Connie Hedegaard, Bancos, Diretiva de qualidade do combustivel, em Lisboa.

Connie Hedegaard

images  Nos próximos dois meses, a Comissária Europeia, Connie Hedegaard manterá uma série de diálogos com os cidadãos, as empresas e as autoridades em Portugal e outros quatro países da Europa Oriental e Meridional sobre o modo de acelerar a ação contra as alterações climáticas

 

Hedegaard, apontada para o novo cargo de comissária europeia para o Clima, tem sido criticada várias vezes pela forma como presidia os trabalhos, sendo as vozes mais críticas as dos países em desenvolvimento, que a acusam de favorecer os países ricos nas negociações. copenhagenwinner2014Estes denunciam, nomeadamente, uma “falta de transparência” por ter organizado, no fim-de-semana passado, reuniões ministeriais restritas numa altura em que a maioria dos ministros ainda não tinha chegado a Copenhaga.

Em 2009 disse: entendemos que mais tarde ou mais cedo temos de lidar com o desafio das alterações climáticas, menor o risco de caos e catástrofe; furações, doenças, subida do nível domar, e um enorme numero de refugiados climáticos. Como tal, política ambiental é também política de segurança. Quanto mais reduzirmos a utilização de carvão, petróleo e gás, mais independentes ficamos, menos riscos existem de confrontos sobre energia. Novamente, política de segurança. (…) Quanto mais rápido um país e o seu comercio encontrar novas e inovadoras tecnologias, mais fortes serão economicamente. (…) Lidar com as alterações climáticas não é agenda anti-crescimento, é a única agenda possível no século XXI. (…) Dependência de petróleo e gás estrangeiro simplesmente já não é boa solução. Precisamos de encontrar resposta para fazer implodir o desenvolvimento de energias verdes para livrar as economias da dependência de fontes de energia. Não existe melhor maneira para fazê-lo do que através de um acordo global sobre o clima, que irá estabelecer os passos e certezas que os investigadores requerem.”

Em 2013 disse:

No World Economic Forum em Davos, Cristine Lagarde do FMI e Jim Yong kim do Banco Mundial surpreenderam o mercado e os lideres governamentais com os seus avisos que a recuperação genuína da economia será impossível sem sérias acções ao nível das alterações climáticas. (…) Os competidores europeus mais competitivos começaram a reconhecer que seguir politicas de desenvolvimento de curto prazo, ignorando danos a longo prazo na economia global, é tanto irresponsável e uma estratégica errada para aqueles que aspiram a liderança mundial no sec XXI (…) Paul Polman CEO da Unilever disse que meteorologia extrema custou á sua corporação 250.000 a 300.000 mil dólares. Uma vez vista como uma preocupação para o futuro, acção sobre alterações climáticas  torna-se cada vez mais urgente (…) Mas a Europa não pode construir uma estratégia económica sem energias baratas.(…)

Como Comissária para as alterações climáticas, estou particularmente interessada em ver as 3 instituições financeiras- European Investement Bank, Rthe European Bank for Recosntruction and Development, e o Banco Mundial- juntarem-se com a UE e os parceiros da OECD para tomar um lugar dirigente em eliminar o apoio publico aos combustíveis fósseis. Juntas, estas 3 instituições emprestam mais de 130 biliões de euros anualmente para projetos na Europa e fora, e são uma forte fonte de aconselhamento no desenrolar nos países beneficiários.(…) A industria do futuro, que irá criar postos de trabalho que durarão, são aqueles que usarão fontes eficientes, e que possam pagar os verdadeiros riscos ambientais e de saúde publica das fontes que utilizam (…)

Como provam os discursos de Connie Hedegaard a preocupação das corporações e dos representantes democráticos do povo são em defender os seus investimentos e/ ou cargos na sociedade.

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As Sondagens Eurobarómetro revelaram que a Polónia, a Bulgária, a Lituânia e a Itália têm grande potencial de aumento do nível de ação individual no combate às alterações climáticas.

Os países mencionados na sondagem estão todos relacionados com a exploração de gás natural pela técnica chamada de fracking. Coincidência? Não, o lobbing e o apoio político à industria petrolífera é forte. A lavagem verde que se tenta passar da industria ajuda a que elas explorem, contaminem e violem direitos humanos e dos animais pelo mundo.

Esta técnica vai multiplicar várias vezes os problemas da industria petrolífera e extensões dela mesma. Portugal também é um país onde o fraking se infiltra e quando se der por ele já esta tudo implementado.

Será coincidência que os países mencionados acima estão todos a abrir as portas ao fraking?

Bulgária

(Reuters) – “O Parlamento da Bulgária aliviou a proibição de fratura hidráulica, ou fracking, na quinta-feira para tornar mais fácil a exploração de gás natural não convencional.”

Polónia e fracking

Os resultados das limitadas explorações de gás de xisto na Europa até agora têm sido mistos. No início deste ano, por exemplo, a Exxon Mobil retirou-se da Polónia, uma vez considerada um dos pontos mais promissores de gás de xisto, após a perfuração de apenas dois poços. A empresa disse que os dados recolhidos sugerem que os depósitos não eram comercialmente viáveis.

Lituania

A Lituânia segue a Ucrânia ao dar apoio á exploração de shale gas, num sinal politico que pode libertar a Europa Oeste da energia Russa.

Connie Hedegaard:

Estes diálogos fazem parte da campanha de sensibilização do público lançada a nível paneuropeu pela Comissão Europeia, intitulada «Um mundo que me agrada, com um clima de que gosto». O pano de fundo da campanha é o enorme potencial inexplorado para reduzir as emissões de CO2 através de mudanças de comportamentos. Segundo a investigação realizada pela Comissão, a UE poderia reduzir as emissões de 8-9 % até 2020 — tanto como metade das emissões anuais da Polónia em 2010 — se todos os europeus adoptassem um regime alimentar saudável e adaptassem os seus hábitos em domínios como o transporte e o aquecimento.”

Mais uma vez se culpa o cidadão pelos problemas ambientais do mundo. As corporações investem biliões em equipamento, estudos , lobbing e corrupção para reduzir os estragos quando forçadas, mas o dedo é apontado ao individuo. Apresenta-se a poluição como um problema causado pelo consumidor e não dos produtores, vendedores e defensores. Falam que os europeus tem de aprender a comer para combater as emissões de CO2. O regime alimentar mundial está assente na ciência, e é ela que juntamente com a industria  tem decidido o que se planta, como se planta, o que se come e como. Biólogos, nutricionistas, investidores, criadores e pessoas educadas aprendem que é necessário carne, que a monocultura intensiva é necessária, ora estas são as duas principais causas das emissões de gases efeito de estufa, mas a UE europeia prefere continuar a enganar as pessoas, dizendo que os suas escolhas de vida são responsáveis pela destruição ambiental mundial, e que as corporações fazem o seu melhor para minorar esses maus
comportamentos.

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As campanhas e limites da UE são sempre violados e abandonados e renovados, mas insiste-se na mesma tática: deixar nas mãos das corporações os estudos e controle de informação juntamente com a limpeza lucrativa dos “males da civilização”.

Como pode a UE falar de sustentabilidade ambiental se tudo o que está a obrigar é a destruir para manter a paz social e económica. Com Portugal vendido para petróleo e gás natural se for para a frente a exploração os níveis de poluição aumentarão varias vezes. Iludem-nos com energias verdes e espalham preto, azul e vermelho.

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