Fracking: O novo problema das águas globais

FRACKING:

A NOVA CRISE GLOBAL DE ÁGUA

 Na última década, avanços tecnológicos em perfuração horizontal e fracking tem permitido á industria do petróleo e gás extrair grandes quantidades de petróleo e gás natural de formações rochosas nos EUA. No entanto, a prática provou-se ser controversa. A poluição da perfuração e fracking causa grandes problemas ambientais e problemas públicos de saúde e criar sérios, riscos de longa duração para os lençóis de água.

Neste relatório, Food and Water Europe olha sobre os riscos e custos do desenvolvimento de operações Shale que se tem demonstrado nos EUA, incluindo custos económicos que vão de encontro ás ofertas de benefícios económicos desta prática.

Aqui vai um sumário sobre desenvolvimento de Shale em 6 países: França, Bulgária, Africa do Sul, China e Argentina.

  • Forte oposição pública ao fracking na França e Bulgária levou á proibição nacional da prática
  • O governo da Polónia deu a boa vinda ao desenvolvimento de Shale no país, mas problemas durante o processo de autorizar prospeções levou o plano por água abaixo.
  • À espera de uma revisão ambiental pelo governo da África do Sul, a Royal Dutch pode ser autorizada a perfurar na Bacia de Karoo
  • O governo Chinês está a pressionar a sua expansão de Shale, e inúmeras corporações de petróleo estão em parceria com corporações chinesas, tanto nos EUA como na China
  •  Na Argentina, as corporações de gás e petróleo iniciaram o desenvolvimento de Oil Shale e Shale gas na bacia de Neuquén, com o apoio do governo argentino

Introdução:

Avanços na tecnologia e no fracking tornou agora economicamente possível extrair petróleo e gás natural das rochas e outras formações rochosas impermeáveis. No entanto, enquanto a perfuração e o fracking tem sido o Boom da indústria nos EUA, tem sido um pesadelo para os americanos expostos à poluição que acompanha estas operações.

A indústria do petróleo e gás querem agora levar este pesadelo a todo mundo. Empresas estatais e privadas de petróleo e gás estão a fazer parcerias com companhias americanas, dando capital para o desenvolvimento das explorações, em troca do conhecimento técnico para as perfuraçõe no Mundo. Muitas destas companhias também trabalham para assegurar direitos à extração de gás e Oil Shale e Shale Gas pelo mundo.

Devido ao gás natural ser relativamente livre de queimas de combustível fóssil, comparado com o petróleo e carvão, foi carimbado como uma fonte de energia que podia potencialmente servir como ponte para um futuro baixo de carbono alimentado por fontes de energia renovável e limpa. No entanto olhando não só para a combustão, o impacto ambiental total do desenvolvimento de Shale Gas não é nada amigável, nem para uma ponte. Mete em perigo os lençóis de água, estudos científicos sobre gases efeito de estufa libertados nas operações revelam que utilizar gás natural em vez de cravão pode na realidade acelerar as alterações climáticas nas próximas décadas. Claro, em contraste com o Shale gas, não existe a pretensão de levar o Oil Shale aos mesmos patamares de benefícios ambientais.

Este relatório revê os riscos e custos da exploração de gás de xisto, como demonstrado nos EUA, e pede aos países para banir esta perigosa prática. Para ilustrar o alcance da ameaça do fracking á saúde pública e ao meio ambiente, o estatuto dos empreendimentos de Shale em 6 Países, vai ser sumarizado.

História e a próxima onda de fracking

 Fracking é o processo de injectar líquidos – tipicamente uma mistura de água, areia e químicos—em poços em altas pressões para quebrar as rochas, permitindo ao gás/ou petróleo contidos nessa formação rochosa viajarem para o poço.

Não é uma nova técnica. As corporações de petróleo e gás utilizam o fracking desde 1860 para estimular a produção dos poços de petróleo. A Halliburton é apontada como a responsável pela primeira aplicação comercial de fracking para produzir gás natural,  em 2000, 0 fracking era utilizado em 90/95% dos poços de petróleo e gás nos EUA. No entanto, a escala do fracking moderno é uma mudança radical da utilizada no petróleo e gás convencional.

Alvos de Gás natural convencionalde rocha e outras formações pela qual o gás realmente flui. Quando uma reserva de gás é confirmada dentro destas rochas impermeáveis, um poço vertical é perfurado até ao reservatório e faz fluir o gás.

Em, contraste, gás natural não convencional existente nas rochas fica lá, em areias ou camas de cravão, é restrito se não for “fracked” (Fracturado). Igualmente, o fracking é essencial para libertar “Tigth Oil”.

