Arquivo da categoria: Bacia de Peniche

Em maio de 2007 a Galp Energia assinou com a Petrobras e a Partex um acordo para a exploração e produção de petróleo na bacia de Peniche, na costa portuguesa.
Eventuais descobertas comerciais serão exploradas pelo consórcio num prazo de 30 anos.
Em 2014, destaca-se o farm-in da Kosmos Energy nos quatro blocos da bacia de Peniche, que adquiriu uma participação de 31%. A Repsol mantém-se como operador dos blocos com uma participação de 34%, após a saída da Petrobras em 2013.
Em 2016 as Áreas “Camarão”, “Amêijoa”, “Mexilhão” e “Ostra” estão activas com o consórcio Galp/Repsol/Partex.

Em 2017 a Galp anuncia em Julho o cancelamento de 3 concessões Ameixoa; Ostra e Camarão, em Novembro cancela o contracto de concessão Mexilhão.

Concessões Petrolíferas! Cancelamento ou Renovação?

Final de 2017

Em Novembro deste ano a ultima das concessões offshore na bacia de Peniche deixou de estar assinalada no mapa da ENMC (Entidade Nacional de Mercado de Combustíveis), vindo-se juntar às outras 3 já abandonadas em Julho. Todas as explorações offshore tinham em comum a Galp, Partex Oil and Gas ou Petrobras. As razões apresentadas pela petrolífera foram a baixa rentabilidade do projecto devido à dimensão das reservas encontradas que já levavam um investimento de 22 milhões de euros em 10 anos. A Galp abandonou, mas o Estado não anulou a possibilidade de outra petrolífera poder assinar outros contractos. A Galp segue os passos da Petrobras, a primeira a abandonar as concessões offshore em Portugal, a Petrobras como política de investimento, tem como um dos passos o abandono de todas as concessões onde participa pelo mundo para se concentrar no pré sal brasileiro, onde a Galp também está a investir sendo parceira da Petrobras em locais como a Amazônia. Quem sabe quando ganharem bom dinheiro no Brasil, voltem a investir em Portugal? Não eram os primeiros!

Mas Peniche não está livre da indústria do Petróleo. Além de toda dependência que todas as cidades têm das energias fósseis, não fica bem do lado do Estado através do programa Cluster do Mar e da câmara aceitarem um acordo para o alargamento da área dos estaleiros navais da cidade para mais 20 hectares, inseridos no plano de melhoramentos para a construção de plataformas petrolíferas, plataformas de gás… e da energia das ondas. O autarca local (PCP) reconhece que estas obras serão um passo para o estaleiro iniciar as estruturas para exploração de gás e petróleo. A câmara propôs oferecer mais 2 hectares de terreno em troca de obras na praia do Molhe Leste. O estaleiro pertence à Oxi capital, tendo como parceiro a AMAL – Construções Metálicas, esta é a linha da multinacional:

““Assegurar uma resposta competente e competitiva às solicitações dos mercados Nacional e Internacional da Metalomecânica de apoio à indústria nomeadamente à industria Petrolífera.”

A AMAL tem como clientes as principais petrolíferas do mundo.

Também o abandono das concessões no onshore do sul da Zona Oeste não é tão simples e claro. Com todo o conhecimento adquirido durante cerca de 20 anos de Estudo do sobsolo português pela Mohave Oil and Gas, qualquer petrolífera que assinar contracto nessas áreas não demorará muito a iniciar a exploração comercial. A Australis defende que na área do Cadaval (área com mais probalidades juntamente com o Bombarral de se iniciar a exploração de gás de xisto) em 3 anos depois do inicio da perfuração se poderia a iniciar a exploração.  A Mohave Oil and Gas foi criada em 1993 por Patric Monteleone, que agora é responsável pelo projecto de exploração em Portugal na Australis Oil and Gas Limited. A Mohave Oil and Gas abandonou Portugal em 2012 abrindo insolvência.

Em 2015 a Australis assina 2 contractos de concessão na zona oeste com 620.000 acres (1. 0258km) com o nome de Pombal e Batalha. A área de Pombal é para novos horizontes, mas a concessão da Batalha apanha áreas já estudas, o que leva crer que esperam iniciar no final dos 8 anos de contracto para prospeção a tão esperada exploração de gás natural através da técnica de perfuração horizontal e fracturação hidráulica. Os municípios abrangidos são Caldas da Rainha, Rio Maior, Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Santarém, Leiria, Marinha Grande, Batalha, Pombal e Soure.

