Arquivo de etiquetas: ALGARVE

Potencial para “Plays” de “Shale Gas” da Formação de Mira – (Carbónico, Sul de Portugal).

Será que foi aqui que começou o interesse pelo onshore no Algarve?

Este slideshow necessita de JavaScript.

( Algarve, Estremadura, Alto Alentejo e Baixo Alentejo estudados para gás de xisto. Podes ver os mapas das concessões e áreas identificadas )

Mais uma área estudada para Shale gas (Gás de Xisto), o Alentejo continua a ser de Norte a Sul estudado para se descobrir fontes de gás não convencional depois do alto Alentejo na Serra da Ossa, também se procura no Baixo Alentejo.

Potencial para “Plays” de “Shale Gas” da Formação de Mira – (Carbónico, Sul de Portugal).

O Grupo do Flysch do Baixo Alentejo tem vindo a ser apontado como um potencial “play” de “shale gás especialmente na Formação de Mira. Para tal, foram realizadas análises sobre 32 amostras, 26 pertencentes à Formação de Mira e 6 já pertencentes à base da Formação Brejeira, para determinar o grau de maturação (Cristalinidade da Illite) e os parâmetros de geoquímica orgânica (Rock-Eval Pirólise), sendo posteriormente relacionados com dados previamente existentes. A Zona Sul Portuguesa (ZSP) e o seu Grupo do Flysch do Baixo Alentejo (GFBA) foram considerados como potenciais geradores de gás natural não convencional (shale gas). Foram recolhidas algumas amostras das formações Mira e Brejeira. O estudo aqui foi desenvolvido para uma tese de Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas no Instituto Superior Técnico (IST), tendo sido realizado no sector central da ZSP, entre as cidades de Almodôvar (distrito de Beja) e Monchique, as análises de geoquímica orgânica foram devidamente embaladas e enviadas para os laboratórios GeoData em Sehnde, Alemanha, os resultados sugerem um estado de maturação avançado para todas as amostras, entre a janela do gás húmido e a sobrematuração. Os resultados de Rock-Eval sugerem um potencial gerador baixo, com indicadores de presença de hidrocarbonetos. Considerando a totalidade do conjunto de dados, as formações parecem ter tido algum potencial gerador aquando da sua deposição tendo gerado e expelido hidrocarbonetos entre o fim do Paleozoico e o início do Mesozoico (Triásico).

“CONCLUSÃO

A Formação de Mira, bem como todo o GFBA no geral, apresenta um elevado grau de maturação e aparenta ter esgotado o seu potencial gerador. Contudo é de salientar que a existência de picos S1 do ensaio de Rock-Eval sugerem a existência de hidrocarbonetos gerados e aprisionados na formação, ainda que em baixas quantidades. Esta situação, aliado à complexa geometria, intercalação de grauvaques e os prováveis custos associados à logistica, limitam severamente a atractividade da região perante a industria petrolífera. Existe no entanto a possibilidade de estas formações terem alimentado um sistema petrolífero com reservatórios convencionais Mesozóicos a Sul, no Algarve, assumindo que exista uma concordância de “Timings” entre maturação, reservatório, selo e armadilha.

“Agradecimentos

PARTEX OIL&GAS (Financiamento de Rock-Eval pirólise e TOC)

Prof. Doutor António Costa e Silva (Orientador)”

Pedro Branco1 , Nuno Pimentel2

1 Instituto Superior Técnico, Engenharia Geológica e de Minas

2 Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Informação retirada de documento apresentado no IV Congresso Jovens Investigadores em Geociências, LEG 2014. “Potencial para “Plays” de “Shale Gas” da Formação de Mira (Carbónico, Sul de Portugal).

O povo queria ser “Doutor/Engenheiro” para viver melhor. Pelo caminho esqueceu-se de quem foi! Queria conhecimento para poder ser! E hoje o que é?

Se a biosfera se satura de venenos letais, se o meio ambiente se degrada e polui, se o encombrement ameaça sofucar, afogar e paralisar o homem, todos devem saber se ainda vão a tempo de emendar a civilização, de se defender e de preparar um mundo habitável aos que vierem” . O Suicídio da Humanidade; Lucien Barnier, Cadernos do Século 1970 ( Ano Europeu da Conservação da Natureza.) 

 

Aljezur

A Portfuel, do empresário Sousa Cintra, assina concessões para a exploração de petróleo nas áreas de Aljezur e Tavira, onde será feita pesquisa em terra com métodos tradicionais.

