que aprovava a avaliação das reservas de gás e petróleo provadas realizada pela Aurora Oil and Gas.

Para onde vai o Gás?

A Corpus Christi Liquefaction, uma subsidiaria da Chenier Energy, iniciou em 2015 a construção da infraestrutura Christy Liquefaction (CCL) no Texas, a 60km da Eagle Ford Shale, para o tratamento de gás para exportação, como GNL (Gás Natural Liquefeito) para a Europa.

Os clientes da Chenier Energy são a: Enel Group, Iberdrola, PT Pertamina (Persero), Endesa, Woodside Energy Trading Singapura, Gás Natural Fenosa, Central EL Campesino, Électricité de France (EDF), Energias de Portugal (EDP). Os contractos são válidos por 20 anos, com possível extensão por 10 anos. O fornecimento será assegurado pelo Kinder Morgan Texas Pipeline e Tenesse Gas Pipeline (TGP).

Voltando à Australis!

O único impacto previsto pela empresa é o barulho e o tráfego de camiões.

Segundo a própria num documento distribuído a municípios e ONG num encontro promovido pela Australis “haverá alguns curtos períodos de tráfego de camiões (…)”

Deixamos aqui o exemplo de Eagle Ford.

Transportation Impacts of Fracking in the Eagle Ford Shale Development in Rural South Texas: Perceptions of Local Government Officials

http://journals.brandonu.ca/jrcd/article/view/1181

Este estudo explora o impacto das infraestruturas de transporte e assuntos de transporte associados com o boom do petróleo e gás na região rural de Eagle Ford. Recolhendo dados sobre acidentes, apresentamos uma descrição do impacto do fracking nas áreas abrangidas no projecto de exploração de não convencionais. Os desastres entre 2009-2013 aumentaram 26%. Mortes e ferimentos graves aumentaram 49%. Os municípios estão com grandes dificuldades em resolver o aumento do sistema de transporte devido ao fracking incluindo congestionamentos, deterioramento das estradas e aumento de custo de manutenção.

No  documento partilhado com os participantes no encontro dia 31 de Outubro,a Australis descreve as concessões em vários pontos.

No ponto 2 sobre Recursos de Gás apresenta números:

  • 13 mil milhões m3de gás – este nr é uma estimativa não comprovada. Uma estimativa como a do PIB nacional em 2020. Um numero para as Bolsas econômicas, investidores de alto risco, bancos e debate político.
  • 6.15 mil milhões m3 em 2018 era o valor estimado de gás utilizado em Portugal. Estas duas concessões dizem oferecer 2 anos de gás a Portugal.
  • Em Direção à Independência Energética” – Sendo que estas duas estimativas das reservas só dariam para dois anos. Para Portugal ser independente energeticamente por 10 anos quantas concessões necessitaríamos?
    • Sendo Portugal parte da União Europeia, e sendo o projecto de independência energética um projecto europeu, qual a percentagem degás que Portugal vai enviar para outros países Europeus? Portugal tem o dever de o guardar para emergências energéticas ou econômicas Europeias?
    • A Gás poderá servir para “baixar a divida” à Troika?
    • Qual a estimativa para o preço do gás ao cidadão comum?

Ponto 3

Plano de operações:

  • “Perfurar e testar as ocorrências de gás na Batalha com um poço horizontal”

    • Pela primeira vez a discussão se é petróleo ou gás está inequivocamente desfeita no documento apresentado pela Australis que no inicio do ano (2018) nos documentos para estudo de impacto ambiental do furo de Aljubarrota falava em Hidrocarbonetos, deixando a discussão se seria gás ou petróleo.
    • A outra era se iriam utilizar a técnica de Fracturação Hidráulica (Fracking). Continuam a dizer que não vão usar Fracturação Hidráulica. Hoje talvez, e no futuro?
      • A Australis fala em “perfurar e testar as ocorrências de gás com um poço horizontal de pequena extensão”. O poço horizontal é o primeiro passo para a fracturação hidráulica. O segundo é injectar toneladas de areia e milhares de litros de água a alta pressão para fazer estalar a rocha. E o terceiro passo é injectar químicos para libertar e facilitar o fluir do gás pelo poço.
      • Existe o plano de introduzir os seguintes passos nas fases seguintes?
      • Se não. Qual a intenção do poço horizontal? Só utilizado quando é necessária a Fracturação Hidraulica.
      • O que é um poço horizontal de pequena e grande extensão?
      • Qual a profundidade a que pretendem ir na formação de Lemede, Leiria, na concessão Pombal?
  • Serão desenvolvidas instalações de produção de gás em conformidade com a lei e o aprovado pelo governo”.
    • Qual a diferença das instalações de produção e das de prospecção?
    • Em Portugal as únicas reservas de gás e petróleo reconhecidas como economicamente viáveis são de fontes não convencionais como o Tigh Oil (petróleo leve) e Shale Gas ( Gás de Xisto). Ambos necessitam de técnicas não convencionais de extração como o Fracking, para serem economicamente atraentes.Que leis existem sobre o Fracking em Portugal?
    • Infraestruturas como gasodutos, estações de compressão, lagoas a céu aberto ou tanques de condensação para as águas contaminadas, locais de tratamento de químicos perigosos são considerados “instalações de produção” ?

Australis e a Comunidade

Ponto 1

  • Criação de emprego
  • Dados resumidos depois de se ver o documentário Gaswork
    • No dia a dia de um poço comum de Fracking cerca de 170 trabalhadores estão expostos a químicos nocivos. A morte no trabalho é 7 vezes mais alta que para outros trabalhadores industriais
    • A exposição dos motoristas a compostos orgânicos voláteis durante o transporte sem as condições de segurança, causa acidentes.
    • Os trabalhadores sofrem de dores no peito, irritações dolorosas na pele e desordens neurológicas.
    • 47% dos trabalhadores em 11 poços estavam expostos a níveis de pó fino de silício 10 vezes mais do que o nível aceite
    • Muitos sofrem de cancro do pulmão por inalar areia fina utilizada como probante no Fracking
    • 80% dos trabalhadores estão expostos a níveis de benzeno muito acima das 0.1 partes por milhão

Ponto 2

Estudo de Impacte Ambiental (EIA)

  • O primeiro estudo para o furo de Aljubarrota foi recusado pela Agencia Portuguesa do Ambiente à poucos meses atrás.
  • A Australis não cumpriu com o compromisso de diálogo pró-activo e aberto com a comunidade, ao avançar com 3 EIA em um ano e nunca ter realizado uma secção com as populações locais desde 2015…
  • Se a Australis submeteu os trabalhos para os dois furos para um EIA, onde está a participação publica? Onde pode o cidadão comum consultá-lo?

Ponto 4

Operadora Responsável

“Supervisão de trabalhos de pesquisa e exploração em países como África, China, Filipinas e EUA.”

  • Nos anos 80 começou-se a divulgar massivamente o impacto das petrolíferas nas comunidades locais.
    • Em África, a violação dos direitos humanos é tradição secular. Nos anos 90, a exploração de petróleo provocou a morte de lideres tribais e violência sobre as tribos na Nigéria
    • Em 1990 os indígenas criaram a MOSOP ( The Movement for Survival of Ogoni People) para se defenderem da SPDC (Shell Petroleum Development Company).
    • Iniciaram-se massivos protestos contra a poluição e pobreza. O exercito reagiu com extrema violência.
    • Em 1995 o governo Nigeriano executa, por enforcamento 9 activistas Ogoni, incluindo Ken Saro-Wiwa

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  • China
    • A pegada ecológica da China aumentou dramaticamente nos últimos 15 anos e ultrapassou a dos EUA. A China é agora a nação com a maior pegada ecológica do mundo.
  • Filipinas
    • Em 2006 um derrame perto de Nueva Valencia, em Guimaras, Filipinas conhecido como MT Solar I provocou várias doenças em 25 adultos e 4 crianças devido à elevada quantidade de sulfeto de hidrogénio no ar excedendo o recomendado pela US- Environmental Protection Agency Provisional Remediation Goal (EPA-PRG).
    • 40.000 pessoas dependentes do mar para sustento ficaram sem recursos devido ao derrame
    • Em 2013 a Manila Bay nas Filipinas foi contaminada com um derrame de 500 mil litros de diesel, derramado na via marítima mais movimentada das águas filipinas.
    • Várias pessoas foram parar ao hospital devido ao fumo libertado pela mancha diesel.
    • Foram contaminados 20 km de costa
    • “O diesel não é persistente e irá dispersar facilmente, portanto não existe perigo para o ambiente e comunidade local.” Commodore Joel Garcia

EUA

Titulo de artigo da revista Times; Março 2018:

A ‘Major Second Wave’ of U.S. Fracking Is About to Be Unlea

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Foto: Área de Fracking na Pensilvânia. (cada área mais clara é um poço)

  • A Agência Internacional de Energia (IEA) aponta que a produção de petróleo nos EUA dá para cobrir 80% do mercado global petrolífero nos próximos 3 anos. Espera-se que a produção de petróleo nos EUA aumente 30% (17 milhões de barril por dia) em 2023, com o aumento da produção através de fracking no Oeste Texano
  • Donald Trump como presidente disse ser o salvador da industria do petróleo e do gás. E cedeu terras federais para a exploração do gás e petróleo.
  • O presidente Obama apresentou a estratégia “all-of-the-above” para o sec XXI para o desenvolvimento de toda a fonte de energia made in america
  • Sob a sua política “all of the above”e depois do Deepwater Horizon Spill, Obama aprovou um nr recorde de plataformas offshore. Disse “ mais trabalho de extração de gás e petróleo que no resto do mundo todo junto.”
  • Cedeu terras publicas para a exploração de gás e petróleo
  • Aprovou perfurações no Ártico
  • E aprovou uma parte do Keystone XL para transportar as areias betuminosas canadianas (Tar Sands)

Numa Shale Revolution mundial, nenhum país é uma ilha”. “Todos serão afectados”. Fatih Birol, director Agência Internacional de Energia.