Caldas da Rainha, Rio Maior e Alcobaça já tiveram concessões com os seus nomes. A Serra do Bouro, Nazaré e Rio Maior foram áreas estudadas em 2010 para armazenamento subterrâneo de gás natural.

Na Zona de Pombal fora a intenção de se estudar a possibilidade de extração, a estação de Carriço é uma das infraestruturas a serem ampliadas para aumentar a sua capacidade de armazenamento de gás natural seja de extração local ou de importação e transporte do gás através de mais gasodutos, estações de compressão, etc… para toda a Europa, com todo o impacto ambiental e social local e mundial. Todo isto junto é assinar uma vida insustentável.

Existe ainda a concessão do Cadaval, que a Australis chegou a ter nos seus planos, não chegando a assinar um contracto! Mas está lá… Esperando pelo progresso.

Inicio de 2017

 

 

 

Peniche e Petroleo? Adeus…

O negócio da petrolífera espanhola (Repsol) resulta da venda à Partex de uma participação de 10% na concessão de gás natural na costa algarvia.

A exploração de petróleo em Portugal ganhou novos protagonistas. A Partex Oil&Gas assegurou a entrada no projecto de gás natural no Algarve, ao adquirir 10% do capital dos blocos 13 e 14, controlados pela Repsol, com uma participação de 90%. Como contrapartida, o grupo espanhol comprou à empresa do universo da Fundação Calouste Gulbenkian parte da sua participação de 20% nos quatro blocos ‘offshore’ (em águas ultraprofundas) de Peniche, concessões em que terão como parceiros a Galp e os brasileiros da Petrobras. A Repsol passa assim a deter 15% dos blocos Mexilhão, Amêijoa, Ostra e Camarão, tendo a Partex mantido os restantes 5%. A operação, cujo valor não foi revelado, marca o reforço da aposta das duas petrolíferas no negócio da exploração e produção de petróleo e gás natural em território nacional.

http://economico.sapo.pt/noticias/repsol-vai-explorar-petroleo-ao-largo-de-peniche_161226.html

A Petrobras e a Galp vão mesmo avançar com a exploração de petróleo em águas portuguesas. As avaliações feitas ao largo de Peniche revelaram fortes indícios da existência de crude. O primeiro poço deve avançar já em 2012

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article780386.ece
“É cedo para fazer previsões, mas os estudos geológicos permitem-nos ter alguma margem de esperança de vir a encontrar petróleo em território português”, declarou uma fonte da Galp Energia ao REGIÃO DE LEIRIA, acrescentando que “olhando para a geologia de toda a bacia atlântica e para o potencial petrolífero destas áreas” existem “razões para acreditar que a nossa costa também reúne condições semelhantes”.

http://www.regiaodeleiria.pt/blog/2012/07/09/esperanca-por-petroleo-em-peniche/
DESCRIÇÃO O negócio da petrolífera espanhola resulta da venda à Partex de uma participação de 10% na concessão de gás natural na costa algarvia.

http://videos.sapo.pt/V3124jGIlRKoFtwJ7ojI
A probabilidade de encontrar petróleo em Portugal é, neste momento, maior na bacia do Alentejo do que na bacia de Peniche.
A garantia foi dada ontem por Manuel Ferreira de Oliveira, o presidente executivo da Galp Energia que está, há já cerca de dois anos, a estudar estas duas zonas à procura de reservas de crude

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=3090455&seccao=Dinheiro%20Vivo

         
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Peniche e Petroleo

Um consórcio liderado pela petrolífera brasileira Petrobras, no qual participam as portuguesas Galp e Partex, deverá assinar com o Estado português no proximo mês de Maio, um contrato para a pesquisa e exploração de quatro blocos de petróleo na costa portuguesa, mas especificamente na bacia de Peniche.

Segundo noticia hoje o ‘Diário de Notícias’, o investimento a realizar nos próximos oito anos poderá ascender a 400 milhões de euros (M€), e implicará perfurações obrigatórias nas quatro zonas a explorar. O consórcio é constituído em 50% pela brasileira Petrobras, que ficará responsável pelas operações, e as portuguesas Galp com 30% e Partex com 20%.

