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Tight Oil ( Shale Oil-Petroleo de xisto) em Portugal!!! Em quantos Locais?

 

Tight OIl

Em 2011 a Mohave Oil and Gas, anunciou uma “joint venture” (acordo) com a Sorgenia B.V. e a Rohol Aufsuchungs Aktiengesellschaft (RAG), para a avaliar fontes não convencionais na Bacia do Porto. As corporações estudaram 1,821Km2. Os trabalhos estiveram na segunda fase até 2014. A Mohave anunciou que não iria para a fase seguinte se não encontrasse financiamento. A Mohave Oil mostrava-se excitada com o acordo para avaliar a fonte de Tight oil na Lower Jurassic (Lias), mas no fim do ano anunciou o abandono das operações. No Barreiro tudo indica que uma das formas de hidrocarbonetos será o Tight Oil, como decerto em muitas outras localidades on shore. E quem sabe nas muitas concessões off shore? Toda a bacia Lusitaniana é considerada a potencial fonte de Tight Oil ( como também de shale gas) ambas necessitam de técnicas como o Fracking.

No poço (ALJ-3) perfurado pela Mohave Oil em Aljubarrota foi para confirmar a presença de Tight Oil no Jurrasic Reef.

O que é o tight Oil?

T.Oil é um petróleo convencional encontrado dentro de reservatórios com muito baixa permeabilidade. Para ser economicamente viável para fluir para o poço de extração sem assistência de tecnologia avançada de perfuração e completion processe, é utilizada normalmente  perfuração horizontal e fracturação para aceder a este tipo de petróleo.

É uma fonte já conhecida há muito das corporações petrolíferas, mas muito cara. Mas, agora com a escassez do petróleo convencional (de fácil acesso) as corporações estão obrigadas a investir nessas tecnologias e avanças para formas de gás e petróleo não convencionais, como o Tight Oil.

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Tipos de “Plays” Tight Oil

Na indústria do gás os depósitos de gás ou petróleo são classificados de “Plays”, que são diferenciadas pela geologia e na tecnologia necessária para produzir petróleo.

Halo Oil

As propriedades do reservatório não tão favoráveis como aquelas dentro da área anteriormente explorada. Necessita de novas tecnologias, como a perfuração horizontal.

Shale Oil

O material da rocha é predominantemente rico em material orgânico que contém petróleo. A rocha é ao mesmo tempo a fonte e o reservatório.

Passos para produção de Tight oil

  • No primeiro ano Identificação das fontes através de testes sísmicos indicadores e petróleo.
  • Depois aquisição das terras, e permissão para perfurar, e recolher amostras.
  • No terceiro ano, avaliação através de produção piloto. Perfuração de poços horizontais e determinar o potencial de produção. Alguns níveis de fracturação poder ser necessária a esta altura e planeamento e aquisição de linhas para oleodutos e estações de tratamento e armazenamento do gás e do petróleo.
  • Quarto ano, testes de produção piloto. Perfuração de vários poços horizontais. Otimização das técnicas de perfuração e fracturação. Planeamento e aquisição de direito á construção de oleodutos.
  • Quinto ano, desenvolvimento comercial. Aprovação do governo para a construção de infraestruturas e técnicas aplicáveis para extração identificadas durante a avaliação. Otimização das técnicas para extração (poços horizontais e fracturação)
  • No 10º ano, Projecto completo e direito a reclamar ao desenvolvimento de poços para extração dentro dos regulamentos nesta parte final.

A tecnologia da perfuração Horizontal

O propósito da tecnologia é aumentar o contacto entre o reservatório e o final do poço. Os poços são perfurados na vertical até uma profundidade que pode ir normalmente dos 1000m ao 3000m acima das reservas e depois é “Kick off” (virado) para um angulo até ficar paralelo ao reservatório. Depois de estar em posição, pode-se estender até 3 ou 4 km. Esta ponta final do poço é conhecida como  “Horizontal Leg”.