A prospecção, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo relativos à área na zona emersa da Bacia do Algarve, entre o Estado Português, representado pela Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC) e a empresa Portfuel, Petróleos de Portugal, Lda.

O presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Paulo Carmona, afirmou à Lusa que os contratos de concessão, pesquisa, desenvolvimento e produção de petróleo nas prevêem apenas pesquisa em terra, com recursos a métodos tradicionais, por um período de quatro anos. Se houver exploração ou sondagem com métodos não convencionais, por exemplo ‘fracking’ (fractura hidráulica) /‘shale gas’ (gás de xisto), terá de ser feito um estudo ambiental.

Antes de se saber destas concessões, já existam vários grupos contra as explorações de petróleo (offshore), que quando souberam de mais concessões desta vez em onshore (terra) iniciaram acções de informação e campanhas anti exploração petrolífera.

O debate foi organizado pela Contramaré, e reúne um conjunto de oradores de disciplinas diferentes. No dia 21 de Novembro de 2015 na sede da Contramaré em (Portimão), foi realizado um debate.

“A Contramaré reúne um conjunto de oradores de disciplinas diferentes em ambiente de conversa abrangente, isenta e imparcial, em contributo da informação e da compreensão da temática.”

No dia 25 de Dezembro houve uma secção de esclarecimento:

Os Amigos da Costa Vicentina em colaboração com a ASMAA – Algarve Surf and Marine Activities Association organisaram uma Sessão de Esclarecimento sobre a exploração de petróleo e gás natural em Aljezur  no Auditório da Escola EB I / JI de Aljezur.

Deixaram estes pontos:

“Vemos com muita apreensão o futuro do Algarve tendo em conta os possíveis impactos que uma medida destas pode ter numa região com uma elevada dependência do turismo e do mar, com uma elevadíssima biodiversidade. Salientamos alguns dos principais impactos nocivos que esta actividade poderá trazer para o concelho:

  1. ocasionados pela incompatibilidade entre uma região de turismo que se quer de excelência e a exploração de petróleo e gás;
  2. 
resultantes de um aumento da intensidade e frequência da actividade sísmica numa região onde não se pode ignorar o elevado risco sísmico e a possibilidade de ser atingida por um tsunami;
  3. provenientes de um possível acidente tanto na fase de prospecção, como na fase de exploração ou no transporte de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), originando graves problemas ambientais e sociais.

Os referidos impactos terão consequências na saúde, na degradação da qualidade de vida das populações e na fauna e flora marinhas.”

No dia 27 de Novembro foi organizado um debate na biblioteca municipal de Tavira. 

No dia 28 de Novembro foi organizado um encontro no mercado municipal de Faro.

No dia 29 de Novembro foi organizada uma marcha nas ruas de Tavira.

” A reunião climática COP21 vai começar no fim de Novembro. Por todo o mundo, vamos mostrar aos governos que a sociedade civil é mobilizada para assegurar que são tomadas medidas justas e efectivas que farão frente ao aquecimento global. junta-te a nós”

No dia 16 de Dezembro

Foi realizada uma sessão de esclarecimento sobre a exploração de petróleo e gás de xisto no Algarve  no salão dos Bombeiros de Vila do Bispo. Uma iniciativa do grupo “Stop Fracking Vila do Bispo”.

A sessão, aberta a todos os interessados, contará com a presença de elementos da ASMAA (Algarve Surf & Marine Activities Association) e da PALP.

O concelho de Vila do Bispo insere-se na área do contrato “Aljezur”, que foi concessionado à PortFuel, do empresário algarvio Sousa Cintra.

Na concessão Aljezur os seguintes concelhos estão inseridos dentro da área de concessão:

  1. Aljezur
  2. Vila do Bispo
  3. Lagos
  4. Portimão, e
  5. Lagoa

A Câmara Municipal de Aljezur já se manifestou, em nota pública, a sua «frontal oposição» à exploração de hidrocarbonetos no Algarve, criticando a falta de informação sobre todo o processo, e a  Assembleia Municipal de Vila do Bispo tinha já condenado, em moção apresentada pelo Bloco de Esquerda na semana anterior – moção esta que foi aprovada por maioria mas com três abstenções – a prospeção e eventual exploração de hidrocarbonetos no mar e em terra, no Algarve.

Um exemplo para o Oeste?

2015: Shale Gas (gás de xisto) No Alto Alentejo… e Algarve

transferir transferir (1)

Portugal fracturado ao meio?