Nós pouco podemos fazer para alterar o nosso modo de vida, ou a nossa dependência da industria petrolífera , mas podemos e devemos enfrentar o avanço das fontes de energia fóssil não convencional para que as gerações do séc XXI não tenham de coexistir com a industria petrolífera e todos os problemas sociais intrínsecos. E para tal não é só impedir poços perto de nós, mas impedir perto de toda e qualquer família pelo mundo! Se hoje podemos assistir a um poço de gás ou petróleo ao lado de nossa casa, ficar com a água contaminada e o que respiramos nocivo é porque ignorámos os apelos de outras famílias durante décadas, transformado em silencio pelo nosso conforto, bem estar e liberdade.

Não é só o Ar que é de todos!

A Solidariedade, a Natureza e o ser filho ou filha também…!

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Furo em Aljubarrota (2019). Parte 2 ou será 3 se calhar 4? Melhor é ser a ultima!

Aljubarrota, Australis, Amortização (na divida ao FMI)!

índice

A resposta aos movimentos contra as explorações de gás e petróleo no centro tem sido em forma de artigos em jornais nacionais e regionais. No dia anterior (dia 20 de Abril) ao encontro anti Fracking nas Caldas o jornal Gazeta das Caldas lançou na secção de actividade económica um artigo sobre o furo de gás em Aljubarrota.

Aproveitamos o artigo que destaca o documento encomendado pela Australis Oil and Gas para o Estado determinar se é necessário um estudo de impacte ambiental para os trabalhos de prospeção, para dar a opinião não como cidadão, ambientalista ou democrata, técnico ou especialista, mas como habitante da zona centro e do mundo sobre o documento apresentado pela petrolífera.

Documento encomendado pela Australis: Australis- Batalha Apreciacao previa_Final

Este será o segundo furo de prospeção realizado em Aljubarrota, o primeiro foi em 2012, tendo encontrado uma coluna de gás não convencional, mas em condições técnicas difíceis para a sua extração comercial economicamente viável.

Começamos com a pergunta:

  • Se fosse convencional não é necessário estudo?
  • Agora o petróleo e gás natural convencional são amigos do ambiente não precisando de estudo e acompanhamento?
  • Então o problema dos GEE não são responsabilidade da extração convencional?

Passamos ao método que vai ser utilizado para testar o gás. A empresa faz questão de salientar que os trabalhos são com métodos convencionais. Se vão utilizar perfuração horizontal, um dos 3 requisitos para se identificar uma extração não convencional, juntamente com a Fracturação Hidráulica e a injeção de fluidos a alta pressão, deixamos umas perguntas:

  • Ao admitirem a perfuração horizontal, que não faz sentido numa bacia de gás, mas sim para apanhar mais superfície rochosa onde o gás está misturado, não estão a admitir que necessitarão das outras duas técnicas para extrair o gás encontrado com viabilidade comercial?
  • Os milhares de litros de água (6.000 metros cúbicos) que dizem necessitar para os trabalhos de teste, vão ser usados só na perfuração? Ou vão também ser usados para criar pressão na rocha, injetando-a com areia, para testar a impermeabilidade da rocha e a facilidade em libertar o gás?
  • Como pretendem testar a viabilidade do poço, sem estimular a rocha com métodos não convencionais? Já que o Gás encontrado em 20 anos com alguma hipótese de ser viavelmente econômico é Gás de Xisto (Shale Gas).
  • Ao não existirem descobertas de gás e petróleo convencional em Portugal, qual a intenção de descrevem os trabalhos como convencionais?

 

CORREIO DA MANHA 02042018

O artigo fala no “famoso teste da queima da Tocha”. A queima da Tocha é conhecido mundialmente como Flaring e já por várias vezes aconteceu nos poços de teste em Portugal desde Vila Real de Santo António (inicio do séc XX), a Aljubarrota em 2012. O Flaring é responsável por grande parte do buraco da camada de Ozono, devido ao metano e gases voláteis libertados em enormes quantidades e que são bem piores que o CO2, para o qual dizem já existir solução: Cap and Trade (business as usual).

A Australis refere que o furo estará a cargo de uma empresa portuguesa. A empresa que tem trabalhado com as petrolíferas é a Fonseca Furos da área de Peniche, que trabalhou vários anos com a Mohave Oil and Gas, que abriu falência em 2012, e esteve no escândalo da concessão de Aljezur, de Sousa Cintra, que foi anulada por ilegalidades, incluindo a razão para o furo.

Impactos Ambientais

Num país de seca, a água vai ser um elemento de disputa. Se o furo de teste gasta esta água. Quanta vai ser necessária na fase de exploração por poço?

Agora uma das partes mais importantes para se avaliar os trabalhos da petrolífera e que menos informações têm. A secção dos químicos e resíduos.

  • Quais são químicos?
  • Que quantidades?
  • Qual o seu papel?
  • Que tipo de tratamento necessitam?
  • Quem é a empresa responsável pelo seu descarte?
  • Como descrevem os locais apropriados para os depositar?
  • Qual a especificidade do equipamento de transporte até aos depósitos?
  • Quais os cuidados para os resíduos especiais? Quais são?

O artigo acaba com a referência que a Australis faz a um possível acidente e impacto na superfície. Ficamos sem saber se o acidente de trabalho está incluindo na avaliação de impacte ambiental.

Água

Água! O furo será junto à ribeira de S.Vicente já de si em luta para se manter devido à seca. A Ribeira serve maioritariamente a agricultura de subsistência. Os milhares de litros de água vão ser retirados do lençol freático o que pode significar a descida do leito da ribeira, tornando quase inviável utiliza-la para regadio. Sem falar nos perigos de contaminação de que a empresa refere por várias vezes no relatório enviado para avaliação.

No relatório a Australis fala na possibilidade de uma ligação ao gasoduto principal para evitar a queima do gás. São 4 km de um novo troço de gasoduto.

  • Que tipo de infraestruturas vão ser necessárias construir para a utilização segura deste novo troço, dado como certo no artigo do Correio da Manhã?
  • Irá ter uma estação de compressão?
  • O gás será limpo e tratado antes de entrar na rede?
  • Vamos consumir desse gás?
  • O gás que entre na rede vai ser vendido à REN?
  • Como sabemos a qualidade do gás?

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Flaring (Chama de queima de gás)

Nos complexos industriais, é utilizada primeiramente para queimar gás inflamável libertado durante os alívios de pressão das válvulas sob pressão não planeada no equipamento. Durante a abertura e fecho das operações o Flare Stack é utilizado para combustão planeada de gases durante curtos períodos de tempo.

Quando o crude é extraído e produzido de poços, associado a si está a acumulação de gás natural. Em vários locais do mundo com falta de gasodutos e outras infraestruturas de transporte e tratamento de gás, muitas quantidades desse gás associado é normalmente queimado como lixo. A queima pode acontecer no topo de um poço ou pode ocorrer ao nível do chão. Este procedimento constitui um perigo para a saúde pública e também contribui significativamente para as emissões de CO2.

Para se manter o sistema de “segurança” operacional, uma pequena quantidade de gás é continuamente queimado, como uma luz piloto, para que o sistema esteja sempre operacional e cumpra o seu princípio primário, controlar a pressão nos poços.

O flaring liberta Metano e outros compostos orgânicos voláteis, como também dióxido de enxofre  e outros compostos de enxofre, e outros tóxicos… Muitos dos quais sabe-se causar asma e outros problemas respiratórios. Também pode libertar benzeno, tolueno e xileno, como também cancerígenos como benzapyrene. A quantidade de queimas associadas aos poços de petróleo e gás é uma fonte significativa de CO2. Uma média calculada de 400 X 10 (sextos) de toneladas de CO2 é libertada todos os anos, que representa á volta de 1,2 % das emissões mundiais.

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A Nigéria é considerada a segunda responsável pelos gases de Flaring. mas não é a Nigéria que queima o gás… mas sim empresas como a Shell.

