Eco-lógica(mente) falando do Natal!

Eco– A Ecologia é a ciência que estuda o meio ambiente e os seres vivos que vivem nele, ou seja, é o estudo científico da distribuição e abundância dos seres vivos e das interações que determinam a sua distribuição.

Lógica– um estudo de ideias pelo qual se atinge a verdade, um estudo científico das leis do pensamento com raízes em Aristóteles onde raciocinar o Conceito, o Juízo, o Raciocínio e a Demonstração não era avaliado materialmente, conhecida como Logica Formal. Depois existe a Lógica Material onde é levado em conta os conteúdos materiais.

Mente (mentir) é o acto de enganar, cometer fraude, manter o hábito de mentir. Uma ilusão errada que engana os sentidos assente numa doutrina que parece um filme de ficção ou uma terrível fábula para crianças.

No meio de ambientalistas o Natal é Tabu ( menos que a produção de carne)… Bill McKibben (350 org) não é de confiar, mas como todos também pensa nas coisas (como exemplo)

“O Natal deixou de ser uma festa com e pela natureza para passar a ser uma data de consumo desenfreado de produtos desnecessários, gastos de energias imensos, e devastação dos meios naturais para matérias-primas. Deixou de ser uma partilha com a natureza para passar a uma exploração dos meios naturais e do homem pelo homem para ajudar a economia, mantendo a harmonia e paz na Terra.”

“Os ricos farão de tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.” – Liev Tolstoi

Uma breve história de natal:

O Pai Natal como o conhecemos foi criado em 1931, até lá o pai natal era desenhado de várias formas, de homem alto e magro a um helfo, vestido muitas vezes com peles de animal. Em 1862 durante a guerra civil americana Thomas Nast desenhou o Pai natal para a Harpers Weekly, como um pequeno Elf que apoiava a Union. Nast desenhou o pai natal por 30 anos e o casaco teve várias cores até ao vermelho. O primeiro pai Natal da Coca-Cola foi desenhado nos anos 20 para publicar em jornais como o The Saturday Evening Post, o primeiro pai natal foi desenhado seguindo a ideia de Nast. Em 1931 a Coca-Cola tinha publicidade em todas as grandes revistas e jornais, decidiu que queria um pai natal que fosse uma só figura tanto realista como simbólica. A corporação contractou Haddon Sundblom para desenhar o próprio pai natal e não um homem ou Helfo vestido com roupas de pai natal. Para se inspirar Sundblom virou-se para o poema de Clement Clark Moore, “A Visit From St. Nicholas”. Seguindo a descrição de Moore de St. Nick ( Pai natal), Sundbloum desenhou um homem calmo e roliço. A versão final do Pai natal só foi criada em 1964.

O Natal é uma usurpação de um ritual pagão para comemorar a Brumália (25 de Dezembro) depois da comemoração do Saturnália (17 a 24 Dezembro) representação do Deus Sol e comemorar o dia mais curto do ano de 21 a 22 de Dezembro (Solstício de Inverno). Estas festas estavam demasiado enraizadas nos costumes populares pagãos para comemorar a natureza (Brumália) até à era cristã no Império romano iniciada por Constantino para serem simplesmente abandonadas e foram assimiladas pelo cristianismo  para comemorar o nascimento do Deus Sol (Jesus Cristo) com o nome se Saturnália. Em Roma o significado natural e ecológico dos festejos ( viver no meio e com a natureza) foi substituído pela comemoração agrária e religiosa dos romanos ( viver á parte da natureza e explora-la). Além disso recordavam também a “Idade de Ouro” em que havia Igualdade, mesmo sendo a agricultura o pilar do poder das elites romanas. Eram realizados sacrifícios a Saturno (filho do Céu e da Terra). Foi na Saturnalia que se iniciou a visita e troca de presentes. As barreiras jurídicas eram ficticiamente abolidas, os escravos não precisavam de trabalhar, podiam-se vestir como os senhores e participar nas refeições. Após o festival o Rei ( vestidos com roupas vistosas, normalmente vermelho, cor dos deuses ) escolhido pelos escravos “era morto e voltava tudo á ordem”.

