Besta Quadrada – nome feminino, depreciativo, pessoa muito ignorante, rude ou grosseira – (Infópedia-dicionários Porto Editora).
O trabalho da Australis agora é desacreditar os activistas como se tentou no Algarve quando das secções publicas de esclarecimento, que não correu bem ás petrolíferas , tendo sido canceladas todas as concessões em Terra e no Mar. Desacreditar com as mesmas frases, o mesmo método… Atacar o consumidor, usar o desconhecimento técnico popular, desacreditar vozes contrárias e acentuar a dependência da civilização atual da industria petrolífera – As energias fósseis representam mais de 70% das fontes da energia mundial, como combustível, produção de plásticos, químicos e adubos agriculas, etc.
Pretende dividir a população, aproveitando as suas diferenças de conhecimento, formas de olhar o mundo, de imaginar o futuro… Usa as armas que criou: laços com especialistas, políticos, outras industrias, financiamento para acções sociais, acções ecológicas… e principalmente a dependência do mundo moderno e sua economia de fontes de energia intensiva.
“Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá.” Charlei Chaplin
Progresso ou Decrescimento!
A principal ferramenta em defesa da industria petrolífera é o progresso humano e a economia nacional, e quem não defender e as tentar desacreditar é considerado ignorante, alarmista, extremista, niilista.
Durante a sessão a única forma de resposta ás perguntas realizadas pelos habitantes locais e habitantes de outros concelhos foi chamar a atenção para os conhecimentos técnicos e profissionais dos oradores e para o desconhecimento dos populares que queriam tirar duvidas e informações sobre os trabalhos da petrolífera.
Não é facil para o cidadão comum ir contra as vontades de progresso dos investidores , do presidente da republica, primeiro ministro, da Europa, do País. Não é fácil para as instituições como Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Escolas/Universidades, ONG’s, seja através da moral ou da ética defenderem a localidade que representam indo até ao fundo da questão na procura de respostas.
Sessão de Esclarecimento | Prospeção e Exploração de Gás | 4 de Janeiro 2019 às 21h00 no Centro Escolar de Monte Redondo
Desde o inicio da secção se percebeu que a população não estava interessada no tipo de esclarecimento que os convidados Anabela Veiga e Mário Oliveira professores/geólogos no IPL estavam preparados e abertos a oferecer. Juntamente com geólogos convidados, foi também convidado o advogado da Australis Oi and Gas, apareceram também 2 geólogos, sendo 1 deles Rui Vieira, geólogo que trabalhou com a Mohave Oil and Gas, e o outro André que só falou para defender a sua classe profissional, com estatísticas sobre poços e acidentes no mundo e a perda da localidade ao deixar que estação de armazenamento de gás subterrâneo fosse para a área do Carriço, passando a mns que a industria petrolífera trás benefícios que foram recusados, e que mais uma vez a industria petrolífera pode ajudar a localidade a desenvolver-se economicamente.
Esta sessão vem na sequência do debate fundamental sobre a Prospeção e Exploração de Gás na Bajouca, que apoiou a iniciativa, recomendada pela Assembleia de Freguesias, que pretendia informar a população sobre a operação/intervenção para Sondagem de Prospeção e potencial Exploração de Gás na concessão Pombal.
A Organização apelava à ” participação de todos os cidadãos e a colocação de questões é fundamental, pelo que solicitamos que a iniciativa seja divulgada profundamente. Contamos com a colaboração de todos.” E defendia como objetivo principal “o debate aprofundado sobre a questão para que todos possam estar munidos da máxima informação” (…) “garantindo a defesa não só da geração atual, mas também das gerações futuras.”
Cidadão ( substantivo masculino- pessoa que habita a cidade (cidade estado/governo Central). É a relação legal entre um individuo e o país da sua nacionalidade. É exercer seus direitos civis e cumprir seus deveres.
Palavra sinonimo: Varão (aquele do sexo masculino – Quem é merecedor de respeito, de admiração; ilustre – Viril
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“Se minha Teoria da Relatividade estiver correta, a Alemanha dirá que sou alemão e a França me declarará um cidadão do mundo. Mas, se não estiver, a França dirá que sou alemão e os alemães dirão que sou judeu.” – Albert Einstein
A participação da população e a colocação de questões por quase todos não faltou… O que faltou foi o debate aprofundado, e ferramentas para que a população ficasse munida de máxima informação para garantir a defesa da geração actual e das gerações futuras, porque o painel convidado só vinha falar das questões técnicas que pouco tinham a ver com as duvidas dos presentes.
Junto aos geólogos/técnicos estavam os presidentes da junta locais que nada disseram toda a sessão.