 Fractura Hidraulica

Os reservatórios de Tight oil necessitam de alguma forma de estimulação depois do poço ser aberto. O estímulo mais comum utilizado pela indústria petrolífera é referido como Fracturação hidráulica ou Fracking. Este processo implica injectar fluidos no wellbore (poço de produção) já existente ou criar novas fracturas ou caminhos por onde o gás ou petróleo possam fluir para o poço. Isto deve-se á muito baixa permeabilidade das rochas, que não permite o fluir do gás ou petróleo retidos na rocha. Para criar as fraturas, são bombeados fluidos, constituídos por água, químicos e areia. Os químicos são utilizados para reduzir a fricção, evitar o aparecimento de microrganismos e prevenir a corrosão dos materiais. Depois das fraturas estarem abertas, é injectada areia/cerâmica para manter aberta a fractura ceriada. No caso do Tight Oil o processo de fractura hidráulica normalmente envolve múltiplos passos. O volume dos fluidos depende dos níveis de produção depois do tratamento.

Microssísmicas

Estudos Micro sísmicos associados á fractura hidráulica (Fracking) são criados pelo homem no processo de criar caminhos para os hidrocarbonetos fluírem para o poço. As fracturas geralmente são tão pequenas que só lá cabem  grãos de areia ou micro bolas de cerâmica.

Monotorização

Durante as operações de fracturação, é importante saber onde estão as fracturas. Para acompanhar em tempo real o processo de fracturação pode-se utilizar esta técnica ou Pressure responses. No final de estar completa a operação de fracturar, o modelo de microssísmicas pode ser utilizado para definir o limite das fracturas. É utilizado também para definir fontes recuperáveis, áreas de estimulação insuficiente, e assegurar a proteção dos lençóis de água.

Produção Inicial

Depois de ser aberto o poço até ao reservatório, fratura-se a rocha com Tight Oil, são utilizados métodos convencionais para a produção. Isto é realizado com grandes bombas.

Infill Drilling

Em muitos casos, a operaçõe é utilizada para aumentar a produção de petróleo do campo de extração convencional já existente. A tecnologia foi criada para expandir as fronteiras da zona de produção (Sweet spot) dentro da formação petrolífera.

Construção dos poços

O primeiro paço crítico na construção de um poço é a proteção dos lençóis de água. Existem 3 tipos de caixas que são individualmente preenchidas com cimento para criar várias barreiras. Isto é realizado para assegurar que o poço está adequadamente acimentado e capaz de aguentar a pressão associada ao Fracking. Antes da estimulação o poço é testado com pressão para assegurar a sua integridade .

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Os impactos para o ambiente e para a saúde humana são conhecidos pelos estudos das consequências no fracking na extracção de gás de xisto…

2015: Shale Gas (gás de xisto) No Alto Alentejo… e Algarve

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Portugal fracturado ao meio?

Alto Alentejo na mira da obsessão petrolífera. Segundo declarações de António Costa Silva, da Partex Oil and Gas à RTP a localidade de Estremoz/Serra D’Ossa são zonas com possibilidades de armazenar gás natural suficiente para exploração. O LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) refere que “temos de ter investidores que estejam apostados a investir em Portugal, que vejam que o investimento lhes vai trazer uma mais-valia económica no final.” Estas localidades juntam-se ás da zona litoral da estremadura, Bombarral, Cadaval e Alenquer como áreas de gás de xisto (shale gas) em Portugal, na bacia do Algarve também se identificou uma possibilidade de gás de xisto para exploração. António Costa diz que “Portugal está numa situação desolada e triste” porque ignora estes polos económicos, “há um processo de gaseificação da economia americana” realçou tentando passar uma boa imagem da exploração de shale gas nos EUA. Segundo Joaquim Góis, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) “É o gás de xisto também, na sua fase de exploração, aquele que levanta problemas ambientais”. Mesmo Sabendo dos problemas que a extração de gás de xisto esta a provocar nos EUA, Canadá, etc, mesmo depois de vários países europeus não só terem proibido o Fraking (técnica necessária á extração do gás de xisto por perfuração horizontal e fracturacão hidráulica) Teresa Pontes, presidente do LNEG disse “é preciso sabermos de antemão, que  para perfurar o solo e partir a rocha para extrair o gás, não vamos atingir aquíferos”. Um artigo da RTP acaba com esta frase: “Os peritos pedem agora mais estudos e que se mantenha a discussão pública.