Este contrato é semelhante ao que foi assinado em Fevereiro com um outro consórcio liderado pela australiana Hardman Resources, do qual fazem também parte as duas petrolíferas portuguesas, para a prospecção de três blocos na Costa Vicentina, num investimento que poderá chegar aos 300 milhões de euros.

Deste modo, o investimento total para prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos em Portugal poderá superar os 700 milhões de euros. Em declarações ao DN, na altura da assinatura do contrato com o referido consórcio em Fevereiro, o director-geral de Geologia e Energia, Miguel Barreto, havia afirmado que “para cada bloco estão previstos dois furos obrigatórios e o custo de cada um ronda os 50 milhões de dólares (36,81 milhões de euros)”. Ainda segundo a mesma notícia, caso seja descoberto petróleo com valor comercial, o Estado ficará com 7% das receitas por barril de crude produzido

.NA TERRA E NO MAR

Além da Mohave, cujo negócio é descobrir petróleo – assim que o encontra, vende-o -, outras empresas petrolíferas acreditam no potencial de Portugal para a produção comercial: a Galp, a Partex, a espanhola Repsol, a brasileira Petrobras, e a alemã RWE. Mas estas procuram no mar.

O consórcio Petrobras/Galp/Partex tem quatro concessões (blocos) na bacia de Peniche. O da Petrobras/Galp tem três concessões na bacia do Alentejo. O da Repsol/RWE tem duas concessões na bacia do Algarve. Ou seja, em Portugal, neste momento, está a fazer-se pesquisa e prospeção em alguns blocos de quatro bacias sedimentares – Lusitânica, Peniche, Alentejo e Algarve.

Em Peniche, desde 2007, altura em que os contratos foram assinados com o governo português, foram realizadas campanhas sísmicas a duas e três dimensões. A última decorreu em 2010, em áreas selecionadas dentro dos blocos de três mil quilómetros quadrados. «O resultado desses dados ainda é desconhecido. Acabaram de ser processados por uma empresa especializada, a WesternGeco, sob a orientação da operadora do consórcio, a Petrobras.» Fernando Barata Alves, membro da comissão executiva da Partex Oil & Gas, espera que «dentro em breve, os dados processados estejam disponíveis para serem interpretados». Até à data, o consórcio investiu 65 milhões de dólares (quase cinquenta milhões de euros). Enquanto não forem interpretados os resultados da informação sísmica, Fernando Barata Alves não arrisca avançar os valores do investimento futuro: «Tudo depende desses dados. Ou furamos ou não furamos. Se decidirmos furar, e se acharmos petróleo, investiremos muitos, muitos mais milhões.» Mas tendo em conta os indicadores positivos de estudos geológicos já realizados, que «apontam para a existência de estruturas grandes» na bacia de Peniche, o responsável da Partex e especialista em petróleo acredita que «o primeiro furo» do consórico Petrobras/Galp/Partex «será em 2013». É isso, de resto, que está estabelecido no contrato de concessão, caso a decisão seja positiva.

Na bacia do Alentejo, o consórcio Petrobras/Galp reiniciou a aquisição sísmica no princípio deste mês. Significa que, ao largo da costa, entre Sines e Sagres, um navio tem estado a ecografar as profundezas do subsolo marinho. «Todo o trabalho que realizámos nos últimos cinco anos, após a assinatura dos contratos, consiste em prospeção pura», diz Elsa Azevedo e Silva, da Galp, parceira da Petrobras neste consórcio. «Fizemos sísmica a 2D, a que se seguiu o processamento, análise e interpretação dos dados, e depois a sísmica a 3D, no ano passado, que tivemos de interromper devido à forte ondulação do mar. Retomámos há pouco tempo esse levantamento e agora temos de aguardar pelos dados.» Os indicadores são suficientemente aliciantes para a geofísica e cientista sénior manter o otimismo. «O facto de termos uma bacia sedimentar e de haver provas de que existe um sistema petrolífero ativo em Portugal são fatores de esperança.» O primeiro poço está previsto para o ano que vem.

O consórcio Repsol/RWE assinou contrato para a prospeção em dois blocos na bacia do Algarve em Outubro de 2011, no âmbito do qual, segundo dados da DPEP (Divisão para a Pesquisa e Exploração de Petróleo), terá de fazer a aquisição sísmica a 3D no decorrer deste ano. A operadora, a Repsol, diz apenas que «os trabalhos estão em curso e a decorrer conforme o previsto no programa», recusando-se a prestar mais declarações.

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