14-A1 (offshore/Figueira da Foz)

 

14-a1

Depois do abandono desta concessão, sob nova legislação de petróleo, as áreas de prospeção e pesquisa,onshore e offshore, foram divididas em blocos, tendo por base uma malha regular e postos a concurso internacional. Do concurso resultou a assinatura de 30 contratos para áreas no offshore, em 1973 e 1974. O último destes contratos terminou em 1979. Durante este período foram realizados cerca de 21237 km de levantamentos sísmicos de reflexão multi-canal, gravimétricos e magnéticos. Para além destes levantamentos foram efetuadas 22 sondagens, 5 das quais na Bacia do Porto, 14 na Bacia Lusitânia e 3 na Bacia do Algarve. Todas as sondagens foram fechadas e abandonadas, embora algumas tenham apresentado muito bons indícios de petróleo e duas delas, Moreia-1 e 14 A-1, produziram pequenas quantidades de óleo em drillstem tests.

A sondagem 14A-1 (falha inversa), foi no offshore da Figueira da Foz, na bacia Lusitânia.

Relatório: Mestrado 2009:

“No que concerne à seção analisada do poço 14A-1, segundo DGEG (2007) apenas foi recuperado óleo (1,8 BO; 33-37º API) no intervalo 2332-2404 m (parte superior da Formação Coimbra) não sendo detetados quaisquer indícios de hidrocarbonetos nas restantes amostras aqui analisadas (Figura 42). Com efeito, a presença de várias inclusões fluidas de petróleo tanto nas amostras referentes à Formação Dagorda (intervalo 2500-2850), bem como nas amostras referentes à Formação Coimbra (intervalo 2400-2450) sugere que o óleo teria migrado verticalmente através dessas seções até ser acumulado no intervalo 2332-2404 m (parte superior da Formação Coimbra); coluna essa, corroborada pela grande abundância visual de inclusões fluidas de petróleo em lâmina delgada dos 2400 m (Figura 42).

Conclusão: 

Presença de duas gerações de inclusões de petróleo distintas. essas inclusões são representativas de dois episódios distintos de preenchimento, sendo primeiro, associado à geração e migração secundária do óleo de gravidade média não degradado; e o segundo, associado à geração e migração do óleo leve (Lith Oil).

O óleo recuperado no intervalo reservatório da Formação Coimbra mostra uma pequena variação no grau API; sugere que o óleo contido em fraturas dos carbonatos dessa formação se trataria de uma mistura de dois óleos de evoluções térmicas distintas

Resultados de análises GOI permitiram inferir a presença de sistemas petrolíferos efetivos na parte offshore da Bacia Lusitânia Norte. Migração e paleoacumulação de óleo são interpretadas como terem ocorrido abaixo dos selos das formações Grés Superios, no local do poço Moreia-1, e Coimbra, no local do poço 14A- 1 no passado geológico.  Paleo-acumulações de óleo no offshore da Bacia Lusitânia Norte foram identificadas nas fáceis reservatório das formações Grés Superiores (poço Moreia-1) e Coimbra (poço 14A-1).

Rotas de migração foram identificadas nas unidades litostratigráficas Dagorda , Brenha (seção superior) e Grés Superiores (base da seção inferior) para o poço Moreia- 1, e Dagorda e Coimbra para o poço 14A-1.

Recomendações

Visando complementar este estudo sugerimos a realização dos seguintes estudos: 1) estudo microtermométrico das várias gerações de inclusões de petróleo; 2) medidas da fluorescência das várias gerações de inclusões de petróleo; e 3) análises geoquímicas (biomarcadores e isótopos de carbono) do óleo das inclusões se a quantidade de óleo for suficiente”

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