A secção iniciou com uma apresentação de Anabela Veiga, com uma presentação meramente técnica que não atraiu, nem conseguiu esclarecer a população.
Anabela Veiga, geóloga, professora no IPL
A técnica fez o que sabe melhor, dar aulas de geologia, o que não é de admirar já que a sua carreira assenta no estudo geológico e no ensino de Geotecnia (engenharia Geótecnica) e ambiente, mas isso não era o que as pessoas que se dirigiram ao evento queriam perceber. A sua apresentação focou-se nos nomes das camadas onde poderá existir gás ou petróleo, sem nunca revelar que tipo de gás existe nessas formações, e isso foi coisa que muitos habitantes da área não conseguiram aceitar.
E é difícil de acreditar que a geóloga não tem opinião sobre o tipo de hidrocarbonetos existentes quando todo o seu trabalho desde cedo é focado no sob solo das concessões actuais. O primeiro trabalho de Anabela é quase do mesmo ano (1999) em que a Mohave Oil and Gas iniciou os seus estudos da existência de hidrocarbonetos (1998).
Em 1999 foi co autora do trabalho: Alguns aspectos da contribuição do património geológico no ordenamento do território
Prefácio:
São apresentados alguns aspectos relativos à região de Batalha, onde são numerosos os exemplos que mostram a grande interligação entre o património geológico, o turismo, o património arqueológico e a exploração dos recursos naturais
Pontos
2 LOCALIZAÇÃO E ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO DO CONCELHO DA BATALHA (…) Pode caracterizar-se pela ocorrência de dois domínios geológicos e geomorfológicos com características distintas: – zona centro-oeste (freguesias da Batalha e Golpilheira) é atravessada pela baixa aluvionar do rio Lena seguindo a direcção N-S. A oeste deste rio desenvolve-se uma plataforma bem definida e aplanada, atapetada por terrenos arenosos do Pliocénico. A parte nascente do rio Lena é constituída por relevos arredondados de composição areno-argilosa e calcária do Jurássico superior, encontrando-se fortemente dissecada por uma rede hidrográfica tipo dendrítica.
Mais a frente no ponto 3 aponta que: “Realce-se os valores naturais pois são em regra os mais esquecidos e maltratados apesar de dependermos enormemente deles.”
O ponto 5 debruça-se sobre: A EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS
“A definição das áreas de exploração de recursos naturais, principalmente das rochas carbonadas, e das áreas em que tal exploração não deve ser executada constitui um problema de grande interesse económico mas simultaneamente difícil de conseguir solucionar. (…)”
As rochas carbonatadas são formadas pela diagénese de sedimentos ricos em carbonatos (>80%), (…) o estudo dos calcários é muito mais importante, nomeadamente nos seguintes aspectos:
⦁ Contêm a maior parte do registo fóssil…
⦁ Acresce ainda que, podem constituir importantes reservatórios de fluidos, nomeadamente de hidrocarbonetos, quando apresentam elevada permeabilidade.
Em 2011 Anabela lança um estudo sobre A Formação da Dagorda do diapiro Parceiros-Leiria.
Em 2015 Lançou um trabalho com o nome: Diapir mudstone properties, Leiria, Portugal -Propriedades do diapiro (intrusão de material rochoso menos denso que a rocha encaixante) de Lamito (rocha sedimentar formada pela litificação de silte e argila em proporções variáveis)
Introdução:
” O diapiro Parceiros-Leiria tem uma estrutura anticlinal que parece estar relacionada com a parte sul da estrutura de Monte Real (…) paralela à falha da Nazaré, numa área de 4 km de comprimento e 1 km de largura. Esta estrutura tem um núcleo formado na formação da Dagorda (…) nos flancos as formações são mais resistentes (Jurássico, Cretácio, Terciário)
No mesmo ano (2015) lança o trabalho: Characterization of the Dagorda Claystone in Leiria, Portugal, Based on Laboratory Tests.
Claystone – geologistas restringem o termo a rochas sedimentares composta maioritariamente por partículas ínfimas de barro.
As rochas sedimentares são economicamente importantes na medida em que podem ser utilizados como material de construção. Além disso, muitas vezes formam reservatórios em bacias sedimentares, em que petróleo e outros hidrocarbonetos podem ser encontrados.
Estes trabalhos foram realizados em co-autoria com Mário Quinta-Ferreira da Universidade de Coimbra.
No site da Universidade de Coimbra:
“A Licenciatura em Geologia permite trabalhar em empresas de exploração de geo-recursos (prospecção e exploração de águas, petróleo e gás natural, recursos minerais) (…) Em estabelecimentos de ensino básico, secundário e superior e autarquias e associações intermunicipais.
Porque avançar para um Mestrado?
