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Potencial para “Plays” de “Shale Gas” da Formação de Mira – (Carbónico, Sul de Portugal).

Será que foi aqui que começou o interesse pelo onshore no Algarve?

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( Algarve, Estremadura, Alto Alentejo e Baixo Alentejo estudados para gás de xisto. Podes ver os mapas das concessões e áreas identificadas )

Mais uma área estudada para Shale gas (Gás de Xisto), o Alentejo continua a ser de Norte a Sul estudado para se descobrir fontes de gás não convencional depois do alto Alentejo na Serra da Ossa, também se procura no Baixo Alentejo.

Potencial para “Plays” de “Shale Gas” da Formação de Mira – (Carbónico, Sul de Portugal).

O Grupo do Flysch do Baixo Alentejo tem vindo a ser apontado como um potencial “play” de “shale gás especialmente na Formação de Mira. Para tal, foram realizadas análises sobre 32 amostras, 26 pertencentes à Formação de Mira e 6 já pertencentes à base da Formação Brejeira, para determinar o grau de maturação (Cristalinidade da Illite) e os parâmetros de geoquímica orgânica (Rock-Eval Pirólise), sendo posteriormente relacionados com dados previamente existentes. A Zona Sul Portuguesa (ZSP) e o seu Grupo do Flysch do Baixo Alentejo (GFBA) foram considerados como potenciais geradores de gás natural não convencional (shale gas). Foram recolhidas algumas amostras das formações Mira e Brejeira. O estudo aqui foi desenvolvido para uma tese de Mestrado em Engenharia Geológica e de Minas no Instituto Superior Técnico (IST), tendo sido realizado no sector central da ZSP, entre as cidades de Almodôvar (distrito de Beja) e Monchique, as análises de geoquímica orgânica foram devidamente embaladas e enviadas para os laboratórios GeoData em Sehnde, Alemanha, os resultados sugerem um estado de maturação avançado para todas as amostras, entre a janela do gás húmido e a sobrematuração. Os resultados de Rock-Eval sugerem um potencial gerador baixo, com indicadores de presença de hidrocarbonetos. Considerando a totalidade do conjunto de dados, as formações parecem ter tido algum potencial gerador aquando da sua deposição tendo gerado e expelido hidrocarbonetos entre o fim do Paleozoico e o início do Mesozoico (Triásico).

“CONCLUSÃO

A Formação de Mira, bem como todo o GFBA no geral, apresenta um elevado grau de maturação e aparenta ter esgotado o seu potencial gerador. Contudo é de salientar que a existência de picos S1 do ensaio de Rock-Eval sugerem a existência de hidrocarbonetos gerados e aprisionados na formação, ainda que em baixas quantidades. Esta situação, aliado à complexa geometria, intercalação de grauvaques e os prováveis custos associados à logistica, limitam severamente a atractividade da região perante a industria petrolífera. Existe no entanto a possibilidade de estas formações terem alimentado um sistema petrolífero com reservatórios convencionais Mesozóicos a Sul, no Algarve, assumindo que exista uma concordância de “Timings” entre maturação, reservatório, selo e armadilha.

“Agradecimentos

PARTEX OIL&GAS (Financiamento de Rock-Eval pirólise e TOC)

Prof. Doutor António Costa e Silva (Orientador)”

Pedro Branco1 , Nuno Pimentel2

1 Instituto Superior Técnico, Engenharia Geológica e de Minas

2 Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Informação retirada de documento apresentado no IV Congresso Jovens Investigadores em Geociências, LEG 2014. “Potencial para “Plays” de “Shale Gas” da Formação de Mira (Carbónico, Sul de Portugal).

O povo queria ser “Doutor/Engenheiro” para viver melhor. Pelo caminho esqueceu-se de quem foi! Queria conhecimento para poder ser! E hoje o que é?

Se a biosfera se satura de venenos letais, se o meio ambiente se degrada e polui, se o encombrement ameaça sofucar, afogar e paralisar o homem, todos devem saber se ainda vão a tempo de emendar a civilização, de se defender e de preparar um mundo habitável aos que vierem” . O Suicídio da Humanidade; Lucien Barnier, Cadernos do Século 1970 ( Ano Europeu da Conservação da Natureza.)