Desmantelamento

  • O que vai ficar debaixo do solo?
  • Quem vai limpar os resíduos perigosos e lamas que estarão no terreno?
  • O furo que poderá ser realizado para a extração de água, vai ser fechado ou deixado aberto para uso da população?

A Gazeta salienta a Consulta Pública aberta a todos… e onde ainda podes participar…

E um dia quem sabe nos encontramos na Rua…

 

 

C.M (Comunicação da Manha)

C.M.

Comunicação da Manha

As petrolíferas sabendo que politicamente pouca ou nenhuma pressão necessitam de fazer, e legislativamente e legalmente será preciso muito e longo trabalho de iniciativas populares ou ONG’s para as parar, nesta sua nova tentativa de encontrar uma forma viável de extrair o gás natural encontrado vira-se para aqueles que podem na verdade conseguir parar os trabalhos no local ou atrasa-los de modo a criar dificuldades econômicas que podem levar os acionistas a pensar duas vezes em continuar a investir, a população local… A Mohave Oil and Gas que esteve em Portugal desde 1993 abriu falência (2012) ao não conseguir encontra um modo economicamente viável para a extração do gás natural, o que não foi grande problema para um dos seus cabecilhas  que hoje é membro da Australis Oil and Gas (criada em 2014) como responsável pelas concessões em Portugal, e assim são 20 anos a viver de fundos, empréstimos bancários e apoios estatais para tentar manter a indústria petrolífera como a maior fornecedora de combustível para o séc. XXI, ludibriando os portugueses.

O artigo do Correio da Manhã é um excelente exemplo dos passos escolhidos pelas empresas para proteger o seu investimento, a desinformação e falta de conhecimento das populações locais… Este não é o primeiro artigo do gênero, desde 2007 que se podem encontrar vários em jornais locais, nunca falando do impacto deste tipo de extração se as empresas levarem a sua avante.

Deixamos um exemplo  do que pensa localmente sobre as concessões no oeste. neste caso partilhado pela CIM Oeste:

Região de Excelência, Projecto de Futuro

Clipping de Notícias Regionais

A necessidade econômica é sempre a jogada com hipóteses de mais sucesso numa população empobrecida que está a pagar uma divida externa e que vê o valor dos produtos a subir e o valor das suas posses a descer. Se o Estado aceita uma esmola pelas concessões, porque não pode o cidadão comum fazer o mesmo?

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Não nos podemos esquecer que a Australis vem armada com o conhecimento de 20 anos de estudos sobre a área, sobre as pessoas e suas necessidades econômicas, com um lobbing político bem forte, com o apoio da Partex Oil and Gas, uma das maiores lobistas da exploração de petróleo em Portugal, e principalmente com a dependência social e econômica que o mundo civilizado têm de fontes de energia intensivas como as fontes de energia fóssil ou nuclear.

Passamos ao artigo:

O título diz logo da intenção deste trabalho encomendado, Petróleo em letras gordas. Há muito que no Oeste se procura extrair Gás Natural, mas a suja técnica é controversa devido aos seus impactos já conhecidos, portanto é melhor manter a discussão longe de gás natural ou Fracking… Basta olhar aos artigos e aos trabalhos da Mohave Oil and Gas, ou para doutoramentos em universidades portuguesas para se perceber qual a intenção… O truque das letras fortes que chama atenção e depois as pequenas que quase ninguém lê e que normalmente trás grandes problemas…

Prospecção e pesquisa de petróleo (ENMC):

“Nota: Foi estabelecido um grupo de trabalho para preparação de um documento de práticas recomendadas a serem seguidas durante as atividades de pesquisa/produção de “gás de xisto”.”

Quem faz parte a Comissão?

Quem faz parte do grupo de trabalho?

Mais segredos?

Do artigo em Itálico:

“Mas as pretensões esbarraram nas características do terreno: a rocha porosa impede que o gás se concentre numa câmara isolada, obrigando a múltiplos furos e retirando a pressão necessária para que o material ascenda”

Depois o artigo em si é uma “invasão” aos direitos dos habitantes locais à verdade. Utilizar o termo invasão como bom, é no mínimo… Tivemos uma padeira que ajudou a localidade a livrar-se da invasão e agora temos A Padeirinha que quer ser invadida.

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Utilizando um rendimento momentâneo que ajudou poucos, e deixou a localidade na mesma como confirma uma das testemunhas: “Faz falta alguma coisa para animar”. A implementação da indústria do petrolífero na localidade trará tudo menos coisas para animar, e esta afirmação é confirmada visualmente e cientificamente durante os 10 anos da indústria nos EUA, passando pelo México, Perú, Canadá, Argentina, Alemanha, Polônia, Romênia, etc…

A França proibiu o Fracking, Na Polônia, Alemanha, Inglaterra, México, Argentina, Brasil, Burgos, Cantábria, País Basco a resistência está activa, em Portugal continuamos a olhar para o lado… Esperando que alguma ONG ou grupo ambientalista nos represente nessa luta, porque eles é que sabem dessas coisas. Ou pior: Não é nada comigo! Não conseguimos fazer nada!

O Estudo do Impacte Ambiental é só um passo para deixar andar as coisas… Porque ao afirmar que na fase de prospeção não vão ser utilizadas técnicas de fracturação Hidráulica, dificilmente se encontrará um motivo suficiente grave para parar o furo de teste. Parece que gastar 6.000 m3 de água em pouco mais de um ano é considerado normal por uma especulação… Num país de seca, e numa zona de agricultura intensiva (insustentável) e de subsistência, produção animal (responsável pela libertação de Metano, dezenas de vezes mais nocivo para as alterações climáticas que o CO2), a Pergunta é: Se o furo de teste que dura cerca de ano e meio vai gastar esta água declarada, quanto vão gastar na fase de exploração? Podemos falar em milhões de litros.

Ou que a destruição de 7,500 m2 de fauna e flora não é nada de grave por que são terrenos sem utilidade. Os terrenos sem utilidade serão os contaminados pelos trabalhos e deposito do seu lixo tóxico. Danos nas estradas é o menor problema das populações locais, ou o barulho das máquinas 24 horas por dia não são nada comparado com o impacto que esta indústria trás ao nível do sobsolo, principalmente na água e do ar, principalmente no Céu…

“Da parte da população, as boas experiências com as companhias anteriores servem de cartão-de-visita.”

A boa experiência foi um lucro que lhes possibilitou um ano sem problemas económicos. Ninguém da empresa lhes falou do que veem nos campos onde trabalham o resto do ano. Ou quantas vezes foram impedidos de trabalhra devido a manifestações ou leis de proteção ambiental.

“Estado ganha 8,6 milhões em 10 anos”. Pois, mas a crise apareceu na mesma, e a Troika faz-nos pagar.

Depois fiquei siderado com a opinião de uma senhora: “Aljubarrota está parada, Não há turistas. Para nós era óptimo que (viesse a prospeção)…

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Infelizmente, consegue-se vender tudo: Petróleo e Turismo

Das duas uma ou vale tudo para fazer algum dinheiro, ou existe muita confusão com o impacto de uma indústria de extração de gás natural na localidade e no Turismo.

“Pode ter efeitos positivos para quem tem terrenos”.

Mais uma vez a necessidade de um povo, leva-o a pensar em vender… Em Portugal estamos a vender toda a terra, sem pensar que no futuro para a maioria da população será um pedaço de terreno que lhe permitirá ser sustentável, nas dificuldades de um país em divida e com o desemprego a descer.

“Era bom que viesse a desenvolver aqui o sítio. Isto é tudo preciso, e aquela zona (das sondagens) é um deserto.”

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Imagem de um verdadeiro deserto. A área de fracking na Pensilvânia, uma média de poço por 0,5 km

Depois das leis de proteção ambiental muitos agricultores ficaram impossibilitados de cultivar em alguns locais, outros plantaram eucalipto. Hoje muitos desses terreno depois de vários anos ao abandono do trabalho humano, e considerados desertos ou terrenos não cultiváveis, são na verdade ricos em plantas aromáticas, comestíveis e medicinais, animais  que não existem nas hortas, nem na agricultura intensiva… Na agricultura biológica comum. São sempre terrenos recuperáveis para produção de alimentos se não estiver contaminado. Esses terrenos têm na verdade conhecimento que ajudou os nossos antepassados a matar a fome, a vencer doenças e que pode voltar a ajudar as gerações futuras, se ficarem intactos… A mentalidade, que nos educam a nós, como cidadãos, faz-nos olhar para o meio natural como recurso natural, onde ou se pode tirar vantagens econômicas ou mais vale despachar… Foi assim que se criou a indústria do Eucalipto, que era só facilitismos e dinheiro fácil… e agora a manutenção é paga pelo proprietário e não por quem necessita, planta e utiliza o produto: Papel. O lixo da petrolífera quando se for embora vai ter o mesmo resultado: resolvam vocês!