O Mestrado em Geociências oferece áreas de especialização em Recursos Geológicos, Ambiente e Ordenamento e Geologia do Petróleo.”
A Universidade através dos Centros de Geociências e Geofísica, com o apoio institucional da Comissão Nacional da Unesco organizou um congresso para que as petrolíferas da CPLC (Comunidades dos Países de Língua Portuguesa) discutissem os novos desafios para a exploração de petróleo com o nome: I Congresso Internacional de Geociências na CPLP. Este evento assinalava os 240 anos de ensino e investigação em geociências nos países CPLP, originário da Universidade de Coimbra, sendo a continuação da iniciativa 1ª Conferência internacional “As Geociencias no Desenvolvimento das Comunidades Lusófonas”.
Foram discutidas as novas fronteiras na exploração de petróleo no quadro da CPLP, como as expectativas das actuais actividades em território português. Nas empresas que colaboraram no evento estiveram petrolíferas diretamente interessadas na exploração em Portugal como a Petrobrás, a Mohave Oil and Gas e a REN, a que se juntou a COBA -empresa multidisciplinar de Consultoria de Engenharia e Ambiente, desenvolvendo estudos e projetos e assegurando assistência na gestão e supervisão da construção de empreendimentos no domínio do armazenamento e utilização da água para produção de energia (Barragens)
O evento incluiu “um curso de formação de professores de Geologia, realizado na Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro, e 3 excursões científicas que se debruçaram sobre diversos temas como os sistemas petrolíferos na Bacia Lusitânica (…)”
Em 2010 Anabela lançou o trabalho: Caracterização geotécnica das aluviões do rio Liz, em Leiria, com base em ensaios “in situ”.
Anabela Veiga e o segundo orador Carlos Oliveira estão ligados não só pela profissão como geólogos e professores, mas também pelo Rio Liz.
Carlos Oliveira – Geologo, professor no IPL e presidente da OIkos
Carlos na sua primeira intervenção fez a questão de dizer que estava ali como geólogo e não como representante da OIkos… e que só ia discutir a parte técnica e questões relacionadas com as perfurações sem entrar em discussões sobre formas de extrair gás, principalmente Fracking… Porque o documento apresentado pela empresa fala em trabalhos convencionais.
Mas… eticamente os cientistas deveriam ter em atenção o impacto negativo dos seus estudos… Ou vale tudo pelo conhecimento? – que segundo a ciência será mentira com mais investigação? Ou deixa-se utilizar a ciência como plataforma para as decisões mais progressistas sem olhar ao impacto nas minorias, nas famílias?
A Oikos foi uma das duas ONG’s convidadas pela Australis na apresentação dos trabalhos em Leiria no dia 31 de Outubro de 2018, a outra ONG foi a Quercus, mais convidados foram autarcas locais e alguns órgãos de comunicação social.
A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento é uma ONG fundada nos loucos anos 80. Origem na palavra oikos – lugar onde se vive, onde as pessoas têm um mínimo de bem-estar. É uma associação ecunémica que se identifica como grupo que trabalha para “Para um mundo sem pobreza e injustiça e para o desenvolvimento humano equitativo e sustentável à escala local e global.”
Disponibiliza-se para trabalhar com “quaisquer instituições políticas, financeiras ou religiosas, estamos sempre disponíveis para concertar a nossa acção com entidades públicas e privadas que coincidam com os nossos valores, objectivos e propósito de erradicar a pobreza e desenvolver soluções sustentáveis, para que todas as pessoas usufruam do direito a uma vida digna.”
Em 1992 o Governo Português, através do IPAD – Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento, Ministério dos Negócios Estrangeiros, reconheceu-lhe o estatuto de Pessoa Colectiva de Utilidade Pública. Em 2000 foi-lhe atribuído o Estatuto Consultivo junto do ECOSOC – Conselho Económico e Social das Nações Unidas.
Fundada em 1988 para a Emergência ao Desenvolvimento, passando pela Educação, Mobilização Social e Influência pública, o trabalho da Oikos estende-se atualmente a Portugal, África e América Latina. Desde a fundação há 25 anos, a Oikos já trabalhou nos 5 continentes, em concreto: Angola, Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Guiné-Bissau, Haiti, Indonésia, Panamá, Uruguai e Timor-Leste.
A sua actividade encontra-se estruturada em continuidade nas áreas da emergência/ação humanitária, desenvolvimento/vida sustentável e mobilização/cidadania global. Pretende facilitar soluções para garantir que todas as pessoas usufruam do direito a uma vida digna.
A estratégia chave atual da Oikos assenta em 3 frentes, que se debruçam sobre formas de financiamento através de negócios sociais, prestação de serviços e parcerias com o sector privado, apostando em áreas que constituam valor acrescentado comprovado.