O Natal teve inico na Babilônia (sistema organizado de impérios e governos humanos de exploração económica), por um bisneto de Noé, chamado Nimrode criador das cidades. Mentor da Torre de Babel, Nimrode também organizou o primeiro Reino deste Mundo. Nimrode tomou de mulher sua mãe, sua mãe depois deste morrer, disse que o próprio tinha reencarnado no filho de ambos Tamuz, que queria que em cada aniversário de seu nascimento (25 de dezembro) se deixassem prendas debaixo de uma árvore. Assim criaram um sistema em que a mãe e o filho reencarnados no seu filho Tamuz se convertessem em objectos de adoração. Assim se iniciou o culto da “Madonna e seu Filho” (Mãe influente e filho poderoso e obediente). Esta ideia espalhou-se pelo mundo. Com a conversão em massa da população ao cristianismo estas crenças foram convertidas e dissimuladas sob nomes cristãos, e assim nasce o presépio, as decorações e os cartões de natal. No Egipto, Ísis (rainha do céu) nasceu a 25 de Dezembro. Todos os pagãos celebravam o 25 de Dezembro antes do nascimento de Cristo.

É o Natal Ecológico? 

Aqui se inicia o problema ecológico do Natal: as ofertas, a árvore de natal, os enfeites, o consumo.

As festas e ofertas quando do tempo pagão eram ecológicas, as ferramentas, as roupas, os brinquedos, eram criados por artesões. As casas, os transportes, e a mentalidade do 25 de Dezembro Romano era ditado pela elite. Podemos discutir sobre muita coisa, menos que há 3000/2000 anos havia comportamentos que prejudicassem seriamente a sobrevivência do ecossistema nacional e principalmente global (se não inserires os animais (incluindo o homem) no termo Eco). De quando do império romano não haveriam rios contaminados, oceanos com plástico e mercúrio, ar tóxico, mas já existiam “pequenos” focos de exploração do meio natural que contaminavam e destruíam habitats inteiros. A Prata, o Cobre, o Ouro, o Ferro, e outros minérios já causavam impactos nos ecossistemas locais e nas sociedades humanas que os circundavam. As pedreiras para construção das estradas, dos templos, das cidades, das prisões, destruíam serras. As matas e pinhais para construir armas, barcos, casas senhoriais, etc… iniciaram a exploração em massa da natureza verde. As constantes festas e guerras obrigavam a uma agricultura intensiva que com o passar do tempo destruiu as terras, desviou rios, provocando desequilíbrios no ecossistema que inevitavelmente causaram as pragas (incluindo os ratos) que devastaram colheitas, como no Egipto, berço da civilização e da monocultura intensiva com um sistema de regadio que veio a influenciar a sociedade moderna.

No Séc. XXI, o Natal é um dos principais contribuintes para a alienação cultural e social de massas sobre o mundo que nos rodeia. Ao nível ecológico converte pessoas que tentam ajudar na preservação do ambiente, que durante o ano tentaram diminuir a sua pegada ecológica em repulsivos consumidores de matéria-prima em apenas uns dias, culminando com a comemoração  perto de uma árvore morta ou de plástico, sobre uma quantidade desnecessária de produtos produzidos com vários materiais embrolhados em folhas de papel bonitas, sendo 98% dos presentes prejudiciais para o ambiente.  Compra-se mais comida do que se come e bebe-se mais do que devia beber.

Uma das soluções encontradas na COP21 para arrefecer o planeta foi plantar árvores. Pois para o natal também se plantam milhões de árvores, vamos respirar melhor e o planeta agradece… Viva o Natal… espera. Donde vem as árvores de Natal…?

Um dos responsáveis pelas árvores de natal nos EUA é Gregory, The Cristmas Tree Man,  que há 45 anos vende as melhores árvores a retalho, exporta para a China, Taiwan, México, Índias Ocidentais, Japão, Havai, EUA, etc… Em 2015 venderam-se cerca de 39 milhões de árvores de natal pelos estados Unidos.

Lema da Loja: “ A sua satisfação é o nosso objectivo nr 1. Queremos que volte ano após ano para levar a sua árvore de Natal”.

Gregory é orgulhosamente membro da Nacional Christmas Tree Association. Em 2012 a NCTA registou uma área de cultivo de 309,365 acres (1.254.525km²)  nos EUA.  . Portugal continental tem 88 705 Km2. No Reino Unido são vendidas cerca de 8.25 milhões de árvores de natal.

Lema da empresa: “ O que todos os nossos representantes tem em comum é de que partilham o nosso entusiasmo em fornecer ao cliente belas árvores de natal”

Agora também existem as árvores de Natal de Plástico (petróleo).

