Oito mil barris de petróleo ou gás natural extraídos diariamente, 7 milhões de metros cúbicos de potencial.
Pergunta: Quantos milhões de litros de água potável vão transformar em lixo tóxico para poder abrir os poços e extrair o “potencial”?
A Galp é uma das principais caras do negócio de petróleo em Alcobaça. Durante anos viveu à conta dos impostos, construiu as suas infraestruturas com dinheiro publico, e agora que esta tudo quase feito, privatiza-se e pagamos tudo outra vez.
O governo aprova pela primeira vez um plano destes, mas não é a primeira vez que decide em favor das corporações em deterioramento das populações, desde a monocultura intensiva apoiada por químicos, a lei do Eucalipto, as incineradoras, as barragens, zonas protegidas, autorização para pesca de arrasto em mar nacional, transporte de materiais radioactivos em rios que atravessam a fronteira, etc…
Arlindo Alves, Administrador da Mohave chama a atenção para os valores económicos da apresentação “independentemente do que vier a acontecer”. Espero que não se esteja a referir aos danos colaterais da exploração Hidraulic Fracking. A confiança deste administrador em que devemos explorar a natureza diz tudo. Lembrar que nós seres humanos somos parte da natureza.
Quais de nós devemos ser explorados? A industria nunca se preocupou com os locais, porque devia começar agora?
Continuam a enganar a população com o cliche: “Recursos naturais são oportunidades para país”. Como os trabalhadores são oportunidade para a divida…
O grupo Mohave Oil congratula-se por pôr em cima da mesa um assunto que estava na gaveta à mais de 70 anos, o que considera negligência. O Governo Português assinou na semana passada um plano de Estratégia Nacional para os Recursos Geológicos.
A destruição do meio ambiente num país que já ultrapassou por várias vezes os valores do tratado de Quioto, pagando multa…claro. O sistema de Captura e armazenamento de carbono também já foi adicionado, continua a ser, segundo os políticos e corporações a solução para os problemas económicos e ecológicos dos portugueses europeus e do mundo.
A presidência da câmara de Alcobaça preocupa-se é com as royaltis (percentagens pré-defenidas das vendas finais ou dos lucros obtidos por aquele que extrai o recurso natural). Tenho de dizer que enviei e-mails para a câmara de Alcobaça voluntariando-me para dar luz às duvidas que o sr presidente disse ter sobre os trabalhos da corporação numa entrevista à umas semanas, parece que lhe chegou ouvir os representantes do estado e das corporações do petróleo.
O ministro escolhido para assinar e representar o estado não foi o ministro da Administração Interna, nem o do Ambiente, nem o da Saúde, nem o da Ciência, nem da Solidariedade Social. Não! Foi o Ministro da Economia… porque isso é o que interessa.
Portugal foi vendido ás parcelas, e a população faz parte do pacote de promoção.
Paulo Portas disse nos EUA que o povo português está preparado para as dificuldades e apoiar os investimentos americanos e a sua economia liberal. O seu colega no Congo diz o mesmo em relação aos trabalhos das corporações de petróleo no seu país. Devem ter lido os mesmos memurandos, não?
A exploração do gás natural é um problema mundial. Tem o perigo de se tornar uma luta como as lutas contra as nucleares que dura até hoje. Existe mais informação, mais consciência na protecção dos meios naturais, a cada vez menos confiança na politica e a procura de independência do mercado corporativo e monetário. Economicamente e socialmente já se conhece as suas intenções, mas o pior está para vir. Tudo esta em jogo, e o mercado liberal quer tudo! Mas destas vez não vão conseguir abafar ou dividir povos!? Com toda a sua tecnologia, leis, armamento, fieis e violência nunca conseguiram calar de vez a voz do povo, e desta vez podem ter cometido o seu pior erro pensar que nos podiam controlar todos ao mesmo tempo. Muito se houve a frase “O povo unido jamais será vencido”
Pois… a melhor arma das corporações é a globalização. Seguindo um ditado samurai: A tua melhor arma de defesa é a melhor arma de ataque do teu inimigo. Se querem globalizar a corrupção, e a exploração, desta vez os africanos, os indianos, os americanos, os australianos, os europeus vão realizar a reacção como um só, um só povo, muitas vozes, várias acções, várias razões mas por uma verdade, Igualdade de direitos para todos.
Não ao Petróleo, não ao Fracking!