A combinação de fracking avançado e técnicas de fracking horizontal tornou economicamente viável extrair grandes quantidades de Shale Oil e Shale gas. Enquanto o fracking permite que o gás passar para um poço, para começar, perfuração horizontal através de uma camada fina de rocha, por exemplo, dá a cada poço mais exposição ao petróleo e gás nas rochas

Depois das perfurações horizontais ou verticais estarem acabadas, e as saídas dos poços cimentadas, as corporações injetam milhões de litros de fluidos do fracking para partir a rocha e abri-la para o gás poder ser retirado. Dependendo da geologia, entre 25 a 75 % dos milhões de fluidos do fracking utilizado para cada poço volta á superfície como lixo toxico. Um grande volume de água salgada contendo naturalmente contaminantes também é produzida como desperdício. Combinados estes dois fluidos tóxicos, devido ao fracking, como material radioactivo e outros poluentes, fogem para o solo e águas subterrâneas. Não contentes com esta tecnologia avançada, a indústria do petróleo e gás esta a desenvolver a capacidade de aumentar a quantidade de fluidos do fracking e a pressão para gerar mais fracturas para extrair mais petróleo.

A experiencia americana: riscos e custos

 O aumento das perfurações e operações de fracking necessárias para extrair o gás e petróleo das rochas aumentou os riscos e custos da prática. O Fracking moderno requer milhões de litros de água para cada poço, e a desenvolvimento de Shale pode competir com necessidades essenciais de água em regiões de falta de água. Fontes de água publica podem também ser poluídas em diferentes etapas do processo e mesmo muito tempo depois, resultando em custos significativos na saúde publica. Custos adicionais devem-se a doenças devido á poluição do ar, e a economia rural sofre com o impacto negativo das perfurações de fracking na agricultura e turismo.

Impacto do fracking nas águas públicas (exemplo dos EUA)

 O fracking está implicado na contaminação de lençóis de água pelos EUA. ProPublica identificou mais de 1.000 casos de contaminação de águas perto dos locais de extracção, documentados por tribunais, estados e governos locais pelo país desde 2009. A Pensilvânia multou a Marcellus Shale por 1,544 violações só em 2010.

Pavillion, Wyoming:

Em 2010, a U.S. Environmental protection Agency fez um estudo preliminar onde encontrou possíveis contaminações de água perto de poços de fracking e recomendou aos residentes evitar beber água da torneira. Foram investigados 39 poços em zonas rurais e encontrou benzene e metano nas águas. Os poços também estavam contaminados com os aditivos do fracking: 2-butoexythanol phosphate. Em Dezembro de 2011, foi lançado um relatório concluindo que o fracking possivelmente contamina com metano os lençóis de água perto de Pavillion, e que a contaminação foi possivelmente devido às fugas de superfície e água tóxica.

Dimock, Pennsylvania:

Em 2009, os legisladores da Pennylvania ordenaram à Cabot Oil and Gas Corporation para parar com todo o fracking em Susquehanna County depois de 3 derrames num poço numa semana que poluiu terras húmidas e causou a morte da fauna marítima local. Estes derrames verteram 8,420 gallons (31.873167356 litros) de fluidos tóxicos contendo lubrificantes fabricado pela Halliburton que são potenciais cancerígenos.  O fracking também poluiu poços familiares, e as pessoas já não a podem utilizar. A Pennylvania multou a Cabot em mais de $240,000, mas custou mais de $10 Milhões para transportar a água potável às famílias afectadas. Em Dezembro, a Calbot pagou $4.1 milhões a 19 famílias que tiveram as suas águas contaminadas por metano devido ao fracking. Em 2012,a U.S. EPA começou a prover água limpa a estas famílias depois da Calbot ter sido libertada das suas obrigações pelo estado do Pennylvania.

Garfield County, Colorado:

Os 8,000 poços em Garfield County começam a estar perto de zonas residenciais. Um estudo revelou que com o aumento dos poços, aumenta também a concentração de metano nas águas. Os legisladores multaram a EnCana Oil and Gas por migração de metano para os lençóis de água através de falhas naturais. Em 2008. Um lago de água tóxica verteu 1,6 milhões de fluidos, que migraram para o Colorado River.

Parker County, Texas:

Em 2010, a U.S. EPA determinou que poços de fracking contaminaram um aquífero de água potável com metano, benzene e outros químicos que forma adicionados quimicamente.

Como é que o fracking polui os lençóis de água potável

São muitas as maneiras pela qual o fracking polui as águas. Primeiro, mesmo depois dos fluidos químicos serem injectados no chão, eles podem ser vertidos no local dos poços, ou no transporte, causando contaminação.