Alto Alentejo na mira da obsessão petrolífera. Segundo declarações de António Costa Silva, da Partex Oil and Gas à RTP a localidade de Estremoz/Serra D’Ossa são zonas com possibilidades de armazenar gás natural suficiente para exploração. O LNEG (Laboratório Nacional de Energia e Geologia) refere que “temos de ter investidores que estejam apostados a investir em Portugal, que vejam que o investimento lhes vai trazer uma mais-valia económica no final.” Estas localidades juntam-se ás da zona litoral da estremadura, Bombarral, Cadaval e Alenquer como áreas de gás de xisto (shale gas) em Portugal, na bacia do Algarve também se identificou uma possibilidade de gás de xisto para exploração. António Costa diz que “Portugal está numa situação desolada e triste” porque ignora estes polos económicos, “há um processo de gaseificação da economia americana” realçou tentando passar uma boa imagem da exploração de shale gas nos EUA. Segundo Joaquim Góis, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) “É o gás de xisto também, na sua fase de exploração, aquele que levanta problemas ambientais”. Mesmo Sabendo dos problemas que a extração de gás de xisto esta a provocar nos EUA, Canadá, etc, mesmo depois de vários países europeus não só terem proibido o Fraking (técnica necessária á extração do gás de xisto por perfuração horizontal e fracturacão hidráulica) Teresa Pontes, presidente do LNEG disse “é preciso sabermos de antemão, que  para perfurar o solo e partir a rocha para extrair o gás, não vamos atingir aquíferos”. Um artigo da RTP acaba com esta frase: “Os peritos pedem agora mais estudos e que se mantenha a discussão pública.

A Serra D’Ossa desde os anos 50 que sofreu uma mudança profunda no seu ecossistema com a plantação massiva de eucaliptos, desequilibrando para sempre a sua biodiversidade. É casa da Águia-de-Bonelli, um dos animais em perigo de extinção em Portugal, devido à caça (ilegal), envenenamento e choque contra as linhas elétricas, e grandemente devido às perturbações e alterações do seu habitat. habitat da Gineta, espécie protegida, caçada regularmente nas armadilhas para predadores nas reservas de caça, sendo regularmente ignorado o seu estatuto de espécie protegida. A Cobra de Capuz, com um estatuto de conservação vulnerável, devido maioritariamente á destruição do seu habitat. Nos anfíbios o Sapo-parteiro-ibérico, com estatuto de conservação pouco preocupante, pode estar em perigo devido á destruição e habitat e alterações climáticas.

As suas plantas belas como a Rosa-Albardeira, outras com estatuto de preservação como o Orvalho-do-Sol, e muitas outras tradicionalmente usadas pela população local, para medicina tradicional e tradição gastronómica estão em perigo, mesmo depois de sobreviver a 6.000 hectares de Eucalipto.

Às espécies animais referidas acima, devemos juntar a Cegonha Preta, o Bufo Real, a Lontra e os Morcegos.

O Centro de Educação e Interpretação Ambiental da Serra D’Ossa (CEIA), inaugurado em 2002, deixa um apelo: “Pensamos ser este o momento ideal para as entidades competentes traçarem um destino para a Serra, que passe nomeadamente pela divulgação e valorização do património natural nela existente, englobando necessariamente iniciativa privada e poder local. Pelo nosso lado, esse continua a ser o nosso sonho e faremos tudo ao nosso alcance para a sua concretização, promovendo e protegendo o rico e diversificado património existente na Serra d’Ossa”.Em Estremoz existe o Centro de Ciência Viva, “local onde a ciência e a tecnologia rompem os laboratórios…”. Um dos seus principais projectos é a colaboração com a escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora, principalmente através do laboratório de investigação de Rochas Industriais e Ornamentais e do centro de geofísica de Évora, para descobrir como funciona a terra, “Um planeta maravilhoso onde todos os fenómenos aparecem interligados”.

No Algarve as shale gas estão na área offshore (no Mar). Na bacia do Algarve também se estudam os Mud Vulcanoes (erupções de água e lama/barro), acompanhadas por gás metano. Uma das melhores fontes de informação sobre shales, e natureza dos materiais.

“Leões, tigres, elefantes, pandas, tubarões, baleias, morcegos, praticamente todos os anfíbios e muitos outros animais estão seriamente ameaçados de desaparecerem para sempre, devido a factores tão diversos como perda/destruição do habitat natural, alterações climáticas, poluição, caça furtiva e tráfico.”

O que é afinal o abandono? Que animais são considerados em estado de abandono? Porque razão o abandono animal não deve abranger apenas os animais deixados na rua?