Assim a empresa vê os terrenos abandonados como um local propício para a sua exploração sem grande resistência local. Mas o recurso natural que espera conseguir só a vai beneficiar a ela, e ajudar um comércio ou outro não porque se interesse pela estabilidade local mas sim porque os seus recursos humanos (os 50 trabalhadores) precisam de comer e dormir, assim ganhamos todos, e quando for necessário o apoio aos trabalhos virá da boca de quem já beneficiou, pode vir a beneficiar, tornando-os recursos humanos da indústria petrolífera sem contracto… excelente… Um pouco como o presidente dos EUA, Donald Trump, ter conseguido várias pessoas de descendência africana ao seu lado para a presidência… As consequências de um presidente como Trump são conhecidas, as suas opiniões sobre raças superiores não é escondida: America First.

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“Isto é estímulo para a economia local”

Para uma ou duas economias pessoais sim, não se pode dizer que não é verdade, mas para a economia local (seja isso o que for) é completamente mentira… poucos vão ver algum lucro, a grande parte vai sofrer as consequências, incluindo os que ganharam algum. Não são precisas teorias para o debater, existem centenas de exemplos pelo mundo. Um bom exemplo do desenvolvimento, recuperação da fauna e flora e manutenção do equipamento pode ser visto aqui bem perto, no único campo petrolífero da Península Ibérica de Ayoluengo, perto de Burgos, numa zona protegida: o impacto na economia local = 0, melhorias na vida social da população em redor e fixação de jovens = 0, restauração da zona verde=0. No que diz respeito ao turismo rural e da natureza! Iriam visitar uma zona com torres de petróleo, derrames em todo o lado, um cheiro nauseabundo constante no ar e uma paisagem natural fracturada por terrenos estéreis. Ainda hoje, em locais de exploração existem poças de água que pegam fogo devido aos trabalhos dos anos 80 e 90… e esta era convencional.

Enquanto se observam os lindos e majestosos abutres e águias como fundo temos uma indústria que torna necessário a sua proteção. Quando se toma banho nas lagoas e cascatas locais, pensamos: Que pena olhar-mos a estes locais como paraíso a visitar, e manter só necessário para usufruirmos dele, e termos deixado destruir e contaminar os que existem perto de nós, na nossa terra, onde brincámos desde pequenos.

A pequena aldeia de pescadores de Aberdeen na Escócia é bem exemplo disso. A população residente ficou na mesma ou pior, a pesca deixou de ser o meio de subsistência, os novos habitantes que não tinham ligação ao local e nem o conheciam como era, hoje nem se questionam, e tudo parece bem, mas ao nível social a pobreza aumentou e Aberdden deixou de ser um local familiar, com um bem-estar popular acima da média, para uma das localidades com a pior condição social e ambiental da Escócia.

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Sobre a consulta pública… e a Avaliação de impacte ambiental… bom, as barragens não pararam e não vão parar, nenhuma AIA as parou, nem para deixar um rio livre em Portugal. Vias rápidas, Linhas de Alta Tensão, nenhum estudo as parou… Campos de Golf e resorts ao longo da Costa e nas Serras, nenhum estudo as parou…Decerto não seria uma AIA que pararia o aeroporto ou o TGV. Como não há nenhuma AIA que consiga parar a monocultura de eucalipto ou agricultura intensiva. Para responder a toda esta burocracia, caso ela tenha resultados ao parar o projecto, existe o famoso PIN (Projecto de Interesse Nacional) que é tipo uma Lei Marcial para a proteção ambiental, portanto ou te mexes ou te F%#?$. Até hoje desde a idosa que viu o seu terreno de subsistência a ser dividido da sua casa pela auto-estrada, sem outro tipo de acesso à sua horta, até ao pescador que foi expulso da praia para proteger o paraíso para o turista. Nenhuma AIA evitou não só o problema ambiental, como social e cultural. Hoje existem praias privadas, campos de golf e resorts que invadiram locais onde os pobres e imigrantes vinham com as suas famílias aproveitar o bom do seu país a paisagem, as praias, o campo, os amigos.

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Depois todo este empreendimento em novas formas de energia fóssil faz parte do plano europeu para se tornar energeticamente independente. Todo o gás encontrado, pertence às empresas, depois às necessidades europeias (que pode ser manter o português contente com um fornecimento barato ou sem cortes nas alturas altas), pode? Nada no sobsolo nos pertence a nós cidadãos ou proprietários do terreno (Nem a  água) acima das jazidas, o país não investiu, concedeu as concessões a empresas estrangeiras e temos deveres para com a estabilidade da União Europeia, portanto o Estado e alguns locais recebem umas esmolas comparado com os lucros e dinheiro a circular entre bancos e investidores, como o exemplo que tivemos do Joe Berardo e o investimento na Mohave OIl and Gas e os bancos que faliram em Portugal que lhe exigem o pagamento de dividas.…. (Como vinha uma noticia de Berardo e as sua dividas à banca na página seguinte ao do petróleo no C.M. porque não relembrar)

Para a população local fica a divida externa, a perda de terras, da água, da saúde e com um sonho destruído ou alimentado com mentiras…

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http://resistir.info/europa/gas_israel_04abr17.html

O lobbing corporativo entrou em acção e este vai ser um ano onde vão haver bons, maus, quem sabe o que diz, quem não sabe do que fala, os histéricos, os hippies, os índios, os selvagens, inimigos da democracia, utópicos, dos arruaceiros, dos desestabilizadores, os teóricos da conspiração, os realistas, os técnicos certificados, os ambientalistas e muitos palhaços. Tudo normal desde que os trabalhos não parem.

O Correio da Manhã mais uma vez não surpreende… ao passar desinformação, dois jornalistas que ao cometeram uma gafe jornalística ou sabem mais que nós todos… Ou estão a jogar um jogo que vão perder ao falarem da ligação à rede de gasodutos nacional, não devem ter lido a AIA da Australis, porque refere várias vezes que o flaring será em princípio a tecnologia utilizada para queimar o gás extraído e aliviar pressão, e que seria melhor a possibilidade de se ligar á rede evitando assim a queima do gás, mas que precisará de autorização para tal ainda em avaliação. Porque no estudo nem está o impacto da construção do ramal de gasodutos até ao gasoduto principal.

Quem se equivocou?

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Do relatório apresentado pela Australis Oil and Gas:

“Uma das metodologias para o teste do poço será proceder à queima controlada do gás no sistema de queima em tocha instalado para o efeito (em inglês “flare”), com a consequente produção de emissões gasosas associadas à combustão e à perca do recurso.”

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A Australis pretende, se possível, utilizar como alternativa a esta metodologia a conexão à rede do Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN), gerido pela REN, dado que um dos gasodutos da Rede Nacional passa a menos de 4 km da zona de potencial localização da parcela de sondagem. Esta alternativa é uma solução com menor impacte ambiental em termos de emissões poluentes e gases de efeito estufa, e economicamente mais razoável, caso a ligação em causa seja possível e a custos adequados”

“Não está previsto nenhum projeto de construção complementar ou associado”.

Como Ficamos?

Talvez o correio da Manha já esteja a pensar na próxima iniciativa: CM Não Esquece!

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Tentaremos dar a opinião sobre o EIA da Australis mais detalhadamente num próximo post..

Um pensamento:

O primeiro ouro negro nacional trouxe o mesmo dilema social, econômico, laboral, ético e moral e mesmo com muito caminho a percorrer deram-se passos em frente. Hoje se temos problemas laborais, foi porque alguém um dia alimentou a esperança de justiça, liberdade e auto sustentabilidade, essa semente espalhou-se e hoje lutamos por direitos laborais porque não temos quem trabalhe por nós de graça e sem compromissos sociais para com eles. Nesta “quarta” tentativa de beneficiar do ouro negro, nada de novo, só o recurso/mercadoria é outro. Se queremos uma sociedade mais justa e sustentável para as gerações futuras teremos de semear o que libertou os escravos, as mulheres, os anti fascistas: O direito à Auto- sustentabilidade- a verdadeira Liberdade…

Eco-Demo(cracia)

Rockfeller

Eco- Demo(cracia)!

O Verde do séc XXI continua a ser o do dinheiro!?

A tribo Yaqui que habita em Loma de Bacum, uma cidade mexicana perto da fronteira com o Arizona (USA) cortou uma secção de cerca de 15 metros do gasoduto transfronteiriço que se encontra nas suas terras como forma de protesto pela imposição da infraestrutura pertencente à Sempra Energy (Califórnia) sem consentimento dos locais. Este gasoduto transfronteiriço foi possível com o apoio e pressão de Hillary Clinton sob o México para privatizar as fontes de gás e petróleo enquanto elemento da administração Obama.

Em 2015 a população Yaqui disse não à construção do oleoduto quando informada pelas autoridades locais, mas este foi em frente na mesma. A Ienova, unidade da Sempra que opera o oleoduto espera decisão judicial para poder restaurar o oleoduto ou escolher outra rota.

Durante a Luta contra o Keystone XL foram em frente dezenas de gasodutos, e planos para mais foram apresentados dentro dos EUA e que atravessam fronteiras. Um dos casos onde a fronteira não foi reconhecida foi o conhecido oleoduto que levou ao movimento popular Standing Rock...