Convida a conhecer em resumo o seu trabalho através de uma publicação elaborada com o apoio do CESA – Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina.
Os dos seus objetivos como Nedoikos (núcleo de professores) é: “Alertar para a necessidade de problematizar as actuais relações entre povos, as quais têm conduzido a situações de subdesenvolvimento e motivar a sociedade civil para a cooperação e solidariedade tendo em vista o desenvolvimento dos povos”
A Oikos tem como principais financiadores a Comissão Europeia- instituição que politicamente representa e defende os interesses da União Europeia (UE) na sua globalidade, através de programas.
- A DG ECHO assegura o financiamento e a coordenação de operações de ajuda humanitária. A União Europeia é o principal doador de ajuda humanitária a nível mundial, e destina-se a ajudar a prevenir e a enfrentar as situações de emergência resultantes de crises que afectam gravemente as populações fora da UE, quer se trate de catástrofes naturais, de origem humana ou de crises estruturais.
- D.G. ou Direcção-Geral do Desenvolvimento e da Cooperação EuropeAid responsável pela concepção da política de desenvolvimento da UE e pela prestação de ajuda em todo o mundo através de programas e projectos.
- Instituto Camões – O Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, abreviadamente designado por Camões, I. P., é um instituto público, integrado na administração indirecta do Estado, dotado de autonomia administrativa, financeira e património próprio, que prossegue atribuições do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) sob superintendência e tutela do respectivo ministro.
Alguns dos outros financiadores da OIkos (+de 50):
- O Ministério da Educação e Ciência (MEC) é o departamento do Governo de Portugal responsável pela definição, coordenação, execução e avaliação da política nacional relativa ao sistema educativo (no âmbito da educação pré-escolar, do ensino básico, do ensino secundário, da educação extra-escolar e do ensino superior), à ciência e à sociedade da informação; bem como pela articulação da política de educação com as políticas de qualificação e formação profissional.
- APA – Agência Portuguesa do Ambiente é um projeto virado para a sociedade, resultante da fusão de 9 organismos.
- CIMPOR- Cimentos de Moçambique – Com uma capacidade de produção de 46 milhões de toneladas, a CIMPOR está presente em Portugal, África do Sul, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Egipto, Moçambique, e no Paraguai.
Erasmus+ Juventude em Acção é um Programa da UE com o objetivo de estimular o sentido ativo de cidadania, a solidariedade e tolerância entre os jovens europeus. - FAO– Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
- Fundação Calouste Gulbenkian nasceu em 1956 como uma fundação portuguesa para toda a humanidade, destinada a fomentar o conhecimento e a melhorar a qualidade de vida das pessoas através das artes, da beneficência, da ciência e da educação.
- EEA Grants O Programa Cidadania Ativa é um instrumento de apoio às Organizações Não Governamentais (ONG), em vigor entre 2013 e 2016 e financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants). A sua gestão está a cargo da Fundação Calouste Gulbenkian, seleccionada através de concurso público lançado em 2012.
- Millenium BCP -Dinamização da pesca artesanal na Ilha de Moçambique (2007-2009)- Além de recuperar os meios de sobrevivência das famílias beneficiárias, apoiando-as na reabilitação dos seus barcos e artes de pesca, e recuperando as suas actividades agrícolas, esta intervenção deu início a um novo projecto para fortalecer as mesmas comunidades na prevenção de desastres naturais, capacitando-as a evitar que os mesmos estragos aconteçam novamente
- UN-HABITAT é a agência das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos. É mandatado pela Assembleia Geral da ONU para promover cidades sustentáveis em termos sociais e ambientais, e que ofereçam habitação adequada para todos Organizações Parceiras (dezenas) :
- ADAPPA – Associação para o Desenvolvimento Agropecuário e Proteção do Ambiente – Construção institucional das políticas públicas de conservação, uso sustentável da biodiversidade e partilha de benefícios em São Tomé e Príncipe.
- CEAPE– Centro de Apoio aos Pequenos Empreendimentos do Estado da Bahia – fortalecer as actividades produtivas através do acesso a pequenos créditos, com prioridade para as mulheres empreendedoras, e mediante a capacitação política (os direitos das mulheres) e de gestão técnica e administrativa de pequenas actividades económicas.
- DGS – A Direção-Geral da Saúde é um organismo central do Ministério da Saúde, integrado na administração direta do Estado, dotado de autonomia administrativa. Assumindo-se como um organismo de referência para todos aqueles que pensam e atuam no campo da saúde
- Instituto Português das Pescas, Investigação e do Mar – Promover o acesso das pequenas e médias empresas pesqueiras e de camaronicultura à certificação de processos e produtos.