Por estas razões o abandono animal não é só o ato de jogar o animal na rua ou num canil municipal. O conceito de abandono é bem mais alargado e engloba uma boa parcela de outros animais em situação de risco.”  Mundo dos animais.PT

“Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, então o homem só terá mais quatro anos de vida. Sem abelhas não há mais polinização, não há mais plantas, não há mais animais, não há mais homem.”

Albert Einstein

Algarve e petroleo

 

Petróleo no Algarve

Há, efectivamente, petróleo no Algarve, e a prova disso é que a empresa [a petrolífera espanhola Repsol] só faz este investimento [na prospecção no mar entre Faro e Vila Real de Santo António] se tivesse a certeza”

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/petroleo-no-algarve

A Repsol e a RWE tinham ganho os contratos para pesquisa e exploração de petróleo e gás natural em águas ultraprofundas, ao largo da costa do Algarve, em Julho de 2002. No entanto, a adjudicação final foi sendo travada durante os anos seguintes.

http://www.publico.pt/economia/noticia/repsol-assina-contrato-de-exploracao-de-petroleo-e-gas-no-algarve-na-proxima-sextafeira-1517334

Os blocos petrolíferos localizados em águas profundas da costa algarvia, licitados pelo consórcio da espanhola Repsol e dos alemães da RWE, vão começar a ser explorados


Ler mais:
http://expresso.sapo.pt/repsol-com-luz-verde-para-explorar-petroleo-e-gas-natural-no-mar-algarvio=f680614#ixzz2UzUyWyDW

As grandes empresas petrolíferas movimentam-se cruzando participações nos blocos em prospecção

http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/132981.html

O deputado do PSD Mendes Bota veio hoje denunciar o negócio à volta da exploração de gás natural e petróleo no Algarve. Avisa que não há estudo dos riscos e as contrapartidas para o Estado são insuficientes

http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1366038.ece

A Repsol concluiu os trabalhos de recolha de dados geofísicos 3D nas suas concessões «Lagosta» e «Lagostim», no deep offshore da Bacia do Algarve, no passado dia 6 de Maio.

Os estudos e a avaliação das estruturas identificadas com potencial em hidrocarbonetos, levarão a definir a localização de uma primeira sondagem de pesquisa em 2014.

Para isso contou com a empresa especializada Polarcus, através do navio sísmico 3D/4D Polarcus Naila de última geração.

http://www.tvi24.iol.pt/economiaempresas/repsol-petroleo-algarve-hidrocarbonetos-agencia-financeira/1350168-1728.html

Polarcus-Naila      545684_382308978470935_100000755080694_1046366_2070074619_n[1]

Vulções de gás natural! ( Zona económica Portuguesa)?

Vulcões de lama com potencial para exploração energética.

Fala-se muito de energias renováveis, sustentáveis e equilibradas ecologicamente. Mas as apostas das corporações, os apoios da UE e a necessidade das universidades continuam a ser em energias fosseis com interesse económico e não cientificamente preocupado com as condições de vida natural do ecossistema em redor dos locais de exploração.

indexPortugal desde 2007 está publicamente marcado como zona de fornecimento de gás natural e petróleo, os cientistas gostam porque tem subsídios, os economistas e políticos apoiam porque lhe dá poder, as corporações investem porque querem rendimento, o povo paga em dinheiro , saúde e nas condições de vida.

Vulcões de lama com hidratos de gás, com potencial para a exploração energética, foram descobertos ao largo da costa portuguesa, entre os Açores e Gibraltar, anunciou a Universidade de Aveiro. Situados a 180 km a sudoeste do Cabo São Vicente e a uma profundidade de 4.500 metros numa extensão de 15 km, os cientistas dizem “ser uma possível, e muito importante, fonte de energia” do futuro. E que a descoberta pode se prolongar para oeste e obter uma extensão maior que aquela que os investigadores já conhecem.

Os vulcões foram encontrados por uma equipa luso-germânica , abordo do navio oceanográfico “Meteor”, participaram os investigadores Vítor Hugo Magalhães, Marina Cunha e Ana Hilário, da universidade de Aveiro. A expedição foi realizada no âmbito do projeto SWIMGLO, uma parceria com a UA, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Faculdade de Ciências de Lisboa e o instituto alemão GEOMAR, inserido no programa Helmholtz, e no âmbito do programa Europeu MVSEIS.

Luís Pinheiro, coordenador do projeto de investigação, da Universidade de Aveiro diz “ O facto de encontramos gás ao longo da zona de falha dos Açores-Gibraltar, alarga muito a nossa expetativa de encontrar mais depósitos nessa área”

Luís Pinheiro tem-se dedicado desde 1999 à descoberta de vulcões de lama na margem sul portuguesa e no Golfo de Cádis.