A administração Obama foi considerada pioneira no apoio à economia verde. A sua maior participação (com dinheiros públicos) vai ser a entrega de 100 biliões de dólares até 2020 para as adaptações climáticas nos países em desenvolvimento, como acordado no acordo climático de Paris. Foi mais um passo num plano desenvolvido pela família Rockfeller na sua luta pelo controlo da energia do sec XXI e mais uma vez senhores das soluções e boa vontade…  Teatros Greco-Romanos são encenados com personagens reais, (Nós), numa luta que parece estar ganha mas que se perde sempre… Como?

Neste trabalho vamos ficar pelos políticos e capitalistas, noutro entraremos na ciência por detrás da ideia das alterações climáticas, CO2 e políticas ambientais que oferece legitimidade para toda esta tomada de posse da solução energética auto sustentável e local…

Depois de Al Gore a política norte americana nunca mais foi a mesma e o dinheiro que gera está sempre em crescente…E Hoje?

Começamos por Hillary Clinton que como Secretária de Estado de Obama e em conjunto com um grupo de lobistas da indústria petrolífera, aproveitou o sonho do eco capitalismo para financiar a solução energética mundial e as lutas tornadas mainstream como a desobediência cível encenada e dirigida pela 350 org contra o oleoduto Keystone Xl, por parte de figuras públicas e dirigentes de ONG’s, diziam que parar o KXL era mandar uma mns à indústria Tar Sands pois era uma infraestrutura essencial para as novas explorações de não convencionais,  uma arma sua.

Os indígenas Yaqui acusam Hillary de ser responsável pela permissão de construção à Sempra. Na lista de financiadores da campanha para as presidenciais contra Trump estavam registados 40 lobbistas que trabalharam contra o regulamento das alterações climáticas, defendiam a perfuração offshore e procuravam aprovação para a exportação de gás natural. Ankit Desai, vice-presidente para as relações governamentais na Cheniere Energy doou $82,000 para o campo eleitoral de Clinton. David Leiter em 2014 foi responsável pela aprovação da infraestrutura de exportação de GNL em Hackberry, Louisiana também doou $36,550 para a campanha de Clinton e trabalha para a ExxonMobil.

Durante a administração Obama a luta contra o Keystone XL (KXL) apoderou-se de palavras como Roots Movement (Movimento Popular), desobediência civil e resistência por parte de ONG’s multinacionais com ordenados de milhares de euros que são hoje os principais representantes da solução verde para o sec XXI. Na verdade além da indústria verde também a indústria férrea esperava o fim do apoio do governo ao KXL. Warren Buffet, o 3º homem mais rico do mundo, investiu na BNSF para transportar o petróleo que viria pelo oleoduto e mais ainda. Em 2010 Obama agraciou Buffet com a Medalha da Liberdade, no ano seguinte Obama apresentou a “Regra Buffet” . A Forbes em 2018 apela-o de “ Oracle of Obama”. Uma das ONG’s que mais tem ganho com tuda esta politica verde é a 350 org com raízes na Fundação Rockefeller, como também WWF, e  Sierra Club, ambos recebem doações da fundação Rockefelleretc… Em 2013 o senador Lautenberg e Rockefeller passaram a lei de investimento no transporte,a Rockefeller que na altura dirigia o Senate Commerce Committee disse que: Todas as opiniões “precisam de estar na mesa” para renovar e expandir o sistema ferroviário, portos, auto-estradas.

 

A família Rockefeller é a criadora da solução alternativa energética sem alterações na organização social. Em 2013 a sua fundação concluiu uma iniciativa focada na acessibilidade aos trabalhos verdes nos EUA, SEGUE (Sustainable Employment in a Green US Economy) para resolver a alta taxa de desemprego e alterações climáticas criando a oportunidade imperativa em investir nos trabalhos verdes pelo mundo, com avanços no conhecimento, leis e instituições necessárias para catalisar o crescimento da economia verde. Não é de estranhar que na lista de apoios económicos da fundação estejam sindicatos, ong’s verdes e que na lista de colaboradores da Global Climate March estejam sindicatos. Através do Rockefellers Brothers Fund e de um programa de energia solar e eólica em África liderado pela irlandesa Mainstream Renewable Power foram investidos 1.775M em energia renovável, considerado o maior passo para a energia verde.

No África Energy Forum em 2016 foi defendido um Plano Marshall para África assente em $70 triliões para ajudar as economias em desenvolvimento. No mesmo discurso os EUA são apresentados como os salvadores da Europa através do plano Marshall (European Recovery Program) depois da segunda guerra mundial. Aqui podes consultar a lista dos apoios aos Verdes por parte dos Rockefeller. Na Universidade Rockefeller são aprovados vários estudos sobre Deep Sea Mining para metais para a construção de paneis solares e eólicas, baterias para energia verde, combustível, matéria-prima para novas tecnologias, etc… Gulbenkian era fã da antropologia de Rockefeller e seguiu os seus passos até aos dias de hoje e para o séc. XXI. Hoje a sua Fundação faz o mesmo trabalho verde em Portugal, imitando a Fundação Americana.

JP Morgan é outro nome intrinsecamente ligado ao futuro verde e ao passado negro das energias. Depois de Tesla ter ganho a eletrificação AC na World’s Columbian Exposition em Chicago no ano de 1893, o sistema foi rapidamente adotado como produção para empresas de energia elétrica primeiro nos Estados Unidos e depois em todo o mundo. John D. Rockefeller reagiu à crescente popularidade da iluminação elétrica para todos, que antecipou a tecnologia à base de óleo de lâmpadas de querosene, assim  ajudou empresas como a Ford a iniciar em serie o motor de combustão interna (Gás/Diesel) como o principal meio de transporte terrestre… para todos, porque sabia que Tesla estava a ponto a traçar um caminho para a fabricação de carros elétricos baratos. Ford tinha a ideia dos carros baratos a biodiesel e com fibra de cânhamo, Rockefeller levou a melhor. Do outro lado ( forma de expressão) JP Morgan com o apoio da família Rothschild respondeu ao tornar-se o único patrocinador do empreendimento Tesla. Iniciou-se uma batalha empresarial pelo controlo do fornecimento elétrico, com Rockefeller e os seus protegidos a levarem a melhor com a corrente AC e os carros Ford com petróleo ou Thomas Edison com a sua lâmpada. Mais tarde JP Morgan encabeçou um grupo de banqueiros preocupados com as ideias revolucionárias de Tesla que poderiam tornar impossível controlar a venda e distribuição de energia a preços lucrativos. Em apresentações públicas Tesla introduziu muitas novas tecnologias, inclusive aquela que lhe permitiu exibir sistemas de iluminação elétrica sem fio e geração de energia dos rios sem barragens e a teoria da energia criada pela rotação da terra. Todo isto foi travado por interesses econômicos que juntou “inimigos” para um objetivo comum: Impingir e cobrar por serviços que podiam ser de acesso livre, para manter o controlo das necessidades sociais.

JP Morgan lidera hoje um grupo de banqueiros que têm como objectivo criar uma plataforma Pan Europeia que permita a rápida expansão dos produtos Tesla na Europa. No site do JP Morgan os carros Tesla são considerados uma história de sucesso criada para uma rápida expansão do negócio centralizada na facilidade de taxas e regulamento financeiro na região Europeia.

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Retirado do site.

A operar protegido por um grupo de banqueiros permitiu á Tesla aumentar mais facilmente outras partes do JP Morgan ao apoiar e facilitar o crescimento do negócio.

Elon Musk recebeu, em 2015, um empréstimo de 750 milhões para a Tesla Motors (Que esteve para ser comprada pela Google) do Banco da América, JP Morgan Chase e Deustsche Bank. Em 1999 Musk decidiu comprar o carro mais rápido e mais caro da altura e de sempre, o Mclaren F1 GTR,  e em 2014 congratulava-se com a habilidade do modelo Tesla Model P85D em se comparar à aceleração de 60 milhas horas em 3.2 segundos do Mclaren. Em 2016 o Model S P100D chegou às 60 milhas em 2.28 segundos. Muita gasolina foi gasta…

Onde Musk gasta muito produto petrolífero é na sua empresa Space X, fundada em 2002, que tem como missão tornar os humanos colonizadores e criadores de uma civilização sustentável em Marte. Dentro do programa está o desenvolvimento de meios de transportes em terra de alta velocidade como o Hyperloop. Musk também têm contractos de transporte com a NASA e também criou a OpenAI, uma empresa de investigação para uma inteligência artificial segura por acreditar que o ser humano está muito lento para poder usufruir de toda a informação que a tecnologia nos proporciona. O dinheiro inicial para estes investimentos veio da venda do Paypal, onde foi co-fundador e a Zip2 plataforma que tornou possível que jornais como o New York Times e Hearst pudessem ser lançados on line.