Os químicos utilizados são tudo menos seguros. Cientistas descobriram que 25% dos químicos podem causar cancro; 37% distúrbios no sistema endocrine; 40 a 50% pode afetar o sistema nervoso, cardiovascular e o sistema imunitário; e mais de 75% podem resultar em perda do sistema respiratório e sensorial. Estas águas tóxicas contem não só potenciais químicos tóxicos, mas também contaminantes naturais, incluindo, Sal, Barium, Strontium; poluentes orgânicos —Benzene, Toluene e normalmente material radioactivo (Radium 226). Uma investigação do New York Times descobriu que ¾ dos poços de fracking na Pennsylvania e West Virginia estudados produziam água contaminada com altos níveis de radiação, incluindo poços que continham valores centenas de vezes mais altos do que permitido, e pelo menos 15 poços com níveis milhares de vezes acima dos valores.

Em 2010, um poço rebentou e libertou um geyser de gás e de fluidos de fracking com 75 pés de altura que entornou 35,000 gallons ( 132.4894123 litros ) de agua tóxica, quando uma válvula, libertou Choride, sodium, barium e strontium, também continha hydrochloric acid.. Dois meses depois um fogo nos tanques de armazenamento de águas tóxicas feriu 3 trabalhadores. A Pennsylvania multou a Chesapeake Energy 284 vezes por violações desde 2008.

Também, a água de superfície pode ser poluída por descargas das instalações de tratamento que recebam as águas do fracking mas que não estão equipadas para tratar tantos contaminantes na água. Por exemplo, entre 2008 e 2009 na Pennsylvania, pelo menos metade dos desperdícios do fracking foi para estações de tratamento públicas que não estavam preparadas para tal. Os rios também mostram subidas de Bromides, uma preocupação particular porque as bromides podem reagir com desinfectantes durante o tratamento da água, formando Brominated trihalomethanes (THM). Quando formado, o THM é difícil e caro remover da água, e a exposição ao THM implica cancro e defeitos de nascença.

Um estudo da Nacional Academy of Ciences descobriu que as concentrações médias de metano nos poços de água potável em áreas ativas de exploração de gás eram 17 vezes mais latas do que áreas não ativas, possivelmente devido a derrames. Em 2008, uma casa em Ohio explodiu devido á infiltração de metano na água canalizada, devido ao fracking. Em 2010, depois da U.S. EPA dizer aos residentes de Wyoming para não beber da sua água devido a contaminação, a U.S. EPA determinou que 2 casas no Texas estavam em risco de explosão devido a altos níveis de gás natural na água devido ao fracking.

A U.S. EPA relatou que fluidos tóxicos de fracking contaminou pelo menos um poço de água em West Virginia e possivelmente outros. Em 2004, no Colorado, uma má selagem de um poço de fracking levou a contaminação de água a 4.000 pés de distância. Em Novembro de 2011, foi dado a conhecer um relatório de lençóis de água contaminados perto de operações de perfuração e fracking em Pavillion, Wyoming, concluindo que “ os dados indicam que o impacto da contaminação dos lençóis de água pode ser explicado pelas operações de Hidraulic fracturing.

Muitos dos casos de contaminação direta, seja de metano ou aguas tóxicas, são devidos á má selagem dos poços, quando passam por um aquífero.

O facto é que, dependendo da geologia, 25 a 75% dos fluidos do fracking que voltam à superfície, milhões de gallons (biliões de litros de água tóxica) ficam debaixo de terra depois de ser injectado. Uma vez debaixo de chão, os fluidos misturam-se com ocorrências naturais e é submetido a forças geológicas e processos químicos durante longo período de tempo, de anos a décadas. Até onde e quanto depressa pode viajar, e como mudar quimicamente, é impossível saber e controlar.

Poluição do ar devido ao fracking

  A exploração de Shale resulta em mais emissões de gases efeito de estufa que explorações convencionais de petróleo e gás. Esta poluição vem dos geradores e compressores nos locais de perfuração, tráfico de veículos pesados e da ventilação das águas residuais nos tanques, que podem provocar grande degradação do ar. Isto significa que existem impactos significantes no ambiente e na saúde quando examinamos o ciclo-de-vida do shale gás, e estes impactos são mais negativos que os benefícios, que torna falso que as shale sejam benéficas para o aquecimento global.

Shale gas é primariamente composto por metano, que é um potente gás efeito de estufa, estudos científicos recentes demonstram que, devido á quantidade de metano libertado durante a exploração moderna de Shale Gas em vez do carvão pode acelerar o efeito de estufa, não reduzi-lo. Isto deve-se ao fato que o shale gas emite significativamente menos poluição de carbono quando queimado. Assume-se que a procura por gás natural irá desviar a procura por carvão, não substitui-lo, se tal acontecer o impacto será muito mais devastador.

Poluentes encontrados perto de áreas de fracking são; metanol, formaldehyde e carbon disulfide. Compostos orgânicos voláteis, que incluem; nitrogen oxides, benzene e toluene, são também libertados durante o fracking. Estes compostos misturados com as emissões do tráfico de veículos pesados, grandes geradores e compressores formam o Gruond-level ozone que pode, combinado com matéria de partículas formar nevoeiro. Exposição prolongada a esse nevoeiro está ligada a vários cancros, doenças cardíacas, diabetes e morte prematura em adultos, e asmas, nascimento prematuro e défices cognitivos em crianças.