Nos EUA a Tree Classics foi fundada em 1976, e tem uma longa história de desenho de árvores de natais artificiais. Entre os principais clientes da empresa estão: Elementos da Casa Branca; Boy Scouts of America, Salvation Army; U.S. Army, entre outros.

Podemos encontrar árvores de natal “alternativas” em todo o lado, no Walmart, nas lojas dos Chineses, nas ruas das Cidades, nas portas das lojas, nos Bancos, no café, na sala de casa. As árvores de natais artificiais normalmente contêm chumbo. Até recentemente todas árvores de natal eram feitas através de cortes de PVC (polyvinyl Chloride), mas agora a tecnologia permite faze-las através da Injection-molded Polyethylene (PE) utilizano cópias das verdadeiras agulhas (caruma) dos pinheiros, ficando mais realistas, algumas vezes só parte da árvore é em PE sendo o resto em PVC. O chumbo é utilizado regularmente como estabilizador do plástico de PVC. A intoxicação por chumbo é conhecida como: Saturnismo.

As prendas (oferendas) são sem dúvida o pior do Natal no que diz respeito a ecologia e direitos humanos. A quantidade e qualidade de matéria-prima para criar os milhentos novos brinquedos que respeitam todas as “regras de segurança e de saúde” é desastrosa. Abrem fábricas e lojas exclusivamente para a época. Brinquedos de plásticos, baterias, objetos cada vez mais mecanizados a necessitar de energia ou combustível… Mais a quantidade de papel de embrulho, as caixas para embalar e transportar, a publicidade (flyers, cartazes) tudo para vender objetos que no ano que vem serão substituídos, se lá chegarem, etc. A nível ecológico, como os brinquedos já não são artesanais e criados localmente a importação/exportação é um dos principais pilares do Natal, talvez por isso na COP21 para o cálculo do valor 1,5º C de subida de temperatura da Terra, não incluiu o sector dos transportes em Navios e Aviões, que representam 5% das emissões de gases efeito de estufa, que para o Natal aumenta drasticamente.

A alimentação, como em todos os grandes eventos é nociva para a saúde devido ao excesso, mistura de dezenas de produtos, e prejudicial para um futuro equilibrado e de organização horizontal devido ao desperdício. Mas vai mais longe, ecologicamente a quantidade de animais criados e o impacto que causam deveria ser suficiente para acabar com este modo de comemorar o 25 de Dezembro. Existe mais, devido aos doces, muitos dos quais alterados para retirar a quantidade de ovos ou para não se utilizar leite de vaca ou de Soja, por motivos ecológicos e/ou de saúde, utiliza-se  o Óleo de Palma (utilizado também em cosméticos tão oferecidos no Natal e nos Bio Combustíveis), responsável pela devastação de floresta na Indonésia, Brasil, Malásia, etc. Estudos indicam que daqui a 10 anos a Indonésia e a Malásia (metade da produção do óleo de Palma do Mundo) não terão terras cultiváveis, ficando dependentes de transgénicos para manter a sua economia “agrária”.

A movimentação de pessoas, carros, aviões e barcos a nível mundial, nacional, regional e local se fosse contabilizado para a emissão de gases efeito de estufa, o Natal era Legislado e proibido. Se queremos atingir a meta dos 1,5ºC sob a era pré industrial (1850-1900) onde a temperatura da terra era de 14ºc e que até ao final de 2015 subirá 1,02ºC, vamos ter de mudar muita coisa no nosso comportamento. Em 2014 a temperatura da terra atingiu os valores mais altos dos últimos 135 anos com uma subida de 0,69 ºC; durante o séc. XX a temperatura média da terra era de 13,9 graus, estando agora a rondar os 15 graus… Com as árvores de natal e seu impacto, com a lenha para lareiras, com os brinquedos a duplicar e a necessidade cada vez maior de mostrar afecto através de métodos materiais, Temos de pensar: Precisamos do Natal?

De que vale seguir as 10 ou 30 dicas de ONG’s ambientalistas (que em 99% deixam de fora o consumo de carne), se em pouco mais de 24 horas tudo deixa de fazer sentido?

Bom ano! A Seguir é Carnaval! (A passagem de Ano é o duplicar ou triplicar do consumo normal nas festas durante o resto do ano, sem grandes alterações).

Estado Laico?

( Utilizamos informação vária, de vários locais, de vários grupos de várias ideias. Nem Sempre defendemos as ideias, grupos ou pessoas expostas nos textos. O que divulgam é de sua responsabilidade)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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