- ISA – O Instituto Superior de Agronomia é, em Portugal, a maior e mais qualificada escola de graduação e pós-graduação em Ciências Agrárias, sendo o seu know-how reconhecido nacional e internacionalmente.
Empresas solidárias (+de 50) - Accor – Divulgação e recolha de donativos nos hotéis IBIS, Novotel e Mercure.
Almáa Sintra Hotel – No Parque Natural de Sintra-Cascais, considerado um dos mais verdes em Portugal, pela Greensavers. - Caixa Geral de Depósitos – Apoio Financeiro a projectos da Oikos.
- Casino de Lisboa – Cedência de espaço e logística para acções da Oikos.
- Delta Cafés – Apoio financeiro e logístico a projectos da Oikos.
- Dolce Vita Tejo – Cedência de espaço para divulgação.
- Plásticos do Sado – Produção gratuita de materiais para acções Oikos.
- TMN – Cedência de espaço para divulgação e apoio financeiro a projectos da Oikos.
Mesmo com tanto apoio a Oikos pede donativos ao cidadão comum: “A sua generosidade é imprescindível para que a Oikos possa desenvolver a sua atividade.”
Para si, 1 euro é 1 euro. Para a Oikos 1 euro é obra.
“Para a Oikos e para muitas regiões do Mundo 1 euro é muito mais do que isso: é um contributo indispensável para obras tão concretas como a construção de escolas, hospitais campos de cultivo, poços de água”
A Fundação Gulbenkian (Partex Oil and Gas) é uma das parceiras da OIkos para melhorar o bem estar humano através de programas humanitários, agricultura. Outros dos parceiros da Gulbenkian em projetos ambientais é a Quercus… entre outros grupos na luta contra as concessões em Portugal.
Em 2017 a Gulbenkian lança o concurso: Investigação para o Desenvolvimento
Este concurso, resultado de uma parceria entre o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e a Fundação Calouste Gulbenkian, irá distinguir dois projetos de cooperação para o desenvolvimento promovidos por ONGD portuguesas que pretendam publicar os resultados alcançados em revistas científicas. Pretende-se reforçar a capacidade de produção de conhecimento e influência de políticas públicas por parte das ONGD, promovendo também a aproximação destes atores a instituições de ensino superior e centros de investigação.
Podem candidatar-se ONGD nacionais, legalmente reconhecidas pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, há mais de três anos, em parceria com instituições de ensino superior e/ou centros de investigação.
Foram seleccionadas:
A VIDA – Voluntariado internacional para o desenvolvimento Africano – Novafrica – Nova Shool of Buniness e Desenvolvimento, da Universidade de Lisboa.
Plataforma PECOSOL- CONSUACCION para a Segurança Alimentar e Nutriconal na América Central, da OIKOS com a Universidade CentroAmericana, Nicarágua. A
Gulbenkian tem entre outros, os oradores em suas acções :
- João José Fernandes é licenciado em Teologia e Humanidades (1996), tendo concluído o Curso de Doutoramento em “Alterações Climáticas e Políticas de Desenvolvimento Sustentável”, em Setembro de 2010. É Diretor-Executivo da Oikos – Cooperação e Desenvolvimento (ONGD), desde Outubro de 2004.
Viriato Soromenho Marques – de 1992 a 1995 — presidente da associação ambientalista nacional, a QUERCUS– Associação Nacional de Conservação da Natureza. Todos juntos defendem-se com a necessidade de se continuar o progresso económico sustentável!!! O que é insustentável.
A principal ideia do que passaram no debate foi que a população precisa de se informar melhor. Que a Australis vai cumprir com todos os requisitos necessários para que tudo corra bem, e que a tecnologia é a mais valia neste tipo de trabalhos.
Falou-se de corrupção, politica, guerra, Estação do Carriço, extracção de hidrocarbonetos de forma convencional, água e utilizaram-se clichés em defesa dos trabalhos.
O gás da Coca Cola como exemplo foi usado pelo Carlos Oliveira. A ideia não é sua, foi utilizada pelo Geólogo Terry Engelder no documentário GasLand, onde defende que os problemas do fracking são problemas de engenharia, que podem ser resolvidos por especialistas. Terry Engelder geocientista na Pennylvania State University foi o responsável pelo investimento na Marcellus Shale ( Conhecido como o BOOM do Shale Gas), ao anunciar uma estimativa de 363 triliões de metros cúbicos de gás existentes na rocha de xisto.