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Trump é um dos aliados de Musk, além do apoio ao contracto com a NASA, Trump também é um dos potenciadores do Hyperloop. Segundo declarações de Shervin Pishevar, co-fundador do Hyperloop, Trump é um Construtor que dá esperança ao projecto. Nessa mesma entrevista Pishevar anunciou a recolha de 85 milhões em fundos. Em 2018 o Hyperloop foi integrado no Plano de Infraestruturas da administração Trump.

O futuro está em foguetões!? Qual a pegada ecológica do programa espacial?

O valor médio será cerca de 30 toneladas de CO2 por lançamento (em 2015 a pegada de um cidadão europeu era de cerca 7 toneladas). Mas em cada lançamento pode-se juntar as 23 toneladas de Perclorato de amônio e pó de alumínio e as 13 toneladas de ácido clorídrico. Imagine-se mais, maiores e mais potentes foguetões.

A fábrica Tesla foi convidada a vir para Portugal, e os verdes jubilaram-se com a possibilidade de o país entrar nesta solução espacial. Um dos critérios a favor era o lítio encontrado em Portugal Continental e no fundo do Atlântico e outros recursos minerais para a construção dos automóveis.

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(representante da Tesla em Portugal)

A sociedade humana encontrou um dominador comum ( Alterações climáticas) para uma luta global econômica e política (Globalização), e mais uma vez o plano é solucionar os seus problemas, deixando de fora as restantes classes e espécies, desperdiçando mais uma vez uma oportunidade de realmente trabalhar para um mundo sustentável, não egocêntrico, seguindo uma doutrina apresentada pelos produtores de poluição. Um dos problemas das mudanças radicais no sistema de organização humana é o assalto dos culpados às ideias sustentáveis e equalitárias dos afectados, isto foi verdade no movimento abolicionista da escravatura, nos direitos da mulher, na política (republica, democracia), das classes sociais mais baixas (Representantes). Ao apontar o dedo acusador ao cidadão, os criadores dos produtos poluentes apoiam hoje soluções que mantiveram na gaveta desde o início dos seus investimentos, para manter a sua fortuna, culpando-nos a nós consumidores dos males do mundo.   o aproveitamento das correntes dos rios e energia da terra para produção de energia de Tesla, que foi transformado em grandes empreendimentos em forma de barragens e transporte de corrente por cabos com necessidade de grande matéria prima e principalmente com manuseamento mortal, e tudo por motivos económicos (poder), ou a recente 1ª Revolução Verde em África são cicatrizes que não devem abrir de novo…

Vamos deixar os mesmos, ou a mesma mentalidade mais uma vez controlar as soluções populares, sustentáveis e necessárias?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concessões Petrolíferas! Cancelamento ou Renovação?

Final de 2017

Em Novembro deste ano a ultima das concessões offshore na bacia de Peniche deixou de estar assinalada no mapa da ENMC (Entidade Nacional de Mercado de Combustíveis), vindo-se juntar às outras 3 já abandonadas em Julho. Todas as explorações offshore tinham em comum a Galp, Partex Oil and Gas ou Petrobras. As razões apresentadas pela petrolífera foram a baixa rentabilidade do projecto devido à dimensão das reservas encontradas que já levavam um investimento de 22 milhões de euros em 10 anos. A Galp abandonou, mas o Estado não anulou a possibilidade de outra petrolífera poder assinar outros contractos. A Galp segue os passos da Petrobras, a primeira a abandonar as concessões offshore em Portugal, a Petrobras como política de investimento, tem como um dos passos o abandono de todas as concessões onde participa pelo mundo para se concentrar no pré sal brasileiro, onde a Galp também está a investir sendo parceira da Petrobras em locais como a Amazônia. Quem sabe quando ganharem bom dinheiro no Brasil, voltem a investir em Portugal? Não eram os primeiros!

Mas Peniche não está livre da indústria do Petróleo. Além de toda dependência que todas as cidades têm das energias fósseis, não fica bem do lado do Estado através do programa Cluster do Mar e da câmara aceitarem um acordo para o alargamento da área dos estaleiros navais da cidade para mais 20 hectares, inseridos no plano de melhoramentos para a construção de plataformas petrolíferas, plataformas de gás… e da energia das ondas. O autarca local (PCP) reconhece que estas obras serão um passo para o estaleiro iniciar as estruturas para exploração de gás e petróleo. A câmara propôs oferecer mais 2 hectares de terreno em troca de obras na praia do Molhe Leste. O estaleiro pertence à Oxi capital, tendo como parceiro a AMAL – Construções Metálicas, esta é a linha da multinacional:

““Assegurar uma resposta competente e competitiva às solicitações dos mercados Nacional e Internacional da Metalomecânica de apoio à indústria nomeadamente à industria Petrolífera.”

A AMAL tem como clientes as principais petrolíferas do mundo.

Também o abandono das concessões no onshore do sul da Zona Oeste não é tão simples e claro. Com todo o conhecimento adquirido durante cerca de 20 anos de Estudo do sobsolo português pela Mohave Oil and Gas, qualquer petrolífera que assinar contracto nessas áreas não demorará muito a iniciar a exploração comercial. A Australis defende que na área do Cadaval (área com mais probalidades juntamente com o Bombarral de se iniciar a exploração de gás de xisto) em 3 anos depois do inicio da perfuração se poderia a iniciar a exploração.  A Mohave Oil and Gas foi criada em 1993 por Patric Monteleone, que agora é responsável pelo projecto de exploração em Portugal na Australis Oil and Gas Limited. A Mohave Oil and Gas abandonou Portugal em 2012 abrindo insolvência.

Em 2015 a Australis assina 2 contractos de concessão na zona oeste com 620.000 acres (1. 0258km) com o nome de Pombal e Batalha. A área de Pombal é para novos horizontes, mas a concessão da Batalha apanha áreas já estudas, o que leva crer que esperam iniciar no final dos 8 anos de contracto para prospeção a tão esperada exploração de gás natural através da técnica de perfuração horizontal e fracturação hidráulica. Os municípios abrangidos são Caldas da Rainha, Rio Maior, Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Santarém, Leiria, Marinha Grande, Batalha, Pombal e Soure.

Caldas da Rainha, Rio Maior e Alcobaça já tiveram concessões com os seus nomes. A Serra do Bouro, Nazaré e Rio Maior foram áreas estudadas em 2010 para armazenamento subterrâneo de gás natural.

Na Zona de Pombal fora a intenção de se estudar a possibilidade de extração, a estação de Carriço é uma das infraestruturas a serem ampliadas para aumentar a sua capacidade de armazenamento de gás natural seja de extração local ou de importação e transporte do gás através de mais gasodutos, estações de compressão, etc… para toda a Europa, com todo o impacto ambiental e social local e mundial. Todo isto junto é assinar uma vida insustentável.

Existe ainda a concessão do Cadaval, que a Australis chegou a ter nos seus planos, não chegando a assinar um contracto! Mas está lá… Esperando pelo progresso.

Inicio de 2017

 

 

 

Cidadão Terrorista? Frack Off…

Enquanto em Portugal e Zonas Autônomas da Península Ibérica concessões são encerradas, em locais como no Reino Unido, depois de passarem por todas as promessas de estudos de impacto ambiental, economia verde e abandono das concessões de energia fóssil, a luta não pára e a resposta protecionista das forças de segurança ao interesse das petrolíferas é catalogar os cidadãos anti-Fracking como terroristas!

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Ultimo mapa de concessões activas emitido pela ENMC em Novembro de 2017…

(“O Parlamento aprovou a extinção da entidade que gere as reservas estratégicas de petróleo. Mas o seu fim implica que o Estado vai ter de pagar o empréstimo de 360 milhões contraído pela ENMC”.) Jornal de negócios. Mais no link acima partilhado

Radical

Pensar na raiz dos problemas (radical) sempre foi causa para a perseguição de “elementos perigosos, que podem espalhar o terror” (terroristas) por parte da classe organizadora. Foram os radicais que libertaram os escravos, que tiraram as mulheres da cozinha, as crianças das fábricas, que mudaram as políticas… o mundo. Uma economia global, que tanta violência financia,  protegida por forças de paz, ridiculamente armadas com armas de fogo para combater forças populares radicalmente armadas de amor, não pode deixar o pensamento radical ser educado para o sec XXI?

Esta classificação de cidadãos como terroristas não é nova. Muitos grupos e indivíduos têm pago caro este tipo de perseguição e apelado a que os oiçam para que mais tarde não nos aconteça a nós… Para o sec XXI os organizadores escolhem as mesmas táticas tradicionais, e assim um Pai uma Mãe, um Filho uma Filha podem vir a ser condenados por terrorismo domestico ao tentar salvar a sua água, as suas terras, a sua cultura, a sua família. Por salvar animais de laboratórios, cidadãos do Reino Unido tiveram penas de dezenas de anos de cadeia por eco terrorismo. Por tentar salvar animais de produção através de acção directa e os consumidores humanos através de informação, vários cidadãos no Reino Unido foram e são perseguidos pelas forças de segurança. Na luta contra os transgênicos na França, desde os anos 80 que o Estado identifica grupos como eco terroristas domésticos, mas desde os anos 40 que os pensamentos eco radicais são identificados como ideias de selvagens, imorais e inimigos da civilização Francesa.