A Serra D’Ossa desde os anos 50 que sofreu uma mudança profunda no seu ecossistema com a plantação massiva de eucaliptos, desequilibrando para sempre a sua biodiversidade. É casa da Águia-de-Bonelli, um dos animais em perigo de extinção em Portugal, devido à caça (ilegal), envenenamento e choque contra as linhas elétricas, e grandemente devido às perturbações e alterações do seu habitat. habitat da Gineta, espécie protegida, caçada regularmente nas armadilhas para predadores nas reservas de caça, sendo regularmente ignorado o seu estatuto de espécie protegida. A Cobra de Capuz, com um estatuto de conservação vulnerável, devido maioritariamente á destruição do seu habitat. Nos anfíbios o Sapo-parteiro-ibérico, com estatuto de conservação pouco preocupante, pode estar em perigo devido á destruição e habitat e alterações climáticas.

As suas plantas belas como a Rosa-Albardeira, outras com estatuto de preservação como o Orvalho-do-Sol, e muitas outras tradicionalmente usadas pela população local, para medicina tradicional e tradição gastronómica estão em perigo, mesmo depois de sobreviver a 6.000 hectares de Eucalipto.

Às espécies animais referidas acima, devemos juntar a Cegonha Preta, o Bufo Real, a Lontra e os Morcegos.

O Centro de Educação e Interpretação Ambiental da Serra D’Ossa (CEIA), inaugurado em 2002, deixa um apelo: “Pensamos ser este o momento ideal para as entidades competentes traçarem um destino para a Serra, que passe nomeadamente pela divulgação e valorização do património natural nela existente, englobando necessariamente iniciativa privada e poder local. Pelo nosso lado, esse continua a ser o nosso sonho e faremos tudo ao nosso alcance para a sua concretização, promovendo e protegendo o rico e diversificado património existente na Serra d’Ossa”.Em Estremoz existe o Centro de Ciência Viva, “local onde a ciência e a tecnologia rompem os laboratórios…”. Um dos seus principais projectos é a colaboração com a escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, principalmente através do laboratório de investigação de Rochas Industriais e Ornamentais e do centro de geofísica de Évora, para descobrir como funciona a terra, “Um planeta maravilhoso onde todos os fenómenos aparecem interligados”.

No Algarve as shale gas estão na área offshore (no Mar). Na bacia do Algarve também se estudam os Mud Vulcanoes (erupções de água e lama/barro), acompanhadas por gás metano. Uma das melhores fontes de informação sobre shales, e natureza dos materiais.

“Leões, tigres, elefantes, pandas, tubarões, baleias, morcegos, praticamente todos os anfíbios e muitos outros animais estão seriamente ameaçados de desaparecerem para sempre, devido a factores tão diversos como perda/destruição do habitat natural, alterações climáticas, poluição, caça furtiva e tráfico.”

O que é afinal o abandono? Que animais são considerados em estado de abandono? Porque razão o abandono animal não deve abranger apenas os animais deixados na rua?

Por estas razões o abandono animal não é só o ato de jogar o animal na rua ou num canil municipal. O conceito de abandono é bem mais alargado e engloba uma boa parcela de outros animais em situação de risco.”  Mundo dos animais.PT

“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, então o homem só terá mais quatro anos de vida. Sem abelhas não há mais polinização, não há mais plantas, não há mais animais, não há mais homem.”

Albert Einstein

ENI. Petrolífera vem queimar Portugal

ENI (Agip)… Itália explora Portugal…

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A ENI, petrolífera italiana comprou 70% das Explorações offshore na costa do Alentejo. A proprietária dos blocos é a Petrogal subsidiária da Galp Energia. A venda foi assinada no dia 19 de Dezembro pelo Ministro do Ambiente e Energia, Jorge Moreira da Silva, a licença de exploração tinha sido dada á Petrogal em 2007 e tinha acabado em Outubro deste ano. A ENI é agora parceira da Galp que ficou reduzida a 30% da exploração perdendo a liderança do projecto. O novo acordo para os trabalhos vão até Outubro de 2015. A Galp precisava deste acordo para poder explorar por mais um ano. A Galp já gastou 70 milhões de euros em estudos sísmicos e estudos do mar,  a proxima fase envolve a perfuração de poços nos Blocos Lavagante, Santola e Gamba numa área de 9.100 km2. A Eni detêm 8% das acções da Galp, que pretende vender em 2015. O governo decidiu que não são necessários estudos de impacto ambiental para os trabalhos no Alentejo e Algarve, pois as explorações são convenientemente muito longe de terra, para serem necessários. Todos os aspectos dos trabalhos são controlados pelas corporações.

