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Estações de compressão/ compressores

As estações de compressão são uma infraestrutura de apoio á extração de gás natural. São necessárias para comprimir o gás para circular nos gasodutos. Além do constante barulho e o impacto da iluminação nocturna, grande parte das estações queimam gás natural (flaring) para controlar a pressão e muitas funcionam a gás natural. Apesar de requererem sistema á prova de som para os motores, o barulho é equiparado a motores de jacto.

A fuga de emissões libertadas nas operações de gás e petróleo são fonte de gases efeito de estufa. Acidentes e falhas no equipamento incluem explosões, rachas nos gasodutos, acidentes nos tanques, migração de gás ao redor dos poços, broca partida, transporte. Outras fontes adicionais de emissões são encontradas nas instalações de gás e petróleo. As fugas são as seguintes:

  • Fuga de CFCs dos sistemas de refrigeração e SF6 dos componentes electrónicos
  • Dos lixos sólidos (propantes e lamas) a céu aberto
  • Emissões de Metano da água tóxica depois das operações
  • Emissões de Metano dos fluidos de perfuração e fracturação

O Metano é o principal componente libertado nas operações e utilização de gás natural  só depois vem o CO2.

A Cidade de Dish nos EUA é um exemplo do impacto de uma estação de compressão na saúde do cidadão. O presidente da câmara da localidade contactou a Wolf Eagle Environmental para realizar um estudo de análise do ar na cidade, depois de vários residentes se mostrarem preocupados com o impacto ambiental, o impacto nos animais, como também no valor da propriedade, devido ás estações de compressão. Era uma localidade rural com 200 residentes. A cidade encontra-se sob a formação geológica de Bernett.  (semelhante ás formações em Portugal com shale gas)

O desenvolvimento da indústria do gás em áreas residenciais causam a degradação de qualidade de vida, barulho, contaminação das terras, da água, do ar e tremores de terra/sismos. As estações em causa foram instaladas no meio de casas, e funcionam com múltiplos motores. As estações são propriedade de 5 empresas. Em julho de 2009 foram instaladas várias metering stations perto das EC. Na periferia da cidade foram instalados tanques de condensação. Como algumas estações de compressão se encontram fora da cidade, as leis de segurança  e proteção do bem estar não se aplicam. Durante anos foram apresentadas várias queijas do barulho e dos odores. Uma preocupação da Wolf Eagle foram relatórios de doença e morte de cavalos.

Os resultados da análise de laboratório confirmaram a presença de múltiplos cancerígenos reconhecidos nas fugas de emissão de gases em vários locais da cidade. Foram encontrados em excesso TCEQ’s e ESLs  com capacidade para um “desastre potencial”.

A cidade não tem virtualmente indústria, sem ser as EC. As fontes de emissão de poluentes são bombas, compressores, motores e tanques de condensação, aparelhos de pressão, conexões dos sistemas, fractura hidráulica, processamentos do gás, e veículos de transporte. Juntamente com os poluentes do ar e compostos cancerígenos que contribuem para um nevoeiro tóxico, foram identificados químicos como Benzeno, Dimethyl disulfite, methyl ethyl disulphide, ethyl-methylethyl disulfide, trimethyl benzene, Diethyl benzene, Methylmethylethyl benzeneTetramethyl benzene, Naphthalene,  m&p, Xylenes, Carbonyl sulfide, Carbon disulfide, Methyl pyridine, e Diemethyl pyridine.

O Benzeno provoca hematopoietic toxicity, provoca danos nos ossos, anemia, leucopenia e trombocitopenia, leucemia e morte. Composto orgânico volátil (VOCs) e identificado pela EPA como “conhecido cancerígeno” com efeitos nocivos no sistema central.

Xyleno é absorvido pelos pulmões, danificando os tecidos. Existem provas que a exposição pode levar a problemas neurológicos, é associado a problemas no fígado e carcinomas renais

A exposição ao napththalene pode destruir células do sangue, levando á anemia. A exposição pode levar a náuseas, vómitos, diarreia e sangue. A Internacionl Agency for Researche on Cancer calcifica-o como potencial cancerígena, também pode modificar o caracter humano.

Dimethyl disulphide provoca irritação no Sistema respiratório, nos olhos e pele, leva á fraqueza. Pode-se tornar explosivo acima dos 24 ºC.

Pyridine metabolite é precursor de produtos como herbicidas, inseticidas e produtos farmacêuticos. Está a ser avaliado como possível cancerígeno por agências governamentais.

Em Nova York

Na rural Minisink, New York  contaminantes do ar do compressor Millennium Pipeline foram encontrados em excesso. Os estudos foram realizados devido a queixas dos residentes de Minisink depois da construção da estação de compressão em 2013. O estudo foi realizado por David Brown da Southwest Pennsylvania Environmental Health Project, que realizou estudos semelhantes na Pensilvânia e em outros Estados.

No estudo encontraram picos de toxinas que coincidiam com sintomas de saúde dos residentes. Os residentes utilizaram recipientes para capturar o ar durante a libertação de odores. Sintomas comuns nas familiais e exposição tóxica aos gases são: Asma, Sangue do nariz, enxaquecas, comichões. 6 das 12 crianças estudadas deitavam sangue do nariz

A concentração de partículas por milhão é um problema, porque leva a ataques cardíacos, doenças respiratórias e inflamações pelo corpo. A exposição ao logo do tempo é mortal, mas existe muito pouca informação dada pelas empresas. “ Todos são tão cheios de segredos, protegendo os seus interesses financeiros”. Disse Brown, que também acusa as empresas de manipular níveis de emissões para as tornar aceitáveis.

Pramilla Malick, vive a poucos quilómetros de um compressor, participou no estudo. Relembra que disseram aos residentes que o compressor só iria emitir “vapor de água” pela AECOM, a companhia que fazia as análises de emissões do compressor. Ela relembrou que o CEO da AECOM, Daniel Tishman, foi membro da Natural Resources Defense Council.

“Porque se permite que as considerações económicas sejam prioritárias? As pessoas estão a ficar doentes” Malick

Ela liderou a oposição á construção de mais uma estação de compressão e a uma Competitive Power Ventures numa central de gás em Wawayanda, a uns quilómetros da sua habitação. A indústria não desiste e planeia aumentar 10 vezes mais que o nr actual. Segundo Sam koplinka-Loehr do Clean Air Council, fala-se em um aumento de 10.000 a 100.000 novos poços, o que aumenta o nr de gasodutos e de compressores.

Os compressores são construídos perto dos poços e com cerca de 75 km de intervalo ao longo dos gasodutos para estimular a circulação do gás. Regularmente emitem toneladas de gases efeito de estufa.