Corrupção e politica são muitas vezes utilizado como arma… A corrupção e politica houve desde a primeira cidade ( Depois dos Gregos, os primeiros cidadãos ocidentais fora dos limites da cidade mãe (Roma) foram criados pelo império romano… através da corrupção). Ainda hoje as duas lado a lado, são a arma perfeita de investidores e bancos que ficam impunes em todo o processo, afundado políticos, desacreditando soluções, excitando e separando os cidadãos. Os políticos recebem! Mas Quem paga? Muitas vezes nós, contribuintes, nas outras vezes as corporações.
Existe corrupção na industria petrolífera, como existe na industria das renováveis, como na industria da alimentação ou na industria da saúde. Não pode ser aceite. Mas também não pode ser usada para fins propagandistas, sem ter como fim o propósito a que se destina, melhorar o mundo para todos.
A mesa de oradores lançou também a farpa: ” Viemos para aqui falar da continuação ou não das energias fósseis, mas todos viemos de carro” – E que toda a nossa forma de vida depende da extracção de matéria prima com impacto no meio ambiente.
Mais uma vez foi repetida uma frase utilizada quando das secções de esclarecimento no Algarve por um representante da ENMC. Sem petróleo é o Fim!..
Cuba provou que não. Depois de 1991 com a quede da URSS, o país passou pelo período conhecido como: The Special Period, depois de perder o fornecimento de quase 80% de energia fóssil. Os cubanos tiveram de reaprender a viver sem a dependência dos produtos petrolíferos e seus sub produtos. Esse período está representado no documentário: The Power of Community: How Cuba Survived Peak Oil
A nossa forma de vida não foi desenhada, preparada, nem escolhida por nós, mas sim imposta de cima, educada pelas e nas mesmas infraestruturas que ajudam quem produz (empresas) e por quem dirige (politica) para uns viverem e a maioria sobreviver. Quantos de nós, não mudaria de estilo de vida se o pudesse realizar? Quantos de nós queremos voltar a ser Camponeses, viver com as dificuldades rurais, e não com a eutanásia das obrigações citadinas? Quantos de nós, não queremos para as gerações futuras, o que nos sentimos obrigados a realizar para financiar hoje?
Não é novidade que a nossa forma moderna de viver, não é a mais saudável, nem a mais sustentável, nem a mais correta. O que é novidade cada vez para mais pessoas é que as corporações (Os produtores) sabem disto há mais de 40, 50 anos, sem nunca terem tentado mudar. E para isso criaram, apoiaram grupos, politicas e ONG’s para controlar as soluções.
As petrolíferas estão em Portugal desde o inicio do séc XIX. Desde o inicio do séc XX que o seu impacto se reflecte nocivo, e cada vez mais nocivo com o desenrolar do século e da informação nova e encontrada em ficheiros de empresas como a EXXON, Mobil ou Shell… Para o séc XXI, as petrolíferas querem continuar o seu trabalho, sem olhar ás consequências.
O Cidadão é contra o individualismo, portanto o mal de alguns para beneficio de todos é aceite como um dever do cidadão, sem culpa da cidade ou do país. Se uma família se defende, está a ser individualista, egoísta e uma barreira ao bem estar da sociedade geral. Se um País se defende está a violar os direitos internacionais de progresso. Se Uma corporação se defende está a trabalhar para um futuro realista!?
É a sociedade, a cidade, as corporações, a economia, o País que precisam de energias fósseis, ou outras formas de energia intensiva. Nós Pais, Mães, filhos e filhas como seres não precisamos. Precisamos das energias intensivas como trabalhadores na sociedade nociva para nós e para quem vem.
We Need You
Culpar o consumidor, o cidadão pela poluição e a defesa do meio ambiente através de leis e financiamento corporativo é uma tática iniciada nos EUA quando da 1ª Revolução Industrial.
As leis de porteção ambiental da era industrial começou nos EUA. Os primeiros passos que levaram à lei Clean Water Act de 1972 (Ainda hoje em vigor, mas não para o Fracking)) foram dados em 1862 quando o Rio Cuyahoga, Cleveland nos EUA pegou fogo pela primeira vez devido à poluição, este rio pegou fogo 30 vezes. O mais fatal foi em 1912, aquele com mais impacto económico aconteceu em 1952. Em 1969 mais uma vez o rio pegou fogo, com pouco impacto devido a leis sanitárias aprovadas até então sobre acções industriais e transição de descarte do lixo criado pela produção e final de vida dos produtos, que pressionou para regulação.
Depois desse incidente o congresso americano decidiu resolver o problema da poluição. Para isso em 1970 passou a National Enviromnent Policy Act (NEPA), que ajudou a estabelecer a Enviromnental Protection Agency (EPA).
Governo e Corporações em defesa da economia e progresso. Mas não ficou por aqui.