A ENI é a maior empresa industrial Italiana, e está presente em 79 países. Foi criada depois de ser pedido o fim da Agip, depois da segunda guerra mundial. A Agip foi a empresa estatal de petróleo criada pelo regime fascista. Enrico Mattei, encarregado de desmantelar a empresa, manteve e aumentou a antiga estrutura sob o nome de Ente Nazionale Idrocarburi (ENI). Iniciou conceções no Médio Oriente e acordos com os Russos. Mattei introduziu o princípio de que os países possuidores das reservas exploradas receberiam 75% dos lucros. Mattei morreu num estranho acidente aéreo. O Governo Italiano detêm 30%, 26% são detidos pela Cassa Depositi e Prestiti, o People’s Bank of China detêm 2%…

A petrolífera tem trabalhado em várias áreas, Construção, energia nuclear, energia, mineração, químicos, plásticos, maquinaria, indústria hospitalar, indústria têxtil e noticias. Através da sua subsidiária Saipem opera no on shore e offshore. Em 2012, em colaboração com a Zeitecs anunciou a primeiro sistema ESP retrievable wireline/rigless para offshore, para ser Utilizado no Congo. A outra corporação que entrou no projecto foi a Baker Hughes, da qual foi encontrado um rótulo de um aplicante químico para perfuração, no poço abandonado pela Mohave Oil este ano, em Alcobaça. Esta tecnologia foi instalada a primeira vez em poços do médio oriente, em Omã, onde a Partex Oil and Gas também têm interesses como em Portugal e Angola. A Galp e a ENI são também parceiras em Angola. A ENI é parceira da Galp em 5 projectos, incluindo 4 offshore e um de gás, o Angola LNG II.

Em 2009 a Comissão Europeia apresentou uma moção de falta de confiança na ENI depois de esta ter conspirado para que os competidores (Rússia) utilizassem os seus gasodutos. Em 2009 também foi acusada de corrupção, devido a declarações do embaixador dos EUA sobre as concessões no Uganda. Os subornos foram aceites pelo primeiro ministro de Uganda, Amama Mbabazi. Alessandro Bernini CEO da ENI teve de resignar ao cargo depois de acusações de corrupção na Saipem, sendo substituído por Massimo Mondazzi em 2012.

 

 

 

Alentejo e petroleo

A Galp vai começar a procurar petróleo na bacia do Alentejo a partir de Agosto.

cockpitautomovel mapa petróleo em Portugal

 

A empresa já tem um navio sísmico a fazer uma ecografia da costa a norte de Lisboa, e espera terminar toda a prospecção até ao final deste ano, afirmou ontem o presidente da petrolífera, Ferreira de Oliveira

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=973152

A estatal brasileira Petrobras está em negociações para comprar à Tullow Oil a posição de 50% nos blocos offshore de exploração de petróleo em Portugal. A notícia está a ser avançada pelo The Wall Street Journal, que cita a Agência Estado.

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1482378

“No contrato original tínhamos a obrigação de decidir, este ano, se íamos perfurar ou abandonar o bloco. O que decidimos foi não perfurar, entregar à DGE as razões porque decidimos não o fazer e ainda dizer que, para interpretar a informação recolhida, precisamos de mais um ano”, disse o CEO da Galp, Ferreira de Oliveira, ontem na apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

http://www.dinheirovivo.pt/Empresas/Artigo/CIECO150203.html

O petróleo é uma fonte de energia não renovável, de origem fóssil, sendo uma matéria-prima fundamental nas indústrias petrolíferas e petroquímicas.

http://www.alentejolitoral.pt/PortalIndustria/Energia/Energiastradicionais/Petroleo/Paginas/Petroleo.aspx

 

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“Fomos contactados pelo secretário de Estado da Energia, que nos informou que o Governo ia assinar um protocolo com a empresa canadiana para a prospecção de gás e petróleo em vários locais da Península de Setúbal, entre os quais o Barreiro”, disse Carlos Humberto à agência Lusa.
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?did=97300