Reino Unido ou fracturado?

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Activistas  anti Fracking foram assinalados juntamente com organizações terroristas, que incluem o IRA, Al Qaeda e ISIS, num documento oficial contra terrorismo de 4 regiões do Reino Unido. Os cidadãos de York dizem estar chocados que a polícia local os identifique como ameaça terrorista, juntamente com grupos como o Kurdistan Workers Party (PKK).  Provas recolhidas por Russel Scott, investigador e activista no grupo Frack Free Yorkshire, revelou que a estratégia contra terrorista em York incluía riscos da actividade anti fracking, como grupos opositores a Israel e Palestina.

Scott , no web site SpinWatch também publicou documentos de Merseyside, Dorset e West Sussex com a mesma ligação entre extremismo doméstico e fracking.

Lars Kramm, membro do Concelho Verde (Green Council) da cidade (York City), disse:

“Estou chocado por ouvir que a oposição criativa e pacífica em York á agenda energética e climática do governo seja agora classificada como terrorismo. Há muito tempo que faço campanha com a comunidades na luta para parar o fracking, mudar para as renováveis para combater as alterações climáticas e proteger as nossas comunidades rurais da ameaça da industrialização. A maioria das pessoas e dos concelheiros em York partilham as mesmas preocupações ambientais levantadas pelos activistas e residentes locais. Os protestantes anti fracking em Yorkshire e pelo país merece apreço pelas suas acções, não acções legais e estigmatizados como terroristas”.

Grande parte de York está aberta á exploração de gás de xisto (Shale Gas). A norte a maioria do distrito Ryedale, que inclui a concessão da Third Energy em Kirby Misperton, foi concessionado. Também existem licenças que cobrem muito da East Riding of Yorkshire e partes do distrito Scarborough. A sul grandes áreas de Wakefield, Barnsley, Doncaster, Sheffield, Rotherdham e Bassetlaw foram também licenciadas para exploração de hidrocarbonetos, grande parte não convencional.

Riscos chave para York

O documento do City of York Council, publicado recentemente, descreve como as forças de segurança estão a idealizar o Prevent strategy, estratégia contra terrorista governamental.

Extraído do documento:

“ O perfil contra terrorista local para York e North Yorkshire salienta o risco chave para a localidade como prova de actividade como a presença do Kurdistan Worker’s Party na Síria, Actividade pró palestiniana/anti Israel, Sabotadores de caça (caça á raposa), libertação animal, anti fracking e actividade da extrema-direita.”

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Diz também que York é de alta prioridade no Prevent na área da força policial de North Yorkshire. As Razões apresentadas incluem a localização perto na linha de ferro, edifícios históricos, população estudante e militar e grande número de turistas.

Leigh Coghill do Frack Free York, disse:

“As pessoas que se opõem ao fracking são pessoas comuns e pacificas de todas as estruturas sociais sem alguma ligação com violência ou terrorismo”.

Ian Conlan, do grupo Frack Free Ryedale:

“ O Prevent Estrategy devia-se focar em evitar terrorismo e não expressões pacíficas de opiniões legitimas e usar do direito ao protesto.”

Desculpas de Driffield

Kirby Misperton fica cerca de 50 km de Driffield em East Yorkshire, onde a escola secundária local listou os activistas anti fracking, juntamente com o Estado islâmico. Nos conselhos de contra terrorismo para os pais.

Drill Or Drop extraiu este texto de um jornal da Driffield Scholl a Sixth Form:

“Na presente nacionalidade, o maior objetivo é prevenir que as pessoas se juntem ou suportem o chamado Estado Islâmico, afiliações e grupos relacionados. Mais localmente, as prioridades em East Riding’s são a extrema-direita, defensores dos animais e campanhas anti racking”.

Desde então. A escola e o East Riding of Yorkshire Council publicaram esta declaração:

“ Ao entregar o Prevent nas escolas, o concelho utiliza o Home Office. Isto inclui referencias a “terrorismo ambiental” e algumas pessoas perguntaram se este incluía activistas anti fracking. Em resposta, deixamos claro que não olhamos os activistas anti fracking como um grupo apropriado para ser monitorado pelo Prevent”.

Susie Cagle TransCanada Eco-Terrorism Cartoon

(Não são as duas a mesma coisa?)

O presidente da Driffield School, Diane Pickering, também emitiu um pedido de desculpas:

“O Prevent requer que as organizações publicas e as escolas estejam atentas a todas as formas de extremismo, mas do ponto de vista da escola, o movimento anti fracking é uma forma de comportamento extremo, por isso pedimos desculpa que o link tenha sido feito”. Mas documentos de outras partes do país, divulgados por Russel Scott, sugerem que outros conselhos da cidade e forças policiais mantêm o ponto de vista do Prevent.

Merseyside Special Branch

A Merseyside Police Special Branch tem uma apresentação para escolas, governadores, colégios e segurança social. Nela, as actividades anti fracking são listadas como um tipo de extremismo. São apresentados como um grupo de extrema-direita ou de extrema-esquerda, republicanos e grupos da Irlanda do Norte e activistas de libertação animal.

Russel Scott disse que a mesma apresentação é utilizada no Sefton Council.

Merseyside Police

Dorset. “Potencial para actos violentos”

Excertos da estratégia para Dorset

“Dorset não está abjudicado pelo governo como local prioritário para a instalação do Prevent; no entanto as ameaças que enfrenta a comunidade local não são diferentes daquelas que estão abrangidas pelo Prevent no restante Reino Unido”

Identifica a ameaça da radicalização do ISIS e dos extremistas da extrema-direita. Na mesma página acrescenta:

“Na Dorset rural assuntos como o Badger Cull e a possibilidade de Fracking pode também ver formas de extremismos com o potencial de actos violentos virem ser cometidos”.

Dorset Prevent strategy

Escola primária de Worthing: activistas anti Fracking listados juntamente com a Al-Qaeda

A Chesswood Junior School em Worthing, West Sussex, na sua publicação do Prevente:

Definiu radicalização “como o processo pelo qual uma pessoa vem a apoiar o terrorismo e ideologias extremistas associadas com qualquer grupo terrorista”. Depois, dá uma lista de exemplos: “Extrema Direita, Extrema Esquerda, ecologistas (Fracking), Libertação animal, IRA, Al Qaeda”.

O documento continua:

“ Este documento foi escrito para assegurar que todos os membros que trabalham na Chesswood Junior Scholl:

“reconheçam que a radicalização pode ter várias formas e em linha com grande variedade de causas, da qual, num final extremo, irá apresentar preocupações com a salva guarda da criança independentemente da causa”

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O Direito ao Fracking na Palestina!?

O Direito ao Fracking na Palestina!?

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Fracking? Nem para a minha família! Nem para nenhuma outra!

Toda a concessão para novas formas de exploração de petróleo e gás natural numa localidade são um reforço no investimento numa outra localidade em qualquer outro local do mundo. É tão importante parar os trabalhos das petrolíferas perto de nós, como aqueles que nos parecem distantes por quilômetros, cultura, raça, cor ou numero.

Os termos Globalização do Livre Mercado, TTIP e CETA tem raízes directas em ideias e acções de economistas e comerciantes nos anos 40. Estes planos só são possíveis com a rápida troca comercial internacional que as energias fósseis permitem…

A Palestina é um exemplo quando os tipos de interesse econômico dão a volta aos problemas que perturbem a sua paz em negociar.

Em janeiro de 2015; Harold Hunt, investigador economista da Texas A&M University viajou até à Palestina para falar de fracking num encontro do Palestine Rotary Club.

“Quando pela primeira vez dei uma olhada num assunto, o pensamento geral era que o Boom do Fracking iria durar pelo menos um ano ou dois. Eu estou à 3 anos e meio a estudar o assunto” Hunt (1)

Hunt quer mostrar que o fracking está só a começar, e que poderá durar várias décadas de perfurações no Texas. Falou dos preços actuais da energia, dos depósitos de minerais, custos de produção, e avanços tecnológicos.

Hunt avançou que: “Ninguém pode prever o preço do petróleo, acontece sempre algo que não se esperava. Isto são águas desconhecidas, quantos empregados, quantas licenças? Não sabemos.”

Rotary & ONU

“ O primeiro encontro da ONU teve lugar em Londres em Janeiro de 1946, num evento realizado pelo District 13, no Caxton Hall, presidida por Tom Warren presidente do Rotary Internacional que declarou que o encontro era “ uma pedra pilar num gesto de boa vontade internacional único na história dos Rotary” (…).

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Em 1942 os Rotary convocam uma conferência em Londres com o propósito de se considerar uma organização de troca cultural e educacional depois do fim da II Guerra Mundial entre nações de todo o mundo. No mesmo ano o grupo que se reuniu nesse encontro iniciou planos para a formação da UNESCO.

O Rotary Internacional lançou um documento intitulado “Essentials for na Enduring World Order”, para a interpretação da DumBart Oaks Proposal.