È extremamente difícil ligar directamente saúde individual com níveis de poluentes no ar. No entanto, existem inúmeros relatórios de saúde pública que coincidem com o aparecimento do shale que estão ligados à poluição. Por exemplo, residentes de Dish, Texas, que viveram 11 anos perto de estações de compressão de gás natural ficaram preocupados com o odor, barulho e problemas de saúde, como enxaquecas e apagões. Também sentiam problemas neurológicos e cegueira nos seus cavalos.

Em Wyoming, perfuração e fracking causaram poluição ground-level ozone que excedia a quantidades registadas em Los Angeles. No Texas, um hospital que serve 6 “conselho” com extracção de shale gas assinalou níveis de asma 3 vezes mais elevado que a média usual. Isto ilustra o sério impato na saúde publica devido ao fracking, e realça o pensamento que assume que a transição para shale gas irá reduzir a poluição do ar só porque o shale gas queima mais limpo que outro combustível fóssil.

Licitações exageradas sobre os benefícios económicos

 A exploração de shale não só acelera como aumenta os perigos para a saúde pública nos EUA através da poluição do ar e da água; Também afetou as economias locais. Enquanto a indústria promove criação de trabalho e investimento local, normalmente não contam com os resultados a longo prazo na economia e significante erosão na qualidade de vida das comunidades locais. Muitas das proponentes economias benéficas são só uma miragem, as companhias de energia baseadas em algures não compram matérias para o fracking, e os trabalhos habitualmente vão para trabalhadores que viajam de shale para shale.

Os poços trazem trabalho para camiões que danificam as zonas rurais e transportam materiais altamente tóxicos e águas residuais. Foi estimado que o trabalho nos EUA nas Shale, cada poço requer entre 890 a 1,350 grandes camiões. O barulho da perfuração a operar dura por 24 horas por dia, 7 dias por semana. As vistas são substituídas por poços de gás, que desce o valor dos terrenos e afeta o turismo e indústrias de “recriação” como, passeios, piqueniques, observação de pássaros, etc…

Os poços de gás não só desvalorizam a propriedade onde estão, mas também o valor das propriedades vizinhas.

Durante a construção e perfuração, os poços de gás aumentam significativamente o tráfico de veículos pesados e os custos da reparação dos estragos nas estradas locais são suportadas pela população. O fraking também requer gasodutos para transportar o gás, que põem em perigo os locais, devido a explosão. Em 2011, uma explosão, em Allentown, Pennsylvania, matou 5 trabalhadores, outras explosões aconteceram em Ohio, Califórnia, Michigan e Texas, alguns fatais.

Agricultores, que dependem da saúde da terra, têm de tomar decisões difíceis. Já morreram animais depois de beberem de água contaminada com fluidos dos fracking. Em 2009, 48 vacas foram postas em quarentena, devido a um derrame, que podia contamina-las. Os agricultores orgânicos podem perder a sua avaliação se os seus terrenos e águas forem contaminados.

Em contraste com o legado de poluição ambiental a exploração de shale deixa para trás, qualquer economia positiva vinda do fracking é de pouca duração: emprego, construção, procura de habitação e bons ordenados são significativos no inicio, mas diminui quando as operações diminuem e mudam para outro lado. Quase todos os trabalhos associados com Shale são durante a altura da perfuração e fracturação (fracking). Isto significa que os empregados da corporação, muitos dos quais de passagem, viajam de poço em poço, enquanto as perfurações e poços aumentam.

FRAKING NO MUNDO

 Direitos de propriedade dos minerais

 Nos EUA, os donos de terras tipicamente têm o direito às reservas de petróleo e gás nos seus terrenos privados. Como consequência, a indústria criou uma aliança natural com os donos das terras que procuram ganhos económicos pessoais. De acordo com Ben van Beurden, chefe da Shell Chemical, “os trabalhos são mais fáceis se os donos dos terrenos sejam os donos do petróleo ou gás”. Continuou “Em locais como o Norte da Europa, os direitos aos minerais são do estado.”

Conclusão:

A rápida expansão de operações shale e fracking nos EUA resultou em impatos ambientais e problemas de saúde pública. Juntos, derrames de produtos tóxicos e águas tóxicas estão inerentes á indústria e não podem ser impedidos por legislação.

Acrescentando poluição do ar torna os perigos bem claros.

Os países ainda não expostos aos riscos do fracking têm a oportunidade de escolher um caminho diferente, um que encontre “ as necessidades do presente sem comprometer a fiabilidade do futuro. .

 

 Retirado do trabalho de: http://www.foodandwatereurope.org

 

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