Segundo explica, os hidratos de gás, que formam uma estrutura cristalina entre moléculas de metano e moléculas de água “são um potencial recurso energético futuro porque 1cm3 de hidratos liberta por dissociação cerca de 160 cm3 cúbicos de gás natural. Luís Pinheiro esclarece que a tecnologia para os explorar “está ainda em desenvolvimento, mas caminha no sentido de um dia permitir que os hidratos possam ser explorados tal como se faz hoje com o gás natural.

O sistema de falhas estudado foi originado pela convergência entre placas tectónica africana e euroasiática nos últimos milhões de anos, vai dos Açores até Gibraltar e continua pelo mediterrâneo , mas pensávamos que só no Prisma Acrecionário do Golfo de Cádis é que estava o grosso dos vulcões de lama e das estruturas de escape de fluidos ricos em hidrocarbonetos. O próximo passo é “fazer trabalhos detalhados nessas zonas, explorá-las melhor para ver se existem ou não hidratos e ocorrências de gás em quantidades exploráveis”.

Lembrar que a Zona do Algarve já esta marcada para exploração de gás natural off shore:

NA TERRA E NO MAR

Além da Mohave, cujo negócio é descobrir petróleo – assim que o encontra, vende-o -, outras empresas petrolíferas acreditam no potencial de Portugal para a produção comercial: a Galp, a Partex, a espanhola Repsol, a brasileira Petrobras, e a alemã RWE. Mas estas procuram no mar. O consórcio Petrobras/Galp/Partex tem quatro concessões (blocos) na bacia de Peniche. O da Petrobras/Galp tem três concessões na bacia do Alentejo. O da Repsol/RWE tem duas concessões na bacia do Algarve. Ou seja, em Portugal, neste momento, está a fazer-se pesquisa e prospeção em alguns blocos de quatro bacias sedimentares – Lusitânica, Peniche, Alentejo e Algarve.”

00 petroleo

Seminário_INUAFSeminário_INUAF_b

Amêijoas gigantes nas profundezas

Marina Cunha, investigadora da UA, identificou junto dos vulcões “alguns animais quimiossintéticos (sem energia solar utilizam o metano que exala dos vulcões como fonte de energia), alguns dos quais já conhecidos dos vulcões mais profundos do golfo de Cádis.

“São com amêijoas gigantes. Pensamos tratar-se da mesma espécie que existe ao largo de Angola em zonas quimiossintéticas encontradas próximas de reservas de petróleo e de gás”, explica a bióloga.

Marina Cunha também trouxe ainda provas da existência de campos de Frenulata, vermes que estão ligados ao escape de fluídos junto dos vulcões de lama. “A densidade destas comunidades levam-nos a crer que a zona seja particularmente ativa em termos de emissões de gás.”

Fracturamento Hidraulico (Gas Fracking)

Image

Fraturamento hidráulico ( fracking gás)

È a propagação de fracturas numa camada de rocha causada pela presença de líquidos pressurizados. Formam-se naturalmente, no caso de veios ou diques, e é um meio pelo qual o gás e o petróleo de fontes rochosas podem “migrar” para reservatórios de rocha.

As empresas de gás e petróleo podem tentar acelerar o processo para libertar petróleo, gás natural, gás de carvão (hulha Gás), ou outras substâncias para extracção, a técnica é chamada de Fraking (fractura) ou hidrofracking. È realizado perfurando um “poço” nas formações rochosas. A energia produzida pela injecção de líquidos altamente pressurizados, cria novos túneis nas rochas que pode aumentar a quantidade para extrair e recuperar combustíveis fosseis. Os operadores tipicamente controlam o declínio das farturas usando “ propante” no líquido injetado, material, como areia, cerâmica, etc, que impedem que as facturas se fechem quando se para a injecção.

Existe hidráulico de baixo volume usado para estimular reservatórios com alta permeabilidade, que pode consumir entre 75.000 a 30.000 litros de líquidos por poço.

E existe também de alto volume que pode usar até 10 a 11 milhões de litros de líquidos por poço, utilizado na extração de tight gás (gás estanque) e poços de shale gás (Gás de xisto). Esta ultima foi banida em alguns países devido aos problemas ambientais, de saúde e segurança.