Na conferencia da ONU em S. Francisco no ano 1945, a delegação da ONU convidou a Rotary Internacional como consultante. Foram proeminentes no artigo 71 que declara: “O concelho social e econômico devem realizar planos sustentáveis para consulta a organizações não governamentais preocupadas com matérias da sua competência…”

Nesse mesmo ano T.A. Warren, presidente Rotary  proclamou a “United Nations Week”, que em 1953 passou a designar-se “ World Fellowship Week in Rotary Service” que hoje inclui o United Nations Day fixado pela ONU.

Vários elementos dos Rotary estiveram e estão na Assembleia Geral das nações Unidas…

Após a adoção de uma resolução pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 29 de novembro de 1947, recomendando a adesão e implementação do Plano de Partilha da Palestina para substituir o Mandato Britânico, em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion, o chefe-executivo da Organização Sionista Mundial e presidente da Agência Judaica para a Palestina, declarou o estabelecimento de um Estado Judeu em Eretz Israel, a ser conhecido como o Estado de Israel, uma entidade independente do controle britânico. As nações árabes vizinhas invadiram o recém-criado país no dia seguinte, em apoio aos árabes palestinos. Israel, desde então, travou várias guerras com os Estados árabes circundantes (…) Wikipédia

Este é só um exemplo, no Reino Unido o Rotary Shouthport, organizou o evento: Fracking Good Night With Quadrilha, em Outubro de 2013. O Orador foi Nick Mace, Geofisico da Quadrilla Resources.  De espantar que um Clube Rotary no Brasil em 2015, se tenha juntado á 350 org Brasil, COESUS e Não Fracking Brasil para falar dos perigos do Fracking?

O Fracking é mais um passo da indústria da energia não convencional na Palestina. As concessões offshore iniciaram-se em 2009 e 2010 e podem fazer de Israel independente e exportador de gás. Esse gás é não convencional, necessitando de técnicas como o fracking ou outro tipo de extração mais corrosiva para o meio ambiente. Mas Israel vê a sua dependência de energia vinda de outros como uma fraqueza. Estimativas em 2011 indicavam a existência de 250 milhões de barris na área.

Estes campos offshore são acrescentados ao recentemente anunciado em 2010, pela Noble Energy Inc (Texas, USA) Leviathan offshore gas no mar Mediterrâneo, com uma estimativa de 5 a 9 triliões de metros cúbicos de gás natural.  Complicações acrescidas são as reservas de gás que ficam em território marítimo palestino (reconhecido).

“Israel (Nunca) irá comprar gás à Palestina.” Ariel Sharon 2001. Israel em 2003 insurgiu-se no Tribunal Supremo quando a Autoridade da Palestina assinou contractos de 25 anos com empresas de energia Europeias, por se considerar dono do gás existente na Palestina.

Um grupo de empresas Britânicas esteve para fechar negócio com o depósito de Gaza, planeando enviar o gás por gasoduto pelo Egipto, mas em 2006 algo mudou e no ano seguinte Israel apresenta uma proposta de 4 biliões pelo gás encontrado, com 1 bilião dos lucros partilhado com a Autoridade da Palestina (PA). A proposta não foi em frente porque os militares e conselheiros de segurança avisaram que com o negócio com a PA seria um risco de segurança para o País. O grupo britânico abandonou os seus escritórios em Israel e anunciou no seu website: “… que estavam a avaliar opções para comercializar o gás”.

Em 2008 Israel voltou à carga e o Ministério das Finanças e o Ministério das Infraestruturas Internas instruíram a Israel Electric Corporation para entrar em negociações com a British Gas para a compra de gás natural da concessão britânica no offshore de Gaza, segundo informação do grupo Boycott Israel UK

“É possível que a possibilidade de uma grande transição de gás natural com os palestinos tenha sido um factor para Israel não ter lançado a operação Defensive Shield II em Gaza Moshe Yaalon Tenente General Israelita

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Juntamente com os depósitos Leviathan, os campos de gás natural representam reservas que facilmente vão preencher as necessidades elétricas internas de Israel. Dado o imput massivo de energia que requer a extração de petróleo das rochas, or ambos  serem parte integral do suplemento de energia para este massivo projecto de petróleo pesado (heavy oil), com a textura e aparência do petróleo Tar Sands (areias betuminosas) de Alberta, Canadá. Para isto o Israel Energy initiatives (IEI) anunciou em 2011 um projecto para transformar rochas em petróleo, utilizando tecnologias já utilizadas em Alberta e novas tecnologias desenvolvidas nos vastos campos petrolíferos do Colorado

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IEI é uma subsidiária da Israeli Data technologies (IDT), uma corporação que já controla a economia israelita, liderada por Howard Jonas. Neste investimento de alto risco estão também nomes como Rupert Murdoch  e o ex-vice- presidente dos EUA Dick Cheney, entre outros nomes.

Aproximadamente 15% da massa terrestre que as Nações Unidas definiram como estado de Israel está sob depósitos de gás e petróleo. Israel já exportou conhecimentos de extração de não convencionais para a Alberta, Canadá. Ormat uma firma israelita de energia renovavel, tem produtos patenteados sob o nome de Opti que fez equipa com a Nexen no Canadá para lançar uma técnica para queimar o lixo da extração para fornecimento de energia para as próprias operações de extração. Em 2011 os interesses da Opti foram vendidos á China National Offshore oil Corp.

A área proposta para a extração de oil shale dentro de território israelita fica a sudoeste de Jerusalém, numa área de pastorícia conhecida como Kibbutzes e de pequenas aldeias onde os historiadores acreditam ter existido o confronto entre David e Golias.

“ É a maior licença já algumas cedida a uma empresa privada em Israel” Chagit Tishler, residente local, membro do movimento popular Save Adullam, em oposição ao projecto piloto da IEI. A licença foi garantida através da Oil Law de 1952, que priorizava a exploração de gás e petróleo sobre as Quintas, Parques de Conservação e Locais Históricos.

O vale Elah Valley, que pode ser destruído completamente foi ocupado depois da Nakba pelos pelos judeus norte africanos Mizrahi. Hoje é local de produção de comida e vinho israelita. A IEI planeia escavar quilómetros de valas através de quintas para expor as rochas, que serão aquecidas por processos mecânicos até o querosene e outras matérias orgânicas se possam extrair. Depois será necessário tratar a matéria extraída antes de passar a refinação.  Serão utilizados 5 gigawatts de eletricidade para produzir um barril de petróleo, segundo registos da comunidade Save Adullam. Aquecer a rocha, um trabalho que leva meses, pode lançar na atmosfera 15 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera. O processo de extração mais sujo do planeta, mais que as tar Sands canadianas e da Venezuela.

Um dos argumentos da IEI para continuar com os trabalhos é que o petróleo encontrado é perfeito para produzir Jet-Fuel.

Grupos como Save Adullam querem a mudança da lei de 1952 Oil Law. Tem aliados no Knesset e outros na Jewish National Front (JNF)

Apesar da área do projecto piloto para o desenvolvimento de extração de shale oil estar em local bíblico e religioso, a grande parte dos locais a levar a cabo extrações são no território tradicional Bedouin Palestinians em vários locais do Negev Desert. Sendo a maioria da Oil Shale na parte norte do deserto, minerar para oil shale para a produção de energia já foi iniciada no sul do deserto perto de Eilat.

A Bacia Mishor Rotem Basin no Mar Morto, e depósitos de oil shale encontram-se sob a fronteira de Israel e do Hashemite Kingdom of Jordan (Jordania) . Em 2006 foi concluído que Israel utilizava 25% mais água que a sustentável (incluindo quase 90% da água desviada dos palestino de West Bank).

Nos colonatos sionistas e aldeias Bedouin reconhecidas no Negev, o nível de cancro já são consideravelmente altos em relação ao resto do Estado Judaico. A poluição da exploração contribuirá para o crescimento do número de casos de cancro.

Cidadãos não israelitas estão praticamente impossibilitados de exercer os mesmos direitos que o cidadão Israelita. Isto é um problema para os Bedouins primeiramente sendo mira das ordens da JNF executadas por esquadrões militarizados,  também vitimas dos projectos “The Desert Bloom”, que atacam as familias destruindo á bulldozer aldeias inteiras; e realojamento forçado em cidades planeadas pelo governo.

As comunidades Bedouin que vivem da terra que querem parar as petrolíferas e a suas tóxicas consequências irão precisar mais do que mudança de leis escritas por Israel, e muito dificilmente terão apoio da JNF ( Jewish Nacional Front).

A situação em Israel é semelhante á de Athabasca, Canadá, porque o offshore reclamado por Israel vai servir de energia para as operações Oil Shale para gás natural como nas tar sands de Athabasca. A água é um problema em Israel mas isso não o impede de planear operações que exigem quantidades gastronômicas de água, tudo em nome da independência energética. Nada que um jogo de Golf não resolva!

Pela Paz do Povo, contra Guerra de alguns!

Fracking & Não convencionais? Nem para a Minha Familia! Nem para Nenhuma Outra!!