“This is a 1987 report to Congress by the Environmental Protection Agency that deals with waste from the exploration, development and production of oil, natural gas and geothermal energy. It states that hydraulic fracturing, also called fracking, can cause groundwater contamination. It cites as an example a case in which hydraulic fracturing fluids contaminated a water well in West Virginia. The report also describes the difficulties that sealed court settlements created for investigators.”
O Plástico é outro dos produtos da industria petrolífera. Hoje na Europa empresas apostam na transformação de Shale gas (gás de xisto) em plásticos.
Reciclagem.
Depois de resolver o problema da poluição das águas, acordando limites aceitáveis de poluição, que não afectem o bem estar do ser humano, que levou a que nos dias de hoje toda a água ter de passar por processos de descontaminação para poder ser consumida por nós. As Corporações decidiram resolver o problema dos sub produtos descartados nas ruas, principalmente embalagens para poderem conservar e distribuir os seus produtos, não se responsabilizando por esse mesmo lixo, mas apontando o dedo a nós consumidores.
E assim em 1953 foi criada uma ONG, a maior até então nos EUA, com 620 organizações estatais e mais de 1000 organizações comunitárias. Com o nome de Keep America Beautiful, a ONG foca-se em 3 assuntos:
Litter prevention, Redução do lixo/reciclagem e enverdejar das comunidades, e embelezamento. O método para o conseguir consiste na combinação de organizações comunitárias, educação publica e a procura de parcerias publico/privadas.
Fundada pelas principais corporações de então. Entre os membros fundadores estavam a Philip Morris; Anheuser-Busch, PepsiCo e Coca Cola, agências governamentais e indivíduos em reacção ao lixo espalhado em voltas das estradas, ao aumento da mobilidade e conveniência do consumidor americano. O Termo Litter Bug foi cunhado por Paul B. Gioni, que criou o adjectivo a partir do The American Ad Council em 1947. A Keep American Beautiful juntou-se ao Ad Council em 1961 para dramatizar a ideia que todo o individuo deve ajudar na porteção do ambiente provocada pelo Litter.
Campanha:
1963 – Gionni escreve a campanha televisiva “Every Litter Bit Hurts”
1964 – Criada a imagem da “Susan Spotless
1970 – Inicio da distribuição de um flyer de informação grátis. 100.000 cópias
1971 – No Dia da Terra lança a campanha “People Strat Polluttion. People Can Stop It.” Campmha onde foi criado o Video publicitário “Crying Indian”.
1975 – Introdução do projecto: “Clean Community System”. Foram criadas dentro do projecto, 580 grupos locais com o nome de “Keep My Town Beautiful”.
1999 – Campanha anual “Great American Cleanup” . Onde os voluntários organizam limpeza de praias, lixeiras ilegais, como também apagar Graffitis… e plantar árvores.
O que conseguiu?
Tornou a palavra “litterbug” uma discussão caseira! Desviando a atenção do impacto da produção, distribuição e dever do produtor em se responsabilizar pelo lixo provocado.
Segundo Heather Rogers , que em 2005 lançou o documentário: Gone Tomorow: The Hidden Life of Garbage, o grupo Keep América Beautiful foi criado para combater leis ambientais mais rígidas que prejudicava as empresas fundadoras e aliadas do KAB, uma das primeiras frentes de Greewashing Corporativo. Leis como as apresentadas em 1953 em Vermont, que exigia pagamento de deposito na compra, e banir a venda de cerveja em garrafas não dessem para voltar a usar.
Em 2019 algumas das corporações parceiras são:
⦁ UPS – United Parcel Service, , é uma das maiores empresas de logística do mundo, distribuindo diariamente mais de 14 milhões de encomendas em mais de 200 países
⦁ Néstle – A Nestlé Waters é a divisão de água engarrafada do Grupo Nestlé.
⦁ H&M – Hennes & Mauritz é uma empresa multinacional sueca de moda presente em 69 mercados e com mais de 4800 loja
⦁ DOW – A The Dow Chemical Company, comummente referida como Dow, é uma corporação estadunidense de produtos químicos, plásticos e agropecuários
⦁ McDonald’s Corporation é a maior cadeia mundial de restaurantes de fast food de hambúrgue
⦁ PepsiCo, Inc. é uma empresa transaccional estadunidense de alimentos, lanches e bebidas
⦁ The Coca-Cola Company, geralmente referida como Coca-Cola Company, Coke ou simplesmente Coca-Cola, dependendo da região, é uma corporação multinacional estadunidense, fabricante e comerciante de bebidas não-alcoólicas e concentrados de xaropes
⦁ Coca Cola Fundation – ince in our inception in 1984, The Coca-Cola Foundation has given back more than $1 billion to enhance the sustainability of local communities worldwide. (Lucro Liquido em 2017 – 1.248 milhões de dólares (mil milhões de euros)
⦁ O American Chemistry Council, anteriormente conhecido como Manufacturing Chemists ‘Association e, em seguida, como Chemical Manufacturers’ Association, é uma associação comercial da indústria para empresas químicas-
Sendo a Oikos um grupo ecunémico deixamos aqui para se analisar:
A Limpeza do Templo- é a narração de quando Jesus expulsou os mercadores e os banqueiros do templo, acusando-os de tornar o Templo “numa cova de ladrões” através das suas actividades comerciais. Rodavam várias moedas, a Romana a Grega e a Judaica e Tyrian (Libano) estado as duas ultimas a ganhar terreno.