Produzir fraturamento hidráulico

  • A técnica é utilizada para restaurar a quantidade a que os líquidos como o petróleo, agua ou gás natural pode ser produzido desde reservatórios subterrâneos naturais. Os reservatórios são geralmente pedras de areia porosas, calcária ou rochas de dolomite, mas também inclui “reservatórios não convencionais” como shale rock (rocha de xisto) ou camas de carvão. Permite a produção de gás natural ou petróleo a partir de formações rochosas muito abaixo da crosta terrestre (geralmente 1,500 – 6,100 metros). A tal profundidade, pode não haver condições suficientes, como pressão suficiente que permita o gás natural ou o petróleo sair da rocha para o weellbore (furo criado com a intenção de explorar e extrair recursos naturais) com boa viabilidade económica. Portanto, criando fracturas direccionadas na rocha é essencial para extrair gás de reservatórios de xisto devido á extrema baixa permeabilidade do  (shale) xisto. As fracturas criam caminhos ligando uma área maior do reservatório para o poço, aumentado a área de onde se pode recuperar gás e líquidos da formação alvo. As chamadas “Super – Fracking”, criar fendas mais fundas e largas na terra para libertar mais petróleo ou gás, permitirá às companhias fracturas mais eficientemente.

Método

Para manter as fendas abertas depois de parar a injecção de fluidos, um propante sólido, muitas vezes areias, é acrescentado ao fluido. A fenda é permeável o suficiente para permitir a saida de fluidos da formação. Fluidos da formação podem ser gás, petróleo, água salgada, água fresca, etc.

A localização de uma ou mais fendas ao longo da área do borehole (poço estreito) é controlado por métodos vários que criam ou fecham buracos de lado do wellbore. È tipicamente utilizado em cased wellbores e em que se acede às zonas de fendas, por perfuração nas áreas de reserva.

Tipos de poços

 Geralmente hydraulic fracturing (fraturamento hidráulico) é feito em poços verticais, mas também é possível fazer em poços horizontais.

Poços horizontais contem wellbores onde o drillhole (furo mais pequeno) final é completado na lateral da extensão paralela á rocha contendo a substancia a extrair.

Fracturamento

Os fluidos injectados na rocha são tipicamente, água barrenta, propantes, e aditivos químicos. Adicionalmente, geles, espumas, e gases comprensados, incluindo nitrogénio, dióxido de carbono e ar podem ser ejectados.

Vários tipos de propante são, areia de sílica, areia resinosa e cerâmica feita pelo homem.

Aditivos químicos são aplicados para ajustar o material injectado á situação geológica específica, proteger o poço, e melhorar a operação, o fluido injectado é aproximadamente 98-99,5% de água. Muitas vezes é acrescentado ácido para as perfurações e limpar a área á volta do wellbore. Estes fluidos de facturas contem agentes de gel solúveis em água que aumenta a viscosidade e eficiência na entrega de propante na formação rochosa.

Durante o processo de fracturar, agentes de redução de viscosidade, como oxidantes e encourage flowback.(encorajadores de repatriamento?).

Os fluidos injectados são até certo ponto recuperados e são manejados por diversos métodos, como injecções debaixo de chão, tratamento e descargas, reciclagem, ou temporariamente armazenados em lagos ou contentores enquanto novas tecnologias são desenvolvidos para lidar com os desperdícios de água e aumentar a sua reutilização.

Apesar das concentrações de químicos seja baixa, o fluido pode ser perigoso devido em parte aos hidrocarbonetos captados da formação.

O equipamento utilizado em campos de petróleo e gás natural normalmente utilizam um liquidificador (slurry blender), altas pressões, bombas de alto volume de fractura e um monitor de unidade. Equipamento associado inclui tanques, unidades de armazenamento e lide de propante, ferro tratado a alta pressão, um aditivo químico, etc. equipamento de fracturas operam a vários níveis de pressões e aprofundamento de injecção, pode atingir até 100 MPa (15,000 psi) e 265 L/s (100 barris por minuto).

Emissão de gases libertados para a atmosfera por fractura hidráulica pode ser detectado ao controlar os gases na atmosfera, e pode ser quantificado diretamente via Eddy covariance.

Extracção horizontal

Desde o inicio de 200, avanços na perfuração e na tecnologia tornaram a perfuração horizontal muito mais económica. É particularmente útil em shale oil e formações de gás que não tenham permeabilidade suficiente para produção económica em poços verticais.

Terminologia

Fracture Gradient: A pressão para fracturar a formação a uma profundidade particular dividida pela profundidade. Um Fracture gradient de 18 kPa/m (0,8 psi/foot) implica que a uma profundidade de 3 Km a pressão de 54Pa (8,000 psi) provocará uma fractura hidráulica.

ISIP – Inicitial shut In Pressure : pressão medida imediatamente depois de parar a injecção. O ISIP dá-nos a medida da pressão na fractura no wellbore ao recolher dados do líquido de fricção.

Leakoff – perda de fluido hidráulico do canal para as rochas permeáveis em redor.

Fracturing fluid – fluido usado durante as fracturas hidráulicas no tratamento de petróleo, gás, ou poços de água. Tem duas importantes funções principais.

Abrir e expandir a fractura. E Transportar o proppant através da fractura.

Proppant: partículas suspensas no fluido  que é usado para segurar fracturas abertas depois de um tratamento de hidraulic fracturing, criando um caminho que os fluidos podem seguir. Grãos de areia e material de cerâmica artificial são proppants comuns.

Fracing (Fracking) é uma versão mais pequena de fracturing.

Preocupações ambientais 

Preocupações ambientais devido ao uso de fracturamento hidraulico inclui uma potente contaminação de lençóis de água, riscos na qualidade do ar, e a potencial imigração de gases químicos para a superfície, o lixo, e os efeitos na saúde.

Com o explosivo crescimento de poços de gás natural nos EUA, uma investigação conduzida por Valerie Brow concluiu que em 2007 “ a exposição pública a muitos dos químicos envolvidos em produção de energia irão aumentar, com consequências incertas”

Enquanto a EPA reconhece o potencial de contaminação. A administradora da EPA Lisa Jackson testemunhou num comité do senado “ não estou a par de nenhuma prova em que o processo de fracking por si afectasse os lençóis de água.” Apesar de relatórios que provam o contrário.

Em Janeiro de 2012, um grupo de doutores pediu um muratorium sobre fracking em áreas populacionais até os efeitos na saúde se perceberem melhor.

Emissões gasosas e poluição

 Um grupo de emissões associadas aos gás natural, são as emissões libertadas na combustão. Estas emissões incluem partículas de matéria, Óxidos de azoto, dióxido de enxofre, dióxido de carbono e monóxido de carbono. Outro grupo que esta constantemente a ser libertado para a atmosfera estão ligados directamente ao gás natural em si, que são composto de metano, etano, líquido condensado, compostos orgânicos voláteis (VOCs) que são especialmente fortes no impacto na saúde são benzens, tolueno, etilbenzeno, e wylene. Efeitos na saúde inclui, problemas neurológicos, defeitos de nascença, e cancro.

O ozone já mostrou ter impacto nas função pulmonar, aumento de doenças respiratórias, e é especialmente perigoso no desenvolvimento pulmonar das crianças.

Um estudo da Universidade de Duke examinou metano nos lençóis de água na Pennsylvania e New York, determinou que os lençóis de água tendem a conter maiores concentrações de assinaturas isotópicas de metano e outros geoquímicos indicadores eram consistentes com fracturas nas formações de xisto profundas, mais do que outra fonte.

A contaminação não vem directamente da injecção de químicos injectados fundo nas formações shale rock mesmo por baixo das reservas de água mas das águas desperdiçadas e químicos para instalações de processamento. Os poços de evaporação permitem que os químicos voláteis na água evaporem para a atmosfera e quando chove estes poços tendem a verter e eventualmente verte para os lençóis de água.

Outra maneira pela qual os lençóis de água ficam contaminados relacionado com fracking é dos tubos construídos temporariamente para transportar a agua contaminada para instalações de tratamento. Estes tubos podem verter e em alguns casos partirem-se  perdendo as aguas contaminadas que vão inevitavelmente contaminar os lençóis de água. O transporte em camiões ou barcos torna-se perigoso devido aos acidentes

 Estudos Epidemiológico que podem confirmar ou regular alguma ligação entre as queixas e fracking são virtualmente inexistentes.

Investigadores da Colorado Scholl of Public Health fizeram um estudo relativo aos potenciais efeitos na saúde, e conclui que residentes perto dos poços de gás podem sofrer exposição química, acidentes das operações industriais, impactos psicológicos como depressão, ansiedade e stress.

O  realizador do filme Gasland premiado em Sundance em 2010, disse que toxinas químicas, cancerígenos conhecidos, metais pesados poluem os lençóis de água.

Um relatório do Massachussetts Institute of Tecnology num relatório em 2011 disse “ há preocupações em relação que estas facturas possam penetrar lençóis de água fresca e contamina-las com fluidos do fracturing, mas não existem provas que isto está a ocorrer. Há, no entanto provas de migração de gás natural para lençóis de água em algumas áreas, certamente a maioria relacionadas com erro humano. Existem desafios ambientais adicionais como na descarga e armazenamento dos fluidos tóxicos.