Jesus acusou as autoridades do templo de roubarem (Corrupção) acusando-os de fazerem das viúvas as suas vitimas. Marcos 12:40 /Lucas 20:47.
Os vendedores de pombas estavam a vende-las para sacrifícios realizados pelos pobres que não podiam pagar animais para melhores sacrifícios, especialmente as mulheres. Marcos 11:16
Não interessa qual a cor do dinheiro (Dolar, Euro, Yuan/ Renminbi, Libra, Dirrã, Rublo), não interessa qual país ou povo (Portugal, Palestina Europa, Nigéria, Argélia, Venezuela, China , Alemanha, USA, Israel, Angola ou Moçambique. Se se considera Ariano, Semita, Árabe, Índio, Africano, Oriental), interessa o que queremos para as gerações vindouras. Seres vivos para sacrificar? Ou ideias, colaborações para se melhorar?
Esclavagismo –
Esclavagismo é um tipo de relação ecológica entre seres vivos na qual um ser vivo se aproveita das atividades, do trabalho ou de produtos produzidos por outros seres vivos.
O primeiro ouro negro europeu foi a escravatura, da qual Portugal esteve no inicio. O esclavagismo provou-se errado moralmente e eticamente, obrigando a alterações politicas, sociais e económicas que encontraram bastante resistência por parte dos investidores, comerciantes, instituições religiosas e grupos sociais. Como país iniciámos a venda de escravos e fomos dos últimos a abolila juntamente com o Vaticano, mas só em 1974 se “libertaram” os países de língua portuguesa (colónias) da colonização politica, mas manteve-se a colonização corporativa e de ensino, retirando toda a liberdade de decisão sobre o tipo de desenvolvimento dos povos locais segundo as suas necessidades, cultura e conhecimento. Portugal é hoje uma colónia a Europa, ao serviço da economia mundial (Globalização) e um elemento dos progressistas científicos, políticos. A Ética que vinha substituir a Moral, em nome de um mundo melhor, afinal veio só educar a população mundial para uma nova sociedade onde a religião e a ciência se unem pela razão(Ordem e Progresso), contra as necessidades populares mundiais (Equidade Sustentável).
Deixamos um filme de Charlie Chaplin (1936): Tempos Modernos
“O Vagabundo” (The Tramp) tenta sobreviver em meio ao mundo moderno e industrializado. É considerado uma forte crítica ao capitalismo, militarismo, liberalismo, conservadorismo, stalinismo, fascismo, nazismo e imperialismo, bem como uma crítica aos maus tratos que os empregados passaram a receber depois da Revolução Industrial. Nesse filme Chaplin quis passar uma mensagem social. Cada cena é trabalhada para que a mensagem chegue verdadeiramente tal qual seja.
“O Caminho da Vida
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.
A cobiça envenenou a alma dos homens… levantou no mundo as muralhas do ódio… e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.
Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.
Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.
Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.” Charles Chaplin
“A humanidade não se divide em heróis e tiranos. As suas paixões, boas e más, foram-lhe dadas pela sociedade, não pela natureza.” Charles Chaplin
A Australis Oil and Gas anuncia uma secção de esclarecimento sobre as concessões e os furos que pretende realizar, contra a vontade da população local em Bajouca, Leiria, na ABAD ( Associação Bajouquence para o Desenvolvimento, no dia 29 de Janeiro; Aparece: https://www.facebook.com/1290065464376525/photos/a.1305108956205509/1965617033488028/?type=3&theater&ifg=1
A Mentira Está em Ti
Aí à beira da estrada,
Que te diz o vento que passa?””Que é vento, e que passa,
E que já passou antes,
E que passará depois.
E a ti o que te diz?”
“Muita cousa mais do que isso.
Fala-me de muitas outras cousas.
De memórias e de saudades
E de cousas que nunca foram.”
“Nunca ouviste passar o vento.
O vento só fala do vento.
O que lhe ouviste foi mentira,
E a mentira está em ti.”
Alberto Caeiro, in “O Guardador de Rebanhos – Poema X”
Heterónimo de Fernando Pessoa
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