Contaminação Radioactiva

O New York Time noticiou a existência de radiação nas aguas desperdiçadas por Hydraulic fracturing libertadas nos rios da Pennsyvania. A areia contem minerais suaves radioactivos naturais são usadas em raras ocasiões para encontrar e medir fracturas.

Apesar disso, em 2011 os legisladores estatais e federais não requerem teste de radioactividade nas águas tóxicas das perfurações. Na Pennsylvania, onde as perfurações cresceram em 2008, a maioria da água potável abaixo das estações de tratamento não foi testada para a radioactividade desde 2006.

O New York Times também implica a DEP como amiga da inactividade ambiental das empresas, como só “pedir não legislar” ás companhias de gás para tratarem do seu próprio desperdício em vez de as enviar, para estações de tratamento de águas publicas.

Quimicos usados para fracturar.

A água é de longe o maior componente dos fluidos de fracturar. A operação de perfuração inicial só por si pode consumir 246.000 litros a 2.271.000 litros de líquidos de fractura. Durante o tempo médio de vida de um poço pode requer até 21.200.000 milhões de litros de água.

Os aditivos químicos utilizados no fluido tipicamente representam 2% do total. Durante um tempo médio de vida de um poço, este pode acumular 378.500 litros de aditivos químicos. Incluem biocidas, surfactantes, modificadores de viscosidade, e emulsionantes. Variam de valores de toxicidade. Muitos são utilizados nos produtos domésticos como, cosméticos, sabões, detergentes, polidores, ceras e tintas, alguns são usados produtos alimentares. Apesar de alguns químicos não representem perigos conhecidos, alguns são cancerígenos, alguns tóxicos, e outros neurotóxicos. Exemplo: Benzene (benzeno) (Cancro, deficiência óssea,  (Lead)chumbo (danifica o sistema nervoso e causa distúrbios cerebrais, etilenoglicol ( anticongelante causa morte), metanol (altamente tóxico, borid acid (ácido bórico) ( danos nos rins, morte, 2-Butoxyethanol (causa hemolyis (hemolise) ).

Numa investigação da US House of Representatives dos químicos utilizados em hidraoulic fracturing mostra que dos 750 componentes utilizados “mais de 650 contem químicos que são conhecidos por provocar cancro, regulado sobre o Safe Drinking Water, ou listados nos poluentes da atmosfera.

Outro estudo em 2011 com o titulo “Natural Gás Operation from a Public Health Perspective identificou 632 químicos utilizados na extracção de gás natural. Só 353 destes estão bem descritos na literatura científica, e destes, mais de 75% podem afectar a pele, olhos, sistemas respiratório e gastrointestinal, 40 a 50% podem afectar o cérebro e sistema nervoso, sistema imunitário e cardiovascular e rins, 37% podem afectar o sistema endocrine (endócrino); e 25% são cancerígenos e mutantes. O estudo refere a possibilidade de efeitos na saúde a longo prazo que podem não ser identificados imediatamente.

Tremores de terra

Um relatório da (USGS) Unied states geolical survey, reportou que terramotos provocados por acção humana foram documentados em algumas regiões, USA, Japão e Canada; “ a causa foi injecção de fluidos em deep wells (poços profundos) para descarga de lixo e recuperação de petróleo, e também o uso de reservatórios de fontes de água.

Gases efeito de estufa

O uso de gás natural em vez de petróleo ou carvão é muitas vezes visto como um amaneira de aliviar o aquecimento global: O gás natural queima mais limpo, e as estações de gás podem produzir até menos 50% menos de gases que estações de carvão. No entanto uma análise de Howarth e tal. Do ciclo poço- consumidor de fracturas para gás natural concluo que 3,6% a 7,9% do metano produzido pelo poço será libertado para atmosfera durante a sua existência.

De acordo com as analises, o metano é um potente gás efeito de estufa, isto significa que durante curtos espaços de tempo, shale gás (gás de xisto) é actualmente pior que petróleo e carvão.

Relações públicas

A considerável oposição as actividades fracking em pequenas aldeias e cidades levou as companhias a adoptarem varias medidas de relações publicas para aliviar os medos sobre o fracking, incluindo o uso de “ tácticas militares para contrapor aos opositores”. Numa conferência onde eram discutidas medidas de relações públicas, um executivo sénior foi gravado a dizer “ download the Us Army/ marine Corps Counterin surgency Manual, porque estamos a lidar com insurreição”, referindo-se aos oponentes do fracking.